Capítulo 1, Não quero e ponto...

Amores, bem vindos a mais uma história, deixando claro que as minhas histórias sempre envolvem assuntos delicados, tratados explicitamente (hot, violência, palavrões), caso você não se sinta confortável com esse tipo de conteúdo, não siga em frente.

Outra coisa que quero ressaltar, é que, aqui é apenas ficção, portanto caso não esteja gostando do assunto retratado, abandone a obra; um escritor adora sempre ler comentários, críticas e elogios, mas peço respeito a todos que forem comentar algo.

Informações adicionais, você pode conseguir no grupo de fãs do Novel ou no grupo do whatsapp, basta me mandarem o nome do livro que estão lendo, no meu número 74988133290.

A você que escolheu ler, acomode-se no sofá, pegue uma caneca de chá de camomila, e vamos lá!

^^^Att: Bia Morais❤✍️💃🏻^^^

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YASMIN...

MÃE: Filha, já está no tempo de você assumir a máfia, você já tem 22 anos, querida, precisa aceitar de uma vez por todas que esse é o seu destino, ser a chefe de Florença.

YASMIN: Mas eu não quero, mãe. Não quero e ponto, a Bela poderia muito bem assumir essa porcaria, ela é mais velha que todos nós.

PAI: Vou dizer só mais uma vez, Yasmin, não coloque a sua irmã nisso. Ela fez a escolha dela, e você sabe as razões dela, então não me invente nenhuma gracinha, ou você assume ou eu lhe caso com algum aliado e você se torna a chefe do mesmo jeito.

YASMIN: O senhor não pode destruir os meus sonhos desse jeito, pai. Eu sempre fiz tudo o que o senhor me pediu, sempre obedeci às suas ordens, calada, nunca nem sequer questionei, e justo agora que eu quero tomar uma única decisão, uma que me faça feliz, o senhor não deixa.

Saio de perto dele e da minha mãe com raiva, bato a porta do escritório com bastante força pra eles verem que eu estou e muito, chateada, vou pra garagem e pego a minha moto e saio portão a fora, percebo que alguns soldados entram num carro pra me seguir, então pego uma trilha diferente, despistando eles, vou até uma casa que tenho no meio do nada, perto de um lago, descobri ela em uma das minhas fugas, quando tudo que eu queria era fugir das regras idiotas dos meus pais, o antigo dono daqui era um senhor bem idoso que me pediu apenas que deixasse ele num lar de repouso em troca de cuidar da casa dele. Desço da moto e entro no lugar, está tudo como deixei, aqui não tem internet, mas desligo o meu celular, aprendi a dar um jeito nos rastreadores, de forma que eles não consigam me rastrear. Acendo a lareira e me deito no sofá.

Vocês devem estar me chamando de mimada, mas não, eu não me considero assim, muito menos as minhas amigas. Eu sou a única filha numa família de mafiosos, e pra completar, sou a mais velha, a herdeira, bem que o Nicholas poderia ter nascido 8 minutos mais cedo não é? Mas não, eu sou a herdeira dessa merda toda. O meu sonho nunca foi assumir a máfia, por mais que eu tenha sido preparada desde cedo, sempre pedi a Deus pra que um dia o meu pai mudasse de ideia... Ou que sei lá, ignorasse o fato da Isa ser minha "tia", e colocasse ela à frente de tudo. Eu só queria uma vida normal, construir a minha família a base de amor, esquecer a máfia, só... Ser normal.

YASMIN: De que adianta eu ser uma excelente hacker, saber lutar, atirar, ter argumentos de fazer o rei da Inglaterra se render a meus pés, ser capaz de construir uma bomba só com elementos da natureza, se não posso decidir a minha própria vida?

Choro enquanto faço cada questionamento, ser uma mulher com tantas qualidades deveria servir pra alguma coisa, e não apenas pra servir de filhinha de papai, pra obedecer cada ordem dele, enquanto o meu irmão gêmeo, por ser autista, não recebeu nenhum tipo de confinamento, ele é o meu xodó, amo ele mais que qualquer coisa nesse mundo, a minha vida se resume a ele, o meu outro irmão, Diogo, também tem muito do meu coração, aquele pirralho é muito amado por mim, mas... Sinto que se eu aceitar essa última exigência do meu pai... Vou estar tornando eles dois um alvo fácil, tenho medo dos meus inimigos usarem eles dois contra mim... Porém... Estou começando a ficar sem saída, melhor eu aceitar de vez isso tudo, quanto mais rápido eu fizer o meu pai deixar esse papo de casar com um aliado de lado, melhor.

YASMIN: É, Yasmin, pelo visto a sua vida sempre vai se resumir a isso. Fazer as vontades do seu pai.

Fico mais algumas horas na minha casinha, e resolvo voltar, já está escurecendo e a floresta de noite é muito perigosa, mesmo eu estando com um revólver na cintura, uma adaga entre os seios e uma arma de soníferos na bota (criação minha). Saio da floresta e encaro a rodovia, liguei o meu celular antes de sair da casa, então começou cair várias mensagens, parei num sinal vermelho e recebo uma ligação do Nick, ativo os fones e atendo.

YASMIN: Oi meu amor.

NICK: Yasmin onde você está?

YASMIN: Na rodovia, estou indo na direção do restaurante da mamà, por que?

NICK: Você quase me mata de preocupação... Não consegui falar com você desde cedo...

YASMIN: Eu estou bem, Nick, sei me cuidar... (falo com carinho: ele é muito sensível, e não quero magoar a minha metadinha) Solzinho, avisa ao papà que amanhã eu cumpro com o desejo dele... E diz a mamà que nem adianta insistir pra que eu me case. Só irei atender ao desejo de um dos dois...

NICK: Tá bom, Lua. Volta pra casa ainda hoje?

YASMIN: Não, vá pra o nosso cantinho, preciso de você hoje...

NICK: O que eu digo ao papà e a mamà?

YASMIN: Deixa que eu me resolvo com eles dois depois. (ele desliga e eu chego ao restaurante, como imaginei, a Letícia estava lá, ela é uma amiga minha, filha da minha madrinha Pamela) Oi Lê...

LETÍCIA: Oi amiga! Quer o de sempre?

YASMIN: Quero, dois, vou levar pra o Nick também.

LETÍCIA: Como ele tá?

YASMIN: Bem...

Fico conversando com ela enquanto não trazem o meu jantar e o do Nick, quando ela me entrega as duas marmitas, eu volto pra minha moto e sigo pra o meu apartamento, meu e dos meus irmãos, acredito que os nossos pais já tenham descoberto sobre ele, mas se nunca apareceram lá, é porque entenderam o recado de não nos incomodar, as vezes o Diogo vai pra lá também, outros dias a Bela aparecesse sozinha, e em outras, com o marido, bom, pelo menos alguém na família pôde fazer o que escolheu... Estou cruzando um sinal a dois quarteirões do prédio, quando um ciclista atravessa na minha frente, ainda tentei desviar mas acabamos colidindo.

YASMIN: Droga!

Vou até o cara que está desacordado, ele está com um corte na testa, e o braço claramente quebrou, pego o meu celular e ligo pra uma ambulância.

YASMIN: O meu pai vai me matar se você morrer, então aguenta aí!

Brigo com o tal ciclista, olho pra minha moto e arranhou o tanque, mas olho pra bicicleta do cara e o quadro tá quebrado, fico ao lado do rapaz até a ambulância chegar, e quando chega mando levarem ele para o hospital central.

YASMIN: Pode deixar que eu vou cobrir todos os gastos.

A essa altura já tinha uma viatura aqui, então fui prestar depoimento, como prestei socorro só preciso pagar uma multa, já que sou filha do todo poderoso de Florença. Grande coisa.

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