Krampus

O natal, uma das datas mais esperadas do ano, onde as famílias buscam se reunir e compartilhar presentes e tradições entre as gerações, cada casa segue a sua tradição mas uma que é presente na maioria é o papai noel também conhecido como o bom velhinho, que conforme o imaginário popular passa a maior parte o ano fabricando brinquedos com ajuda dos seus elfos ajudantes para presentear na véspera de natal as crianças que foram boazinha durante o ano todo, o mesmo sai pelo mundo em seu trenó com a ajuda das suas renas voadoras.

Enquanto as crianças que foram mal comportadas recebem apenas um pedaço de carvão.

Mas apesar de ser uma época felizes algumas culturas europeias retratam uma criatura assustadora chamada Krampus que acompanham o papai noel e pune as crianças más, levando-as em sua cesta para o inferno, ficando em sua companhia durante o ano todo, sendo açoitada diariamente com uma vara de madeira, assustando assim não somente as crianças mas trazendo pesadelos e calafrios nos adultos.

Conheci o Krampus através da minha amiga Anna, a mãe dela sempre nos contava sobre ele, já que ela é de origem austríaca sempre usava essa figura para nos amedrontar , uma noite eu estava bastante curiosa para saber o que era o krampus então ela nos contou a seguinte história com lágrimas nos olhos.

Era véspera de Natal, e todos na pequena cidade estavam animados com a chegada do Papai Noel, principalmente as crianças, estavam ansiosas para saber qual seria o presente que iriam receber esse ano. Mas havia um ser sombrio que rondava as ruas, assustando as crianças e enchendo o coração de adultos de medo. Esse ser era o Krampus, o demônio do Natal.

O Krampus era uma criatura horrível, com chifres retorcidos, pelos negros e olhos vermelhos como fogo, uma lingua comprida e o cheiro de morte o acompanhava. Ele carregava uma enorme vara de madeira, que usava para chicotear as crianças más, e algemas , tendo correntes enferrujadas que arrastavam pelo chão fazendo um barulho agonizante nos atordoar.Diziam que ele as arrastava para o inferno, onde eram torturadas por toda a eternidade.

Naquela noite, as crianças estavam todas em suas camas, tremendo de medo. Elas sabiam que, se não fossem boas durante o ano todo, o Krampus viria buscá-las. Mas uma delas, uma menina chamada Anna, não conseguia dormir, mesmo com todos os avisos da mãe a menina só tinha dado trabalho, não obedecia e sempre brigava na escola, quando a mãe reclamava recebia de volta xingamentos e bater dos pés. Ela estava curiosa para ver o Krampus com seus próprios olhos, desafiando todos os avisos dados pela mais velha.

Na hora eu senti a dona Simone tensionar o corpo e fechar as mãos com força, olhei para a minha amiga Ana que estava com o olhar vidrado na mãe, sem entender muito bem o que estava acontecendo, por que ela estava tão estranha? Era só uma história.

Tia Simone respirou fundo, como se puxasse na memória o restante para nos contar e prosseguiu a falar:

Assim que a cidade ficou em silêncio, Anna saiu de casa e foi para a rua. Ela caminhou por um tempo, até que ouviu um som estranho vindo de uma rua escura, Anna era uma criança muito corajosa, e debochando do perigo ela se aproximou, e viu o Krampus lá, segurando sua vara de madeira, o demônio metade bode riu e disse:

- Oie anna estava a sua espera, você é a próxima

Anna tentou correr, mas o Krampus a alcançou rapidamente. Ele a agarrou pelos cabelos, batendo nela com o seu chicote e a arrastando-a para a escuridão. Anna gritou e chorou, mas ninguém veio em seu socorro.

No dia seguinte, a cidade acordou em choque ao ver que Anna havia desaparecido. As crianças nunca mais saíram de casa à noite, os adultos passaram a temer ainda mais o Krampus. Dizem que, até hoje, ele ainda ronda as ruas na véspera de Natal, em busca de crianças malvadas e desobedientes para punir. E que, se você ouvir um som estranho vindo de uma rua escura, é melhor correr o mais rápido possível, antes que seja tarde demais.

Quando o relato havia terminado, eu e a Ana estávamos com os olhos arregalados, com medo de tudo que se mexia enquanto a tia Simone enxugava as lágrimas tremendo.

- A Anna era a minha irmã mais velha, minha princesa, você ganhou esse nome em homenagem a ela, por favor, se comporte e seja obediente não posso perder outra pessoa para ele.

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