"Que raro você sair?" Disse Mela, que acabara de ver sua melhor amiga entrar em seu carro.
A linda garota que era a melhor amiga de Aufa começou a dirigir, deixando a casa da garota que não parecia bem.
"O que foi, Aufa? Você está horrível! Awww!" Exclamou Mela, esfregando a cabeça que havia sido atingida pelo tapa de Aufa.
"Horrível o quê!" Gritou Aufa, abrindo a janela do carro.
"Ei, filha do ilustre Sr. Akmal. O ar condicionado é por minha conta, e você!"
"Irritante?" Disse Aufa, fazendo Mela suspirar profundamente.
Quando ela entrava nesse modo, Mela sabia que o humor da amiga estava no fundo do poço. Dava para ver em seu rosto. Além disso, as duas não eram apenas melhores amigas na faculdade, mas desde o jardim de infância até agora, elas continuavam as mesmas.
Sim, porque a família de Mela trabalhava com a empresa da família de Aufa. O pai de Mela era o melhor amigo do pai de Akmal. Era por isso que elas eram tão próximas. Tanto Mela quanto Aufa costumavam dormir na casa uma da outra com toda a liberdade.
"Você está com problemas, não é? O que foi?" Perguntou Mela, tentando adivinhar.
"Estou bem, Mel!" Respondeu Aufa rispidamente, deixando o rosto ser atingido pelo vento da noite.
"Não deixe seu rosto exposto por muito tempo. Você vai acabar pegando um resfriado, Aufa!"
Aufa não ouviu. Ela realmente não se importava com nada. Tudo o que ela queria agora era apagar o rastro dos pensamentos de Abraham de sua mente.
Não importava o que tivesse acontecido com ela. No entanto, desde a separação de ontem com Abraham, ela sentia que algo estava faltando. Mesmo Aufa tendo certeza de que não amava seu marido.
"Mel!" Chamou Aufa depois de alguns minutos, ouvindo apenas o som do motor do carro.
"O que foi?"
"Como é se apaixonar?" Perguntou Aufa de forma ambígua, fazendo Mela virar-se para ela.
A garota franziu a testa ao ouvir a pergunta de sua amiga de infância.
"Por que você está perguntando isso? Não foi você quem disse que não acredita no amor?" Disse Mela, lembrando Aufa de suas próprias palavras.
Aufa se endireitou. Ela fechou a janela do carro e inclinou o corpo para poder olhar para a amiga com atenção.
"Pare de falar! Apenas me diga como é se apaixonar?" Disse Aufa rispidamente, fazendo Mela olhá-la desconfiada.
"Você está apaixonada, não é? Você está toda nervosa por causa do seu amor, certo?" Arriscou Mela, provocando Aufa, que estava prestes a levantar a mão novamente. "Ok, ok. Desculpe. Não me bata!"
Mela olhou para frente. Ela realmente precisava dividir sua atenção entre a estrada e a amiga, que parecia estar esperando por sua resposta.
"Apaixonar-se é como…" Disse Mela, fazendo uma pausa que fez Aufa assentir impacientemente.
"Como o quê?" Perguntou Aufa, já sem paciência.
"Como Magnum", brincou Mela, fazendo Aufa levantar a mão novamente.
"Ok, ok. Estou falando sério!" Disse Mela, contendo o riso.
Honestamente, esta era a primeira vez que ela via Aufa tão curiosa sobre o amor. Desde sempre, a garota nunca tinha lhe perguntado sobre isso. Desde sempre, Aufa nunca tinha falado sobre amor, homens ou qualquer coisa do tipo.
"O amor é como Magnum. Doce e viciante", disse ela, olhando para Aufa de vez em quando. "É como se o coração estivesse florido. Quando você quer, você pensa nisso. É o mesmo com o amor. Quando você está apaixonada, você não quer ficar longe. Você só quer ficar perto o tempo todo!"
O coração de Aufa disparou. Por que a explicação de sua amiga era a mesma coisa que ela estava sentindo?
Pela primeira vez desde que se casou, era a primeira vez que eles se separavam. A primeira vez que eles tinham que ficar em lugares diferentes. Normalmente eles estavam sempre juntos. Mesmo que não houvesse muita interação, as ações de Abraham, sempre ajudando-a sem pedir, fazendo todas as tarefas domésticas juntos...
Lentamente, aquilo fez com que os sentimentos de Aufa se abrandassem. Além disso, o rosto bonito de Abraham sempre conseguia fazê-la tremer. Somado ao seu comportamento imprevisível, aquilo fez com que algo dentro dela surgisse sem que ela pudesse impedir.
"Às vezes, quando nos lembramos do rosto da pessoa... Só de lembrar, já dá vontade de sorrir. Se você não recebe notícias, fica preocupada, irritada, com vontade de gritar!"
"O amor é lindo assim mesmo, Fa. Há momentos doces e amargos. Há dificuldades e alegrias. Completo e se complementando!"
Aufa permaneceu em silêncio. Ela estava realmente processando tudo o que sua amiga havia explicado. Em toda a sua vida, esta era a primeira vez que ela se aproximava de um homem. Embora fosse bonita, travessa e hiperativa, Aufa nunca se envolveu com ninguém na faculdade.
Ela era rude e mantinha distância de algumas amizades porque só se sentia confortável com Mela. Mesmo que matasse aula ou dormisse durante as aulas, ela só fazia isso com Mela.
"Que cara de sorte seria aquele que a tivesse?" Sussurrou Mela, tirando Aufa de seus pensamentos.
"Você me assustou!" Exclamou Aufa, olhando ao redor.
"Já chegamos?" Perguntou Aufa, finalmente percebendo.
"Já faz uns cinco minutos, mas eu estava esperando você sair do seu transe amoroso!"
"Que transe amoroso o quê!" Gritou Aufa em seu modo irritado.
As duas garotas saíram do carro. Mela passou o braço em volta dos ombros de Aufa e elas caminharam juntas.
"Em vez de ficar aí deprimida, vamos nos divertir aqui! Faz tempo que não vamos a uma boate!" Disse Mela, e Aufa assentiu em concordância.
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Enquanto isso, do outro lado do mundo, um homem era visto alimentando sua mãe com cuidado. A felicidade no rosto da mulher de meia-idade ao receber a comida de seu filho era evidente.
Ela era verdadeiramente grata por ainda poder ver o rosto de seu filho, que antes era apenas uma criança e agora havia se tornado um homem adulto.
"O que foi, mãe? Por que a senhora está olhando para o Abraham assim?" Perguntou Abraham suavemente.
"Ainda não consigo acreditar como o tempo voa. O pequeno Abraham que chamava a mamãe de 'mamãe' agora cresceu e me chama de 'mãe'. Parece que a mamãe já está velha e pronta para se casar", disse Almeera, fazendo Abraham levantar o olhar.
"A forma de chamar mudou quando o Abraham terminou o ensino médio, mãe. O Abraham se sentiu mais próximo chamando a senhora de 'mãe' do que de 'mamãe'!", disse Abraham com ternura.
Almeera assentiu. Ela acariciou a cabeça do filho suavemente e sorriu.
"Posso te perguntar uma coisa?"
"Claro. Qualquer coisa, mãe!", respondeu Abraham com um sorriso.
"Você está próximo de alguma mulher?"
O coração de Abraham pareceu parar de bater. Ele olhou para sua mãe, que parecia estar esperando por sua resposta.
"Só queria saber, querido. Mas não estou pressionando você a me contar", continuou Almeera, pois não queria ofender o filho.
Abraham sorriu. Ele não sabia o que responder porque não queria continuar adicionando mais mentiras.
Honestamente, isso era difícil para ele. Ele, que sempre foi tão aberto, não conseguia mentir para sua mãe.
"A mãe só quer dar um conselho. Não demore para se casar quando encontrar a mulher certa. Não a faça esperar muito tempo. Aprenda com a experiência do seu tio, querido. Namoros longos nem sempre terminam em casamento. Não quero que você magoe o coração de uma mulher só porque não está pronto."
Abraham assentiu. Ele entendia o que sua mãe queria dizer. "O Abra promete que não vai partir o coração de nenhuma mulher, mãe. Se o Abra estiver pronto, ele a trará para cá!"
~Continua
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Atualizado até capítulo 131
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