Enquanto um casamento geralmente começa com amor e carinho. A primeira noite que se inicia com felicidade e a união de dois corpos, mas diferente deste novo casal.
Um casamento que aconteceu por causa de um mal-entendido. Um casamento que aconteceu por causa de um erro não intencional, obrigando dois seres humanos a se tornarem um no vínculo sagrado do matrimônio.
Nenhum destino foi capaz de impedir. Ninguém poderia detê-lo, se Deus assim quisesse. Não importa de onde eles vieram, não importa qual o motivo que os uniu, se ambos estivessem destinados a serem um, então eles estariam juntos.
Quando Abraham finalmente fechou os olhos para dormir. O som da porta se abrindo o fez fingir que estava dormindo. Ele não queria mais ouvir palavras duras vindas dela, porque, honestamente, quando ele pedia algo para Aufa. A imagem do rosto de sua mãe surgia em sua mente.
"Por que ele está dormindo no chão?", Aufa se perguntou em voz alta, sendo ouvida por Abraham.
Ela olhou para Abraham, que dormia pacificamente, usando apenas um tapete fino no chão como cama. Ela sentiu pena, mas o comportamento irritante de Abraham a fez não se importar com a situação dele.
Ela rapidamente subiu na cama. Puxou o cobertor para se cobrir e olhou para cima.
Seus olhos estavam fixos no teto do quarto. Ela parecia estar pensando em algo que só ela entendia. Enquanto isso, Abraham abriu os olhos levemente, espiando. Ele queria ver o que Aufa estava fazendo em sua cama.
"Ele é tão irritante, um mandão, mas por que ele está dormindo no chão esta noite?", Aufa se perguntou em pensamento. "E hoje cedo ele já estava lá em cima. Será que eu estava dormindo no chão?".
Aufa se virou. Ela inclinou o corpo e olhou para Abraham, que dormia tranquilamente. Em silêncio, Aufa olhou fixamente para a figura de seu marido.
A figura de um homem que ela nunca imaginou. A figura de um homem que ela não conhecia, casado com ela.
"O que estou pensando?", Aufa se repreendeu, batendo na própria cabeça.
Ela se deitou novamente. Tentando fechar os olhos, embora estivesse um pouco incomodada com o comportamento superestranho de Abraham.
"Tanto faz! Não me importo com o que ele faz. O importante esta noite...", Aufa murmurou com um sorriso, com os olhos fechados. "Eu durmo em paz."
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Ela não sabia há quanto tempo estava dormindo. Não sabia há quanto tempo fechava os olhos, aproveitando a beleza de um sonho. De repente, seus ouvidos ouviram um barulho irritante que a fez instintivamente pegar o travesseiro e cobrir as orelhas.
Mas o som não diminuía. Ele ficava mais alto, irritando-a.
"Ah, que barulho!", ela gritou, jogando o travesseiro e se levantando.
Quando ela estava prestes a xingar. De repente, os lábios de Aufa se fecharam ao ver o homem irritante de braços cruzados ao lado de sua cama.
"Olha o relógio!", disse Abraham com um olhar severo.
Aufa se virou. Ela apertou os olhos e viu o ponteiro das horas marcando 5 da manhã.
"Ainda são 5 horas. É muito cedo. Estou com sono", disse Aufa irritada.
Quando ela estava prestes a se deitar novamente. Um puxão em sua mão a fez afastar a mão rapidamente.
"Você tem que levantar, Aufa!"
"Ainda é cedo. Minhas aulas são só à tarde!", respondeu Aufa, mas Abraham não desistiu.
"Eu sei!"
"E daí?", Aufa exclamou, arregalando os olhos. "Você sabe e ainda me acorda a essa hora?".
"Porque você tem muito trabalho pela manhã", disse Abraham, colocando o espanador no criado-mudo ao lado da cama.
"Você quer que eu seja sua empregada?".
"Eu já limpei e varri. Sua tarefa é apenas limpar as janelas e o aparador", disse Abraham com firmeza.
"Eu não vou fazer isso!".
"Se você não fizer! Não espere que eu te dê dinheiro para o lanche", disse Abraham, fazendo Aufa sorrir maliciosamente.
A mulher abaixou as duas pernas até o chão. Ela se levantou na frente de Abraham e lentamente levantou a mão.
"Mesmo sem você me dar dinheiro. Meu pai já me deu minha mesada!", exclamou Aufa com uma expressão arrogante.
Abraham deu um sorriso sarcástico. "Você tem certeza? Verifique sua conta. Veja se seu pai lhe enviou dinheiro ou não.".
Abraham passou por Aufa lentamente. Mas antes de sair do quarto. Ele virou a cabeça e olhou para Aufa, que ainda estava parada perto da cama.
"Se você quer dinheiro para o lanche, lembre-se! Limpe as janelas e o aparador agora mesmo", disse Abraham antes de deixar sua esposa no quarto.
Ele foi direto para a cozinha. Ele viu a linda garota de 18 anos lutando com os utensílios de cozinha.
"Bom dia, princesa", cumprimentou Abraham, fazendo a garota se virar.
"Olá, irmão", respondeu Bia alegremente. "O irmão Aufa já acordou?".
"Sim. Provavelmente em breve ouviremos seus gritos por toda a casa!", disse Abraham, e assim que ele terminou de falar, eles ouviram.
"Abraham, seu louco! O que você fez com meu pai? Por que ele não quer me enviar dinheiro? Me diga agora!", gritou Aufa enquanto saía do quarto.
Sua respiração estava irregular. Ela caminhou até Abraham, que estava de pé ao lado de Bia, que parecia confusa.
"O que você fez com meu pai, hein? Por que ele não quer enviar dinheiro? Me diga!", ela exigiu.
"Eu não disse nada!", respondeu Abraham calmamente.
"Não se faça de bobo! Tenho certeza que você disse a ele que cuidaria de mim! Tenho certeza que você convenceu meu pai a parar de me enviar dinheiro!".
"Você é apenas um mecânico, Abraham! Você não pode me sustentar! Seu dinheiro não chega nem perto do dinheiro do meu pai! Você é um homem pobre. Morando em uma casa pequena dessas e com a audácia de tentar me sustentar?".
"Não insulte o irmão Abra novamente, irmã Aufa!", Bia exclamou, também se sentindo ofendida pelas palavras.
A linda garota ficou na frente de Abraham. Ela olhou fixamente para a esposa de seu irmão com uma expressão severa.
"Não diga nada se você não sabe a verdade. Você só o conhece há pouco tempo. Você só o conhece pela aparência!".
"Aparência é importante, Bia! É por ela que podemos ver o caráter, a linhagem e o valor de uma pessoa!", retrucou Aufa.
"Isso é errado!", exclamou Bia para Aufa. "Pessoas ricas, que têm tudo, mas têm uma boca suja e nunca respeitam os outros. É isso que você chama de ter um bom caráter, linhagem e valor?".
Aufa ficou em silêncio. Ela se sentiu atingida pelas palavras de Bia.
"Se tudo for medido pela aparência para julgar uma pessoa. Eu te julgo como uma mulher que não tem boas maneiras! Se eu tivesse que escolher ser sua amiga ou amiga de alguém que anda de bicicleta, mas é respeitoso. Eu escolheria ser amiga deles porque, obviamente, eles têm uma atitude melhor!".
"Bia!", Abraham a repreendeu em voz baixa.
"Deixe-a, irmão. Deixe a irmã Aufa processar minhas palavras. Deixe-a saber que a aparência nem sempre reflete o lado bom de uma pessoa!".
~Continua
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Atualizado até capítulo 131
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