"Eu não quero ir, pai. Eu quero ficar aqui", disse a mulher, segurando o braço do pai. "Eu não quero ir para lugar nenhum!"
"Deixe a Aufa ficar aqui, querido", disse a mulher que era esposa do Sr. Akmal, segurando o outro braço da filha.
"Você já está casada, filha. Você deve ir aonde seu marido for", disse o Sr. Akmal à filha.
"Ele pode ficar com a Aufa aqui. Morar nesta casa!"
"Mas o Abraham quer ter uma vida independente com você", interrompeu o Sr. Akmal, fazendo Aufa encará-lo com fúria.
"O papai tem certeza que ele pode sustentar a vida da Aufa! Ele é apenas um mecânico, pai. E a Aufa precisa de tudo isso. Ele…"
"O papai tem certeza que o Abraham é capaz de suprir todas as necessidades da nossa filha!"
"Mamãe não tem tanta certeza!"
"O papai tem!", disse o Sr. Akmal, lidando pacientemente com a esposa.
"Você sempre defende esse homem pobre. Até sacrificou nossa filha casando-a com ele!"
"Querida!"
Ambar, a mulher de meia-idade vestida com roupas glamorosas, caminhou até Abraham. Ela apontou para o rosto do genro.
"Se você não pode dar uma vida decente à minha filha, apenas se divorcie dela e a devolva para mim!"
"Mãe!"
"Eu não quero um genro como você. Pobre e vergonhoso!"
Depois de dizer isso, Ambar foi embora. Isso fez Aufa gritar ainda mais alto, chamando pela mãe.
"Mãe! Aufa, mãe! Não me deixe!",
"Vamos, querida. Vá com seu marido!", disse o Sr. Akmal, começando a puxar a mão da filha à força.
"Mas, pai, eu não quero!"
"Vamos!", disse o Sr. Akmal, abrindo a porta do carro e forçando a filha a entrar.
Finalmente, Aufa não pôde mais resistir. Ela só conseguia chorar enquanto tentava puxar a mão do pai.
"Pode ir, senhor!", disse o Sr. Akmal, pedindo ao motorista que começasse a dirigir o carro.
Abraham, que estava observando tudo em silêncio, sentiu o coração se apertar ao vê-los partir. Ele não queria separar a filha do pai tão cedo, mas também não queria depender da família da esposa.
"Para onde vamos, senhor?", perguntou o motorista a Abraham.
"Para a oficina, senhor!", respondeu Abraham, fazendo Aufa virar a cabeça.
"O que você quer dizer com ir para a oficina?", exclamou Aufa, irritada.
Abraham não respondeu. Ele apenas ficou em silêncio, olhando para frente. Bia, sentada no banco do passageiro, olhou rapidamente para trás e depois voltou a olhar para frente.
Isso, claro, fez Aufa cerrar os punhos de raiva. Ela se virou e olhou para a rua pela janela, resmungando.
"Aproveitador e arrogante!", ela murmurou com raiva.
...****************...
Lentamente, o carro que os levava parou em frente ao endereço fornecido por Abraham. Bia e Abraham desceram do carro. Aufa, por outro lado, franziu a testa, confusa com a situação.
"Por que paramos aqui? O carro do meu pai não está quebrado!", exclamou Aufa, recusando-se a sair.
"Saia!", disse Abraham a Aufa.
"Não quero!"
"Tudo bem. Fique à vontade! Se quiser ficar aí até amanhã, pode ficar!"
Aufa respirou fundo. Ela realmente queria gritar e xingar o homem que agora era seu marido, mas Abraham foi muito firme em suas palavras.
Ele deixou Aufa no carro e, segurando a mão da irmã, entrou na casa.
"Não seja assim, irmão. Ela é sua esposa. Ela ainda precisa de muita compreensão", disse Bia, com compaixão.
Embora o comportamento da família de sua cunhada fosse horrível, Bia também não queria que seu irmão fizesse algo ruim com Aufa. Afinal, sua cunhada ainda estava se adaptando à nova situação e com certeza se sentia deslocada.
"Você confia no seu irmão, certo?"
"Claro!"
"Então confie em mim. Eu só quero que ela aprenda a respeitar as pessoas", disse Abraham suavemente, colocando o braço em volta dos ombros da irmã.
Bia apenas assentiu. Ela tinha certeza de que seu irmão havia pensado bem em sua decisão.
"Ei, vocês! Tragam minhas malas!"
"Irmão..."
"Entre e não dê ouvidos a nada que a Aufa disser!", disse Abraham, abrindo a porta lateral da oficina e pedindo à irmã que entrasse.
Depois que Bia desapareceu de vista, Abraham se virou e olhou para Aufa, que parecia ter dificuldades para carregar suas duas malas grandes.
"Meu quarto não vai ter espaço suficiente para suas duas malas, Aufa", disse Abraham, fazendo os olhos de Aufa se arregalarem.
"Então você quer que eu leve essas malas de volta?", exclamou Aufa, indignada. "De jeito nenhum! Essas coisas são minhas!"
"Se você insiste, fique à vontade, mas eu garanto que meu quarto vai ficar ainda mais apertado!"
Depois de dizer isso, Abraham entrou na casa, deixando Aufa resmungando e xingando sozinha do lado de fora.
"Ah, pai! Veja só o homem que você escolheu para mim. Pobre, arrogante e irritante!", esbravejou Aufa, batendo o pé com força.
Finalmente, depois de lutar para puxar suas malas, Aufa se jogou no sofá. Havia três palavras para descrever como ela se sentia ao ver o interior daquela casa minúscula:
Organizada, perfumada e limpa!
Sim, embora a casa fosse muito menor que a dela - a sala de estar da casa de Abraham era menor que a sala de jantar de sua antiga casa - o layout, o design e a organização tornavam a pequena sala de estar agradável aos olhos.
"Beba!", disse Abraham para Aufa, colocando um copo d'água na mesinha de centro.
Aufa olhou para baixo, para o copo, e depois para Abraham. "É água limpa, né?"
"Não, é água de lavar louça!", respondeu Abraham, saindo e deixando Aufa ainda mais irritada.
A saída de Abraham fez com que Aufa olhasse para o copo lentamente. Sua garganta estava muito seca e ela realmente precisava beber água. Lentamente, ela pegou o copo e o examinou de perto.
Então, ela cheirou a água e, sentindo-se segura, olhou ao redor antes de finalmente começar a beber a água rapidamente.
Sem o conhecimento de Aufa, Abraham estava espiando por trás da parede. O homem sorriu ao ver o comportamento engraçado da esposa.
"Afinal, por trás de toda aquela arrogância, ela ainda é uma criança. Que adorável!"
"Que fofo, você a achando adorável!", sussurrou Bia, aparecendo de repente e assustando Abraham.
A linda mulher, que era muito parecida com ele, estava com os braços cruzados, arqueando as sobrancelhas enquanto olhava fixamente para Abraham.
"Começando a achá-la bonita, hein? E engraçada também, né, irmão?", provocou Bia, se divertindo com a situação.
"Bia..."
Bia caiu na gargalhada ao ver o rosto do irmão corar.
"Ok, ok, relaxa, irmão. Não há nada de errado em se apaixonar pela própria esposa, ainda mais por uma esposa tão bonita quanto a Aufa!", disse Bia, saindo correndo antes que seu irmão pudesse repreendê-la.
Abraham só conseguia balançar a cabeça. Mas o que sua irmã havia dito era verdade. Não havia nada de errado em gostar de Aufa, especialmente porque eles eram casados.
"Será que a Bia está certa? Será que eu vou me apaixonar pela Aufa primeiro, mesmo com essa atitude dela?"
~Continua
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Atualizado até capítulo 131
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