Abraham imediatamente se endireitou ao ver Aufa terminar de beber a bebida que ele havia lhe dado. Seus lábios não paravam de sorrir ao ver o comportamento de sua esposa, que era totalmente o oposto de quando ela estava no modo raivoso.
"Terminou de beber?", perguntou Abra com uma expressão neutra, olhando para o copo que havia preparado momentos atrás sobre a mesa.
"Ah!", Aufa se assustou ao vê-lo.
No entanto, a mulher tentou parecer o mais natural possível e recompôs sua expressão.
"Eu estava com sede. Se eu morresse por causa dessa bebida, você seria a primeira pessoa que eu assombraria!", disse Aufa com uma expressão emburrada.
Abraham assentiu. "Mas o fato é que você está bem, não é? Não morreu, certo?"
Abraham perguntou, arqueando uma das sobrancelhas. Isso deixou Aufa ainda mais irritada. A mulher se levantou rapidamente e agarrou a alça de sua mala na frente de Abraham.
"Onde fica o quarto? Eu quero descansar!", Aufa perguntou em tom exigente.
"Ali!", Abraham apontou para uma porta preta.
A testa de Aufa se enrugou. No entanto, ela estava exausta demais. Com toda a força que lhe restava, arrastou sua mala até a porta do quarto que Abraham havia indicado para ela.
"Espere!", gritou Aufa, virando-se e colocando as mãos na cintura. "Não me diga que este é o quarto..."
"Meu!", interrompeu Abraham, fazendo com que Aufa arregalasse os olhos.
"O quê! Então você está me mandando dormir no mesmo quarto que você?", Aufa perguntou irritada. "Não se atreva a sonhar com isso! Você..."
"O outro quarto está sendo usado pela minha irmã Bia. Então, só sobrou este", interrompeu Abraham. "Se você não quiser dormir no meu quarto, durma na sala."
"Você!", gritou Aufa, cerrando os punhos.
"Sem mais reclamações! Minha casa é pequena e só tem dois quartos. Por enquanto, durma no meu quarto se não quiser dormir na sala. Tem um sofá grande o suficiente para você!", depois de dizer isso, Abraham passou por Aufa sem dizer mais nada.
O homem entrou primeiro porque estava segurando o riso ao ver o rosto irritado e emburrado de Aufa por causa de sua travessura. No entanto, Abraham se conteve o máximo que pôde.
Ele não queria que Aufa soubesse que já havia se apaixonado por seu charme. Abraham ainda se lembrava do conselho de seu sogro e do comportamento de Aufa até aquele momento. Talvez dar uma pequena lição à sua esposa pudesse fazê-la aprender a valorizar as pessoas ao seu redor.
Abraham, que estava em silêncio até aquele momento, espontaneamente se jogou na cama ao ouvir um barulho vindo da porta. Ele tinha certeza de que sua esposa entraria e fingiu estar dormindo.
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Aufa respirou fundo depois de finalmente entrar no quarto de Abraham. Seus olhos percorreram o ambiente e ela engoliu em seco ao ver que o quarto era muito menor do que o seu na casa principal.
Não era nem metade do tamanho do seu. Na verdade, era um quarto ou até menos. No entanto, a organização impecável e o belo design fizeram com que Aufa começasse a gostar do quarto.
"Ele pode dormir e eu tenho que carregar as coisas sozinha", murmurou Aufa, batendo o pé no chão. "Pai, Aufa está cansada, pai."
A moça caminhou até a pequena mesa de cabeceira que ficava perto da cama. Ela viu algumas fotos ali.
"MotoGP", murmurou Aufa ao ver várias caricaturas de motos de corrida na mesinha de cabeceira.
Fotos de oficinas mecânicas que estavam sempre presentes em todas as áreas de corrida de MotoGP e também algumas fotos com a marca de sua moto estavam expostas pelo homem.
"Será que ele sonha em ser um piloto?", Aufa se perguntou, então se virou.
Ela olhou para o rosto tranquilo e adormecido do homem irritante. Aufa ficou em silêncio, ela havia acabado de perceber uma coisa.
"Quando você está dormindo assim, você é fofo como um bebê, mas quando você acorda, você é irritante pra caramba", disse Aufa honestamente.
"Oh meu Deus! O que eu estou dizendo!", Aufa cobriu a boca e balançou a cabeça.
Ela estava realmente hipnotizada pelo rosto bonito de Abraham, que era tão adorável. No entanto, ela não podia se deixar levar pelo charme dele.
A mulher decidiu se sentar no tapete no chão porque estava cansada de ficar em pé. Seus pés estavam doendo e quando ela tirou as meias, viu que estavam em carne viva.
"Mamãe, meus pés estão doendo", ela gemeu, abanando os pés com as mãos.
Aufa tentou procurar algo por perto. No entanto, era a primeira vez dela ali e ela não sabia de nada. Mas, sentindo-se cansada, Aufa acabou esquecendo seus pés.
Ela optou por se deitar no tapete e, em pouco tempo, fechou os olhos. Muitas coisas estavam passando por sua cabeça e Aufa não demorou muito para adormecer.
Quando não ouviu mais nenhum som, Abraham, que estava fingindo dormir, abriu os olhos lentamente. Ele se sentou e viu a figura da garota mimada, sempre amada por seus pais, dormindo pacificamente em um tapete felpudo.
Sem dizer uma palavra, Abraham desceu da cama e cuidadosamente carregou Aufa para cima dela. O homem também verificou os ferimentos em seus pés e isso o fez sair rapidamente do quarto.
"O que você está procurando, irmão?", perguntou Bia, que estava na cozinha.
"O kit de primeiros socorros."
"Quem está ferido? Você está ferido? O que você fez?", Bia perguntou diretamente, verificando o estado de seu irmão.
Abraham sorriu. Ele sabia como Bia era com ele e sua família. A linda garota sempre se preocupava facilmente com as pessoas ao seu redor.
"Não sou eu quem está ferido, querida", disse Abraham, acariciando a cabeça de Bia. "Mas os pés de Aufa estão machucados. Então, eu vou cuidar deles primeiro."
Bia deu um sorriso malicioso. Ela até piscou para seu irmão.
"Ah, entendi, você quer cuidar dos pés da sua esposa. Vá com calma, ok!", provocou Bia com uma risadinha.
"Ela está dormindo. É uma boa oportunidade para eu cuidar dela primeiro."
"Oh!", Bia assentiu. "Mesmo que ela acordasse, não teria problema. É uma ótima oportunidade!"
Abraham balançou a cabeça. Ele tinha certeza de que, se continuasse a dar corda para sua irmã, a conversa deles não teria fim.
"Vou voltar para o quarto, Bia!"
Finalmente, Abraham voltou para o quarto. Ele começou a cuidar dos ferimentos nos pés de Aufa com cuidado. Sua mão se afastou espontaneamente quando Aufa se mexeu em seu sono.
Abraham continuou a cuidar dos pés de Aufa com devoção. O homem estremeceu ligeiramente ao ver a pele descascando.
"Ela sabe que seus pés estão machucados, mas ainda insiste em usar salto alto", murmurou Abraham, balançando a cabeça.
Finalmente, depois de cuidar dos ferimentos de Aufa, Abraham cuidadosamente a cobriu com o cobertor e ligou o ventilador no quarto. Depois disso, ele guardou o kit de primeiros socorros.
Quando Abraham estava prestes a sair, ele parou para olhar para o lindo rosto de Aufa, que dormia profundamente.
"Você precisa aprender de baixo para cima, Aufa. Você precisa experimentar ser uma pessoa comum para entender o que é valorizar as coisas!"
~Continua
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Atualizado até capítulo 131
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