Abraham estava ocupado na cozinha. Suas mãos hábeis se moviam para lá e para cá. Pela primeira vez desde que Bia não estava mais em sua casa, ele estava lidando com utensílios de cozinha novamente.
Não era algo difícil para ele. Viver de forma independente e separado de seus pais fez com que Abraham aprendesse a cozinhar. Preparar os ingredientes e transformá-los em um prato delicioso que ele queria servir.
Seus lábios se curvaram em um leve sorriso quando vários pratos estavam dispostos na mesa da melhor maneira possível. Desta vez, ele fez espaguete ao seu estilo porque, honestamente, estava com muita vontade de comer essa comida.
A comida que ele sempre sentia falta quando estava no país onde sua família morava. A comida que ele sempre comprava com seus irmãos, o que o fez escolher aquele prato para o jantar.
Depois de organizar tudo cuidadosamente. Os olhos de Abraham olharam para a porta fechada do quarto. Seus lábios se curvaram em um pequeno sorriso ao se lembrar do que havia acontecido naquela tarde.
Lentamente, ele tirou o avental que estava usando e caminhou em direção à porta do quarto.
"Aufa!" chamou Abraham, neutralizando a voz. "Você quer jantar?"
Nenhum som. Nenhuma resposta. No entanto, Abraham tinha certeza de que sua esposa, lá dentro, ouviu sua voz.
"Eu fiz o jantar. Se você não sair, vou dar toda essa comida para o vizinho!" disse Abraham ameaçadoramente, e imediatamente caminhou em direção à mesa de jantar.
Ele não havia dado alguns passos. Abraham ouviu o som da porta se abrindo rapidamente.
"De jeito nenhum! Sua esposa está morrendo de fome aqui. Você está dando para outras pessoas como se não fosse nada", Aufa retrucou com o rosto franzido. "Marido louco!"
"Você é mesmo minha esposa?" provocou Abraham, que queria saber a resposta de Aufa.
"Sim, claro. Você é..." A voz de Aufa ficou mais baixa quando ela percebeu algo.
Ela mordeu o lábio ao perceber que seu marido devia estar provocando-a. Ahhh, como seus lábios puderam responder tão facilmente e fazer suas bochechas corarem?
"Por que você está em silêncio?" perguntou Abraham, caminhando em direção a Aufa.
Aufa, ouvindo os passos, recuou espontaneamente. Ela olhou para Abraham, que continuava se aproximando dela, com cautela.
"O que você está fazendo? Não tente nada engraçado, Abra!"
"Só uma coisinha já é o suficiente", disse Abraham, prendendo Aufa com as duas mãos.
Seus olhares se cruzaram. Seus olhos se encaravam atentamente. O coração de ambos disparou.
"Ihhh. Sem truques, ok!" Aufa exclamou, empurrando o corpo de Abraham para trás. "Não vou cair nessa de novo, aproveitador!"
Abraham apenas conteve o riso. Ele se virou rapidamente e continuou caminhando em direção à comida que já havia sido cuidadosamente organizada.
Aufa também o seguiu. Ela se sentou calmamente e olhou para a comida servida.
"Você comprou?"
Abraham levantou a cabeça.
"Tem certeza de que foi você quem cozinhou?" Aufa perguntou, desconfiada.
"Se você não quiser comer, tudo bem! Eu posso dar para..."
"Para o vizinho!" Aufa o interrompeu, revirando os olhos. "Negligenciando a esposa, mas cuidando do vizinho."
"Não foi você quem disse que não queria comer?"
"Quem disse?" Aufa exclamou com uma expressão carrancuda.
Abraham não respondeu mais. Ele começou a comer o espaguete confortavelmente. Seus olhos afiados também roubavam olhares para Aufa.
A mulher de cabelo preso olhava atentamente para a aparência da comida que ela costumava pedir. Só pelo cheiro, o espaguete parecia delicioso.
"Se estiver em dúvida, não coma!"
Aufa pigarreou. Ela rapidamente girou o garfo em sua mão direita, enrolando o espaguete nele. Antes de comer, a mulher fechou os olhos, fazendo Abraham conter o riso.
Ele não conseguia acreditar que os pensamentos de Aufa sobre ele eram tão ruins assim. Será que sua esposa pensava que ele havia colocado veneno na comida?
"E aí, o que achou?" Abraham perguntou quando viu Aufa começar a comer sua comida com um brilho nos olhos que era muito, muito visível.
Aufa, entusiasmada, ou talvez realmente admitindo que a comida de Abraham era deliciosa, tentou engolir a comida espontaneamente, neutralizando a expressão em seu rosto.
"Normal", Aufa respondeu, olhando para Abraham de forma cínica. "Não tem mais comida, então eu tenho que comer, não é?"
Abraham balançou a cabeça. Ele podia ver como Aufa estava impaciente para mastigar. Finalmente, o homem comeu sua comida rapidamente e então começou a beber sua bebida.
"Depois de comer. Lave a louça, Aufa!"
"Por que..."
"Eu não cozinhei? Não podemos cooperar?" disse Abraham, deixando Aufa, que cerrou os punhos.
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A mulher suspirou pesadamente. Ela olhou para o prato vazio de Abraham e para a própria comida, que estava pela metade.
"Ainda bem que a comida é gostosa. Se não fosse, este prato estaria estampado na sua cara", Aufa resmungou, e começou a colocar o espaguete na boca.
"Meu Deus. Ele realmente cozinhou isso sozinho? Por que este espaguete é mais gostoso do que o do meu restaurante favorito?" Aufa murmurou enquanto saboreava a comida em sua boca.
Depois de terminar de comer. Ela rapidamente levou os pratos sujos para a pia. Ela viu que a cozinha já estava limpa e não havia utensílios de cozinha bagunçados.
"Ele já limpou tudo depois de cozinhar", Aufa murmurou para si mesma.
Ela balançou a cabeça ao ser atingida por uma flecha e ficar maravilhada com a atitude de seu marido naquela noite. Ela não queria pensar muito sobre isso porque não conseguia adivinhar o verdadeiro comportamento de Abraham.
Depois que tudo foi resolvido. Aufa rapidamente voltou para seu quarto. No entanto, seus olhos se arregalaram ao ver Abraham deitado na cama calmamente.
"Você? O que você está fazendo dormindo aqui?" Aufa exclamou, caminhando até Abraham e batendo em seu corpo para acordá-lo. "Durma no chão. Você... ahhh!"
Aufa gritou quando suas duas mãos foram puxadas, fazendo-a cair bem no peito largo de Abraham, ou em cima do corpo do marido.
Os olhos de Abraham se abriram e ele foi capaz de olhar para Aufa, que estava chocada com sua resposta.
"Este é o meu quarto e o que indica que esta cama... é minha", disse Abraham, fazendo os olhos de Aufa se arregalarem.
"Não se esqueça. Desde ontem eu durmo aqui, e isso prova que esta cama é minha!" Aufa exclamou, mantendo as mãos no peito de Abraham para impedir que seu corpo se aproximasse mais.
"Por que não dividimos a cama?" perguntou Abraham, erguendo as sobrancelhas.
"O que você quer dizer? Não tente nada engraçado... Ah!" Aufa gritou novamente quando seu corpo foi rolado para o lado até que ela estivesse deitada na cama com Abraham em cima dela.
"Abra. Você..."
"Você se esqueceu do que acabou de dizer, hm?" Abraham perguntou com uma expressão impassível.
"O que eu disse?"
"Que você está muito atrás de mim, até mesmo em termos de satisfação. Você está muito, muito atrás, mmm." Aufa cobriu a boca de Abraham com a mão.
Suas bochechas ficaram vermelhas ao se lembrar do que havia dito naquela tarde.
"Eu só queria fazer aquela destruidora de lares perceber. Que o homem que ela está seduzindo já é casado!" Aufa exclamou, estreitando os olhos.
"Que tal provarmos o que você disse? Eu quero ver como você pode me satisfazer, ou não", Abraham a desafiou.
"Não brinque... " Aufa pareceu incapaz de responder quando os lábios de Abraham pousaram nos dela.
~A ser continuado
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Atualizado até capítulo 131
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