Capítulo 20, Escolhendo em quem confiar...

HUGO BERNARDI...

Consegui beijar a Angela... E que lábios macios, a vontade que eu tinha era de aprofundar o beijo e poder sentir o real sabor da sua boca, mas a sapeca da Bela apareceu bem na hora e tivemos que disfarçar. Almoçamos tranquilos e quando estávamos tomando o sorvete, um homem desce as escadas.

Homem: Senhora Bernardi, terminei.

Angela: Obrigada, acredito que o meu marido deve ter acertado tudo.

Homem: Sim.

Angela: Boa tarde então.

O homem sai e eu olho pra Angela que está agindo normal como se não tivesse acabado de descer um homem da escada da nossa casa, justamente da área dos quartos.

Hugo: Quem era aquele?

Angela: O decorador que você chamou. Eu liguei te avisando.

Procuro na minha mente e me lembro da ligação dela, então relaxo um pouco.

Hugo: Vamos ver como ficou, o quarto dalla nostra principessa.

Subimos e fomos direto para o quarto da Belinha, entramos e ela corre pra cama, está tudo muito lindo

Bela: Eu amei papà. Já posso dormir aqui?

Angela: Pode sim, banbina.

Ficamos no quarto com a Bela mais um pouco, e fomos trabalhar. Hoje eu ia para a máfia, pois pedi ao Rowan que fizéssemos uma reunião por videoconferência e ele aceitou. Chego na sede e já vou para a sala de reuniões, espero alguns minutos e envio o link para a reunião iniciar.

Hugo: Boa tarde, Don Rowan.

Rowan: Boa tarde, Don Hugo.

Hugo: Tenho assuntos a discutir com você. Dentre eles, Ramirez.

Rowan: Imagino quais os pontos que você queira discutir..., mas primeiro... Quero ouvir a sua versão dos fatos.

Hugo: Ótimo! Bom, o Ramirez ultrapassou vários limites quando começou roubar algumas cargas minhas, mas o que me deixou ainda mais... intrigado, foi o fato dele ameaçar a vida da minha esposa. Soube que ele procurou aliança com você, e quero saber se você tem consciência do quão traidor ele possa ser.

Rowan: Meu amigo, nos conhecermos há tantos anos, e você achava mesmo que eu iria me aliar a um nada como o Ramirez? Eu soube dos roubos que ele fez a você, e estava esperando o momento que você me procuraria. Tem razão, o Ramirez veio atrás de mim e de aliança, parceria, proteção... cedi alguns soldados, mas foram os que já não me serviam para nada.

Hugo: Então a nossa aliança está de pé?

Rowan: Claro! Como quer que eu lhe entregue ele?

Hugo: Vivo. Eu mesmo irei acabar com a vida dele.

Rowan: Vou marcar uma reunião com ele, e dizer que descobri alguns dos seus planos. Ele vai ficar doido de curiosidade.

Hugo: Espero o seu retorno quando consegui pegá-lo.

Rowan: Combinado.

Desligo a videoconferência e chamo o Kauã.

Hugo: Fique de olho em todos os passos do Rowan, não confio nem um pouco nas palavras dele.

Ele assente e sai da sala, volto para meu escritório e recebo alguns cheques para assinar, para liberar recebimentos e exportações de carga. Fico até tarde resolvendo os assuntos mais chatos da máfia. Quando enfim me canso vou pra casa, e sou recebido pela minha pequena sapeca, que se joga no meu colo.

Hugo: Onde está a sua mãe?

Bela: Foi tomar banho.

Hugo: Você já tomou o seu?

Bela: Já, estava ajudando a tia Lúcia.

Hugo: Então volte lá pra cozinha e fique com a tia Lúcia, vou ver se a sua mãe está precisando de mim.

Bela: Vai beijar ela de novo?

Era só o que me faltava, o que eu respondo para essa menina Dio Santo?

Hugo: Filha... A sua mãe e eu somos casados... É normal isso acontecer...

Bela: Então o papà vai beijar a mamà outras vezes?

Hugo: Sim... (Onde que eu fui me meter Dio mio) Mas agora mudando de assunto, vá ajudar a tia Lúcia, já já eu desço e te ajudo com o dever de casa.

Bela: Tá papà.

Ela vai pra cozinha e eu subo em direção ao meu quarto, quando entro percebo que a Angela está no chuveiro, mas não quero deixar ela mais assustada e chateada comigo, então espero até ela sair, sentado na cama. Quando ela sai, já sai vestida, e está com um vestido curto, coladinho que define todas as suas curvas.

Hugo: Assim você não colabora em nada...

Angela: Do que você está falando?

Vou até ela, e quanto mais me aproximo mais ela se afasta, quando ela encosta na parede eu ponho as minhas mãos acima da sua cabeça e falo olhando para dentro dos seus olhos.

Hugo: Juro para você que estou perdendo toda a sanidade e autocontrole que há em mim cada vez mais, sempre que lhe vejo. E se eu lhe ver em mais um vestidinho desse... pode ter certeza que não vou me controlar igual agora.

Tomo posse dos seus lábios, forçando reivindicação, querendo que ela me permita sentir o seu gosto, que me permita explorar o interior da sua boca, e ela me dá isso, me recebe com timidez, cautela, curiosidade e afinco. Eu entrelaço as nossas línguas e elas duelam numa dança sensual, as suas mãos estão no meu cabelo dando pequenos puxões, as minhas mãos desceram para a sua cintura e eu aperto com carinho recebendo um rosnado manhoso em resposta. O seu hálito de menta me deixou ainda mais enfeitiçado ao beijar os seus lábios de mel, sendo tão doces e macios como um bomboloni, e viciantes como um bom vinho envelhecido.

O nosso beijo estava tão perfeito, tão encaixado que mesmo depois de finalizarmos com alguns selinhos, ainda ficamos com as nossas testas encostadas, as respirações aceleradas, ofegantes, desejosos por mais. Subi a minha mão para sua bochecha e fiz uma pequena carícia, os seus olhos encontraram os meus novamente e neles ainda brilhavam o medo, mas um novo sentimento começava se formar. Iniciei um novo beijo, dessa vez mais lento, seguindo o ritmo dela, suspiramos no meio do beijo e nos separamos dessa vez com um pouco mais de distância.

Hugo: Isso seria só uma fração do que posso te mostrar se resolver confiar em mim, Angela.

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