HUGO BERNARDI...
Ainda no mesmo dia tive que encontrar com o meu amigo Juan em um dos restaurantes que fazem parte dos estabelecimentos protegidos pela máfia, faz anos que o dono servia a meu pai e é um dos membros do Conselho. Peço uma mesa numa das salas privadas do local, próprias para nossas reuniões. E não consegui acreditar no que os meus olhos viram.
Hugo: Pelo visto você arranjou um emprego rápido.
Angela: Senhor... Eu... É...
Hugo: Não precisa me explicar nada, só traga uma garrafa de vinho Barolo, e o especial do chefe. E você Juan, pede logo!
Juan: Vou querer o mesmo.
Angela: Já volto com o seu pedido.
Ela sai rebolando aquele corpo cheio de curvas, e eu fico encarando até ela fechar a porta da sala.
Juan: O que foi isso?
Hugo: Essa é a garota que eu pedi para puxarem a ficha, o Conselho está querendo que eu case? Pois, será a que eu escolher.
Juan: Tá, mas de onde você tirou essa garota?
Hugo: Trabalhava na cafeteria, me tratou como se não soubesse do que sou capaz, e ainda zombou de mim.
Juan: Ego inflamado? hahaha
Hugo: Não fala besteira, Juan, eu só não gostei da forma como ela me respondeu, pensando que tinha algum direito, agora vou ensinar a ela como que eu dou o troco a quem não me respeita
Juan: Sei...
Depois de comermos ela aparece novamente e não resisto, jogo uma pequena indireta pra que ela entenda que logo será minha, e aí eu quero ver ela continuar agindo da mesma forma atrevida.
Hugo: Espero que na cama você possa me servir com o mesmo desempenho que me serviu o vinho.
Ela olha para mim com os olhos assustados e tenta falar alguma coisa, mas eu já havia saído, Juan ia na minha frente rindo de mim.
Hugo: Acho melhor parar de rir, se não quiser perder os dentes.
Juan: Eu não acredito, já está até sentindo ciúmes? Irmão, eu já até sei onde isso vai dar hahaha você vai estar se arrastando aos pés dela antes mesmo que você perceba hahaha
Reviro os olhos, entro no carro e saio catando pneu, ele que se vire para voltar para casa.
Hugo: Me arrastando aos pés dela, essa é boa.
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Juan Bianchi
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Vou até à sede da máfia, preciso checar a carga de uma exportação grande que iremos liberar para a Colômbia, depois de verificar toda a mercadoria vou para a minha sala, mas sou interrompido por Giuseppe, um dos conselheiros que mais implica comigo exigindo casamento.
Giuseppe: Que bom lhe encontrar aqui hoje, quero solicitar uma reunião com o restante do Conselho, já passou da hora de você se casar, e todos nós temos opções para você escolher.
Hugo: Não se preocupe Giuseppe, eu já encontrei uma noiva.
Giuseppe: Como? Nós não aprovamos nada.
Hugo: Não preciso da aprovação de vocês para escolher uma noiva, e se bem tenho consciência, todos vocês querem me casar com as suas filhas, então não, não preciso de aprovação de nenhum de vocês para me casar.
Giuseppe: Você sabe das regras, ela tem que ter sangue mafioso nas veias. Não aceitamos de fora.
Hugo: Eu não estou pedindo permissão para me casar com ela, estou apenas avisando que irei!
Não espero ouvir nem mais uma palavra da boca desse velho, apenas vou para meu escritório, já entro trancando a porta, não quero mais ninguém me incomodando. Recebo uma notificação do meu investigador pessoal avisando que conseguiu todas as informações sobre a Angela, sei do nome dela, pois perguntei ao Elizeu, que cuida da cafeteria quando não estou.
Hugo: Vá até a minha casa hoje a noite, estou resolvendo uns assuntos no momento.
Kauã: Certo. (desligo)
Hugo: Vamos ver se essa garota serve mesmo para ser minha esposa.
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Chego em casa no horário do jantar, depois de comer e falar com a minha mãe, recebo a visita do Kauã, levo ele para o escritório e sirvo nós dois com uísque.
Hugo: E então?
Kauã: Aqui está tudo que consegui achar sobre a garota.
Pego o dossiê, e começo ler.
"Angela Martínez, 19 anos, nasceu no Brasil, mas veio para a Itália aos 15 anos com a sua mãe, atualmente falecida, fez parte de um programa de apoio à adolescentes sem parentes em condições de necessidade extrema até os 18, trabalhou por meio período na "Caffè e pace", e atualmente está no Belline's Pasta". Mora em uma pequena casa na...
Mãe: Filho?
Hugo: Mãe? O que foi?
Mãe: Os seus avós vieram falar com você.
Hugo: Meus avós? O que eles fazem aqui? Avise a eles que já estou indo, Kauã, obrigado por todas as informações, o seu dinheiro já está na conta. (aperto na mão dele e o acompanho até a porta do escritório, de onde avisto os meus avós paternos, Luigi e Clara) Oi, o que estão fazendo aqui? (dou um beijo na minha vó e um pequeno abraço no meu avô)
Vó Clara: Contaram a seu avô que você vai casar, por que não nos disse?
Mãe Abigail: Casar? Quando?
Vô Luigi: Foi justamente que viemos aqui, como assim você vai casar e não nos disse?
Hugo: Deixa eu adivinhar, o Giuseppe que contou? E também disse que ele não tem sangue mafioso como eu?
Vô Luigi: Pelo sangue não se incomode, nem a sua avó e muito menos a sua mãe tem, e nem por isso elas foram expulsas das nossas vidas, pelo contrário, nos aproximou mais.
Vó Clara: Só queremos saber quem foi a ragazza que roubou esse coração tão lindo, seu.
Hugo: Ela ainda não sabe que iremos casar.
Vô Luigi: como assim?
Mãe Abigail: Você ainda não falou com ela?
Hugo: Eu pretendia fazer isso esse fim de semana...
Vó Clara: Que felicidade, querido. E qual o nome dela?
Hugo: Angela Martínez.
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Atualizado até capítulo 71
Comments
Bel
Vai ameaçar ela, com certeza.
2023-01-23
107
Ely Ana Canto
que vovô é esse kkkkk, são lindos vovô, vovó e mãe
2025-03-29
1
Ana Lúcia De Oliveira
Que será que ele vai aprontar com ela?
2025-03-18
1