Capítulo 7, Uma família...

Acompanho o meu pai até o carro e seguimos para um condomínio ao sul da cidade, todas as mansões são lindas e luxuosas. Paramos em frente a uma casa no estilo medieval esperando abrirem o portão, quando entramos, os jardins me deixaram encantada.

Angela: Onde estamos?

Pai: Minha casa, quero te apresentar a minha mãe. Ela já sabe de você, mas não sabe que eu iria te trazer aqui hoje.

Angela: Minha avó?

Pai: Sim, ela ficou muito animada quando eu contei ter lhe encontrado. Até mesmo a Marcela ficou feliz.

Angela: Eu vou conhecer ela também?

Pai: Você quer?

Angela: De verdade? Não sei...

Pai: Tudo bem, hoje ela não está em casa, precisou ir visitar os pais dela, na França.

Angela: Ah...

Pai: Chegamos.

Descemos do carro e fomos em direção as portas enormes de madeira, quando entramos fomos recebidos por uma senhora que cumprimentou o meu pai com "Boa noite senhor Belline"

Pai: Boa noite Margô, onde está a minha mãe?

Margô: A senhora Ágata está no quarto dela.

Pai: Obrigado. Vem, filha, vamos conhecer a sua avó. (Subimos as escadas e paramos em frente à outra porta) Mãe? Posso entrar?

Vó: Pode sim, querido.

Entramos e os meus olhos encheram de lágrimas, pois até hoje 16 horas eu só tinha a minha irmã como família, e agora tenho um pai e uma avó. Ela fica olhando para mim com olhos serenos e expressão tranquila enquanto espera um de nós dizer alguma coisa.

Ágata Rossi Belline

.

Pai: Mãe... Essa é Angela.

Vó: Aí meu Deus, é ela? (ele só balança a cabeça em concordância) Me da aqui um abraço (ela me puxa e me dá um abraço apertado, enquanto alisa os meus cabelos) Minha neta... Sonhei tanto com esse momento, que nem acredito que está mesmo acontecendo, você é tão linda...

Pai: Ela é ou não é idêntica à Marília?

Vó: É a cópia escrita... Sinto muito pela sua mãe, querida. E a sua irmãzinha? Por não trouxe ela?

Pai: Viemos de última hora, mãe.

Vó: E onde ela está?

Angela: Em casa, com um amigo meu. Divido apartamento com ele, e enquanto trabalho no restaurante ele fica com ela.

Vó: Entendi. Quero conhece-la, me conte, querida, quais os seus planos de agora em diante? Pretende vir morar aqui? Na mansão.

Angela: Morar aqui? Como assim? Pai, o senhor não me disse que queria que eu viesse morar aqui...

Pai: Você não quer? Seria melhor para nos aproximarmos, querida... Pode trazer a sua irmã pra cá também.

Angela: Posso pensar um pouco? É que acabei de me mudar para o apartamento do Miguel... E é ruim ficar pra lá e pra cá com uma criança pequena...

Vó: Entendemos você, meu amor. Não se preocupe.

Angela: Que horas já são?

Pai: Pouco mais das onze, porquê?

Angela: Preciso ir... A Bela não está acostumada dormir sem mim, e ela deve estar estranhando a minha demora, e mesmo estou sem a chave do apartamento.

Pai: Eu te levo. (Ele me levou para casa e antes de nos despedirmos ele me deu um abraço e um beijo na testa) Boa noite! filha. Não precisa ir trabalhar como garçonete esse fim de semana, tire para descansar, na segunda venho te buscar cedinho e te deixo no curso.

Angela: Obrigada, boa noite, pai. (dou um beijo na sua bochecha e saio do carro, entro no prédio e vou direto para o meu apartamento temporário, quando entro o Miguel estava no sofá)

Miguel: Não sabia que chegava tão tarde em casa...

Angela: Me desculpa...

Miguel: Quem era no carro?

Angela: A Bela já dormiu?

Miguel: Tem alguns minutos, não fuja da pergunta.

Angela: Ele é o meu chefe do restaurante... E, o meu pai.

Miguel: O quê? Pensei que você não conhecia ele.

Angela: Descobri hoje. E eu tenho uma avó, ela é tão fofa...

Miguel: Espera, está me dizendo que você acabou de ouvir de um total desconhecido que ele é seu pai e você simplesmente acredita nele?

Angela: Ele disse que quer fazer um exame de ‘DNA’ para tirar todas as dúvidas e poder passar todos os bens dele para mim, também me pediu para gerenciar o restaurante, inclusive amanhã estou de folga, e ele está pagando um curso de administração para mim.

Miguel: Fofa... Você sabe que te tenho como uma irmã, não sabe?

Angela: Sei sim Miguel, você foi uma das únicas pessoas que me acolheu quando sai do Centro de apoio, e agradeço por tudo que tem feito por mim desde que me encontrou, até hoje, eu te amo. E... tenho outra coisa pra lhe contar.

Miguel: Mais?

Angela: O meu pai quer que eu vá morar com ele.

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