O Miguel não gostou muito da ideia de eu ir morar com o meu pai, tentou me aconselhar a conhecer ele aos poucos, e pensando como ele, até que faz sentido. Como tenho o fim de semana todo de folga, resolvi aproveitar da melhor forma, com a minha irmã.
Bela: Mamãe, aonde vamos?
Angela: Vamos ao parque, meu amor.
Bela: A senhora vai trabalhar hoje não?
Angela: Hoje não. Hoje a mamãe vai passar o dia todinho com você, o que você acha?
Bela: Ebaaaa, eu gostei. A gente pode tomar sorvete?
Angela: Claro, princesa.
Passamos uma parte da manhã, no parquinho, no horário do almoço fomos num restaurante de comida caseira e depois tomamos sorvete. Já em casa, assistimos um filme, mas ela acabou dormindo na metade, então peguei ela no colo e levei para cama.
Miguel: Ela dormiu rápido hoje.
Angela: Ela cansou, brincou muito no parquinho, com as outras crianças. Vai sair?
Miguel: Vou jantar com o Lucca e os pais dele. Tô nervoso...
Angela: Por quê?
Miguel: Vou conhecer os meus sogros hoje...
Angela: Não sei porque vocês demoraram tanto para assumirem isso de verdade, já faz quase um ano que vocês se encontram praticamente escondido.
Miguel: É um pouco complicado quando se é ‘gay’ e nem todos respeitam a nossa escolha...
Angela: Desculpa... Eu fui indelicada em falar assim...
Miguel: Tudo bem, me deseje sorte.
Angela: Boa sorte, irmão.
Miguel: Obrigado.
O fim de semana foi super tranquilo, aproveitei bastante com a minha pequena, fiz uma faxina no ambiente, pois por mais que o Miguel seja organizado, isso só acontece no quarto dele, fora de lá é a maior zona. Na segunda depois do café, o meu pai chegou para me levar para o curso, desci com a Bela no colo, e ele já estava esperando encostado no carro.
Pai: Bom dia, princesa.
Angela: Bom dia, pai.
Pai: Oi pequena. (fala apertando a bochecha da Bela)
Bela: Oi, você é o papai da minha mamãe?
Angela: É, sim, meu amor.
Bela: Que legal, então você é meu vovô?
O meu pai olha para mim, procurando por uma resposta nos meus olhos, e eu apenas confirmo com a cabeça, ele abre um sorriso e diz.
Pai: Sou sim. Posso levar vocês para a escola?
Bela: Aqui? (fala apontando pro carro)
Pai: Sim, você quer?
Bela: Quero, assim posso mostrar o senhor pra as minhas amigas.
Damos risada do comentário da Bela e entramos no carro, o meu pai deixa nós duas na escola. Assim que entro no prédio procuro por alguém que possa me ajudar, mas não vou muito longe pois uma moça morena, alta vem até mim e me ajuda encontrar a minha sala, que por coincidência era a mesma dela.
Moça: O meu nome é Selene, qual o seu?
Angela: É Angela, você estuda aqui há muito tempo?
Selene: Estou no segundo semestre, se você quiser posso te passar os conteúdos.
Angela: Adoraria.
A aula correu bem, e Selene me ajudou o tempo todo, no fim da aula fomos até o estacionamento da escola, e enquanto ela se afastava no carro dela, eu esperava um táxi, mas um carro se aproximou de mim, abaixando o vidro do passageiro.
Angela: Pai?! Está bancando o motorista agora? Hahaha
Pai: Não queria que você voltasse sozinha, e tem alguém querendo te ver.
Bela: Mamãe! Vem, o vovô vai levar a gente pra almoçar com a mamãe dele.
Angela: Como resistir a vocês dois? Me diz? Hahaha (entro no carro e fomos para a mansão do meu pai, a minha vó já estava esperando por nós) Oi vó.
Vó: Oi minha linda. E essa princesa?
Angela: Essa é a Bela, diz oi filha.
Bela: Oi, posso te chamar de vovó já que é vovó da minha mamãe?
Vó: Claro... Mas, como assim a sua mamãe?
Angela: Depois eu explico (dou um sorriso pra ela, tentando convencê-la a deixar o assunto de lado)
Vó: Claro, vamos comer, já está na mesa.
A Bela se deu super bem tanto com o meu pai, quanto com a minha vó, e fico feliz por isso, ver que eles aceitaram ela mesmo não tendo o mesmo sangue. Como prometido, expliquei a minha avó o porquê da Bela me chamar de mãe e ela me entendeu, me elogiou bastante por isso. Quando fomos para o restaurante, o meu pai deixou a Bela em casa com o Miguel e foi comigo.
Pai: Vamos começar com o básico hoje, ok? Vou te ensinar tudo que precisa saber para gerenciar o restaurante e como lidar quando houver alguma reunião da máfia aqui. E, filha, eu não lhe contei antes, mas também quero te apresentar como a minha herdeira diante de todos, quero que eles tenham respeito por você e lhe obedeçam.
Angela: Tá bom.
Começamos a trabalhar e a todo momento o meu pai tirava todas as minhas dúvidas, ele estava sendo um ótimo professor. Perto das nove, o meu pai precisou ir pra casa pois a Marcela ligou avisando que infelizmente a mãe dela tinha falecido.
Pai: Filha, sinto muito, mas por mais que eu e Marcela não tenhamos uma relação de verdade, eu preciso ir. Os pais dela nunca me trataram mal e sempre apoiaram o nosso acordo, vou pedir ao motorista da família vim te levar para casa, está bem?
Angela: Tudo bem, pode ir. Diga a ela que eu sinto muito pelo acontecido, e que quando ela voltar, quero conhecer ela.
Pai: Eu digo sim. Tchau, meu amor.
Ele me dá um beijo no topo da cabeça e sai, fico na sala até dez e meia, e resolvo encerrar meu dia, vou até a cozinha e me despeço do pessoal com quem fiz amizade, e sigo para fora, mas tenho a sensação de estar sendo seguida, olho para trás mas não vejo ninguém, então continuo até atravessar todo o salão até a saída, quando coloco o primeiro pé para fora sinto alguém puxar meu braço e tapar minha boca com um lenço. Inalo algo que não consigo identificar e logo começo sentir o meu corpo amolecer, meus olhos pesam e não vejo nada, só sinto ser colocada no colo e levada pra longe. Mas pra onde? Quem fez isso comigo? Por que?
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Atualizado até capítulo 71
Comments
sweet_darling
gente,e a criança?
2023-02-02
79
Eliene Lopes
af tinha outros meio do Hugo cativar ela sem esse desespero todo, sem pensar na criança ...não gostei e ainda é capaz de abusar dela
2025-02-24
1
Ana Lúcia De Oliveira
O irresponsável do mafioso,quer casar a força com ela
2025-03-18
1