HUGO BERNARDI...
Estou até agora tentando assimilar toda essa confusão de sentimentos que senti quando aquela garotinha me abraçou me chamando de papai. Não imaginei que fosse me sentir daquela maneira, mas ver o sorriso dela me alegrou e aqueceu o meu coração. A minha mãe ficou encantada por ela, como já era de se esperar. Brinquei junto dela com os brinquedos que comprei e depois fui até a máfia. Não deu tempo nem entrar direito e o Juan já vinha ao meu encontro com raiva.
Juan: Onde diabos você estava? Porque não olhou o celular?
Hugo: O que aconteceu?
Juan: Ramirez apareceu e teve a audácia de roubar a carga que estava chegando do México. Os nossos soldados não estavam preparados e foram todos eliminados, agora estamos com um desfalque grande em armas.
Hugo: Porra! Aquele infeliz vai se ver comigo, ah se vai. Como está o envio da carga para a Austrália?
Juan: Até agora está indo bem. E a ferinha?
Hugo: Já falei pra não chamar ela assim, ela vai ser sua chefe e cunhada.
Juan: Tá tá tá, como ela ficou depois de acordar? Hahaha
Hugo: Furiosa, como já era de se esperar. Mas foi só eu ameaçar vender a irmã dela que ficou calminha.
Juan: Espera aí?! Ela tem uma irmã? (olho pra ele que está com um sorriso safado no rosto) Quer que eu cuide dessa irmã dela não?
Hugo: Com certeza não, a menina tem só 4 anos.
Juan: Caraca. E onde tá a pirralha?
Hugo: Com a minha mãe. (digo e saio caminhando pra o meu escritório) Já avisou aos velhos que o meu casamento é esse fim de semana?
Juan: Já, eles reagiram bem mal, mas confirmaram presença.
Hugo: Ótimo, ligue para o Galindez, preciso falar com ele.
Juan: Pretende colocar a Itália abaixo é? Você só chama ele quando acha que o bicho tá pegando de verdade.
Hugo: Não, e não, só quero que ele comece algumas buscas pra mim.
Juan: Ok.
Fico analisando algumas alianças pendentes e peço que o Kauã investigue quem será o meu sogro, estou distraído organizando alguns recebimentos de mercadoria quando meu celular toca, é a minha mãe.
Hugo: Oi mãe. (mas a voz que ouço é outra, é mais doce, mais carinhosa)
Isabela: Sou eu papai.
Hugo: Oi filha.
Isabela: Papai, eu posso comer chocolate? A vovó quer que eu coma, mas a mamãe não deixava eu comer.
Hugo: Pode sim filha, eu converso com a sua mãe, tá bom?
Isabela: Tá bom. Vou desligar e deixar o senhor trabalhar.
Hugo: Está bem princesa, se comporte com a sua avó, tá bom?
Isabela: Tá.
Desligo e volto ao trabalho, quando já estava um pouco tarde resolvo ir para casa ver como a minha ferinha está.
Hugo: Boa noite Lúcia, onde a Angela está?
Lúcia: Ela passou a tarde trancada no quarto, senhor, levei um lanche pra ela, mas nem tocou...
Hugo: O jantar ainda está quente?
Lúcia: Posso esquentar se quiser.
Hugo: Faça isso, vou tentar convencer ela a comer alguma coisa.
Subo e não encontro ela no quarto, provavelmente está no banheiro, chamo por ela que aparece com um coque meio bagunçado e com os olhos vermelhos, será que estava chorando? Digo a ela que o jantar está na mesa, mas ela me responde não querer comer, que está a ponto de ter um ataque de nervos. O que eu faço? Chamo um médico? Pelo visto não... ela começou chorar com muita intensidade e a única coisa que consigo fazer é abraçar ela, tentar fazer essa dor passar, mas ela me bate e corre pro banheiro. O que eu estou fazendo com essa garota, Deus? Será que estraguei a vida dela? Droga! Odeio me sentir dividido dessa forma. Saio do quarto e vou até o meu quarto pegar o meu celular, ligo pra a minha mãe e peço que ela coloque a Isabela na linha, se isso conseguir acalmar a Angela nem que seja um pouco, então vou me sentir menos culpado.
Como imaginei, ela ficou um pouco mais tranquila ao ouvir a irmã no telefone, fiquei observando elas duas conversarem e não sei se vou conseguir manter elas duas longe por mais tanto tempo, quando ela termina de falar com a irmã pego o celular de volta e dou boa noite pra garotinha. Desço e vou até a cozinha preparo um prato com tudo que tinha feito e levo pra Angela, não quero que ela fique com fome, e se pra ela ficar feliz de novo, e continuar me respondendo daquela forma atrevida, eu tiver que trazer a Isabela pra cá, então o jeito é fazer logo isso.
Deixo a bandeja com o jantar dela em cima da mesinha da cabeceira e saio do quarto dela, não quero estar aqui quando ela sair do banheiro. Ligo para o Juan, peço que cancele o casamento no fim de semana, e marque uma reunião com o conselho para amanhã meio dia. Desligo e faço outra ligação, dessa vez para o Pierre mandando que ele agilize os papéis do casamento e esteja com todos prontos amanhã cedo.
No outro dia cedo, acordo e ligo para uma amiga minha que tem uma loja de grife e um salão de beleza, peço que ela venha até minha casa dez e meia e traga a equipe dela pra arrumar minha noiva, e também algumas opções de vestidos pra que ela escolha um. Vou até o quarto dela.
Hugo: Dez e meia vem um pessoal te arrumar, esteja pronta meio dia, iremos assinar os papéis do casamento. E só um aviso, vê se me obedece pelo menos uma vez na vida, pode ser que eu liberte sua irmã se fizer isso.
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Atualizado até capítulo 71
Comments
Anonymous
Ou ele também só procurou a filha pra casar com o chefão
2025-03-07
2
Thaís
olha... pq esse panaca ñ assume logo q tá apaixonado???
2025-03-18
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Ana Lúcia De Oliveira
será que o pai dela já retornou da viagem?
2025-03-19
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