Há dias eu comecei a sentir algumas mudanças em meu corpo, arrepios e sensações de toques, cheiros de um perfume de fragrância suave floral. Depois comecei a ver flashes como uma máquina fotográfica ou um filme passando rápido. Por último eu comecei a ouvir vozes distantes. Era como se estivessem longe, muito longe de mim. Uma voz doce que me acalma e me faz sentir seguro.
Nos momentos de tortura da minha mente o meu corpo doía e o grito por socorro não saía, minha voz estava sufocada na garganta e não tinha forças para lutar.
Senti um peso em meus braços e peito, os olhos não estavam mais pesados.
Foi quando a vi dormindo em meu peito e seus cabelos espalhados por todo ele. Senti vontade de tocá-la, seu perfume me acordou de um sono profundo e eu vi seus olhos negros e sua boca carnuda. Ela me trouxe de volta do mundo dos mortos e me pôs junto aos vivos.
Ainda estou perdido, não reconheço ninguém mas sei que sou amado e querido por todos a minha volta. Minha mãe tem conversado comigo e falado da minha infância e juventude. Laura não fala como nos conhecemos e muito menos qual relação temos.
Já faz três dias que acordei e ela tem me ajudado até com o banho. Agora ela está preparando a banheira e quer que eu tente ir até a banheira caminhando.
Ela e o enfermeiro me amparam para descer da cama e pedi que tirassem a cama hospitalar e colocassem uma cama grande e espaçosa que já foi trocada.
Entro na banheira cheia de espuma que cobre todo meu corpo e Laura com cuidado tira minha cueca sem expor meu membro.
O enfermeiro nos deixa sozinhos e ela com cuidado esfrega meu corpo que reage com um instinto libidinoso, ela percebe e me encara olhando nos olhos. Eu tenho vontade de beijá-la mas ela se mantém distante. Ela lava meus cabelos e fica massageando minha cabeça. Meus olhos fecham com o prazer do toque de suas mãos.
Ela é linda e delicada, seu corpo é perfeito e seus lábios me deixam louco. Sua mão é leve e macia e desliza por sobre o meu corpo causando arrepios de prazer. Ela toca em meu peito e eu seguro sua mão apertando a sobre meu seio para que sinta meu coração acelerado.
Ela respira fundo e fica vermelha, está constrangida.
De repente o enfermeiro vem me ajudar a sair do banho, ela sai do banheiro assustada e parece estar chorando.
__ O que aconteceu com ela?
Pergunto ao enfermeiro que está sem respostas.
__ Eu não sei, senhor! Mas ela deve estar sentindo alguma coisa.
Ele fala e me ajuda a caminhar até a cama onde visto um moletom e fico sem camisa pois sinto meu corpo em chamas.
Depois de algum tempo ela chega com um prato de sopa e me ajuda a comer. Seus olhos não estão me olhando como antes e sinto que ela está fugindo de mim. Pego em sua mão gelada que está tremendo:
__ Te fiz alguma coisa? Está chateada comigo?
Pergunto querendo respostas exatas mas ela foge das minhas perguntas, tenho vontade de arrancá-las a força e saber o que lhe está afligindo.
Ela sai do quarto e não volta, minha mãe entra com um sorriso imenso e me conta a respeito da empresa e de que todos estão felizes pela minha recuperação.
__ Mãe!... O que está acontecendo com Laura? Ela não veio mais depois da sopa, parece estar fugindo de mim.
__ Não ligue para isso, ela está cansada. Cuidou de você muitos dias seguidos e agora precisa descansar, dê um tempo a ela.
__ Pede a ela que venha ficar comigo, diga que eu preciso dela e que não precisa fugir de mim. Eu prometo me comportar e não fazer mais nenhuma pergunta.
Estou desesperado e com medo dela ir embora, não sei porque tenho uma sensação ruim quando a imagino saindo da minha vida.
Minha mãe fica comigo até tarde da noite e meu coração está inquieto, tenho vontade de levantar dessa cama e ir atrás dela.
Em meus pensamentos eu não consigo me imaginar longe do seu carinho e atenção. Minha mãe sai e vai até seu quarto e volta com a notícia de que ela está dormindo. Eu fico desapontado pois a queria comigo como todas as noites. Ela parece ter se cansado de mim.
Custo a dormir e quando é madrugada começo a sonhar com um carro em alta velocidade, estava escuro e a chuva forte tampava minha visão. Eu pisava no freio e não funcionava. Dou um grito e acordo suando com alguém me segurando e dizendo para me acalmar.
Abro meus olhos e a vejo assustada me segurando:
__ Calma! Foi só um sonho ruim.
Eu a olho e sinto que ela quer me proteger. Nossa respiração está ofegante e muito próxima, meu coração acelerado. A puxo para meus lábios e a beijo com voracidade e sinto seus lábios se abrirem me dando passagem. Ela arqueia o corpo sobre o meu e deita em cima com um simples puxar das minhas mãos, ela é leve e pequena, no tamanho perfeito. Sugo seus lábios segurando seu pescoço e nossos corpos em uma chama ardente.
Não precisamos de palavras no momento somente a ocupação das nossas línguas nas nossas bocas.
Seu gosto me excita e sinto um desejo viril, minhas mãos deixam marcas vermelhas pelo seu delicado corpo. Estou perdendo o controle e o juízo.
Ela sai rapidamente dos meus braços e eu a vejo sair pela porta, minha vontade é ir atrás dela e tomá-la em meus braços e lhe fazer minha a noite inteira.
Meu ímpeto viril me deixa irracional, eu a assustei novamente, preciso me controlar. Ela é muito jovem e não deve ter tido experiência com um homem como eu.
Paro e penso... Como eu sou de verdade? E como eu sei o que posso fazer a uma mulher?
Não consigo mais dormir e sinto muita dor de cabeça, o enfermeiro entra no quarto para o horário da medicação e pergunta onde está Laura e eu digo que foi para seu quarto.
Tomo os remédios e fico esperando o dia clarear, eu preciso vê-la urgentemente, precisamos conversar.
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Atualizado até capítulo 49
Comments
Marta Moraes
História linda. A Laura tem medo do Alonso recobrar as memórias e desprezar ela. Será que ele fará isso?
2025-02-05
0
Deuselene Maria
🥰🥰🥰🥰🥰🥰🥰
2024-12-12
1
Andréa Debossan
Tomara que ele tenha se transformando transformando em uma pessoa melhor e quando se lembrar de como era se arrependa e continue sedo uma pessoa boa
2024-12-08
2