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Um Amor Para Lembrar

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capítulo 20

Capítulo 20

No dia seguinte, cheguei na escola e fui direto falar com a July.

- Oi amiga! - falei ironicamente, fechando com força a porta do armário dela com força - vamos conversar!

- Vamos! - ela disse e me seguiu.

Fomos até o pátio e sentamos atrás de uma árvore.

- Seu pai já terminou comigo, fique tranquila!

- Ah nossa, to aliviada! - falei novamente sendo irônica - olha July, é o seguinte, chega de chantagem, não vai mais ameaçar ele! Ou conto tudo aos seus pais e sei bem que eles conhecem a filha que tem!

- Já disse para ficar tranquila, eu não vou fazer nada!

- Então por que ameaçou ele?

- Porque sou apaixonada pelo seu pai a anos, desde que eu era criança!

- Isso é nojento! - falei com raiva.

- Olha, fui eu quem começou tudo, ele não tem culpa! - ela admitiu.

- Não July, ele tem! Podia ter sido forte e não ter se rendido a você! Mas não, ele foi um fraco!

- Não fala assim dele! - ela disse baixo e olhando a grama em que estávamos sentadas.

- Isso é muito estranho! - falei confusa, triste e com raiva.

- Sinto muito! Espero que possa me desculpar!

- Eu não sei July, o que vocês estavam fazendo foi muito grave!

- Eu sei... - ela disse e eu fiquei de pé.

- A gente se vê - falei.

- Espera Maia! - ela chamou ficando de pé e eu a olhei - Eu falei a verdade sobre o Theo.

- July, por favor! - falei sacodindo a cabeça e ela se aproximou.

- O Theo e a Olga nunca pararam de se falar!

- Eu não acredito em você! - falei séria.

- Não precisa acreditar em mim! - ela falou - só peça para ver o celular dele!

- Como sabe disso? - perguntei.

- O Jeremy que joga futebol com ele, me falou! - disse ela e imagino que estejam ficando. E ela ainda diz que é apaixonada pelo meu pai? Deus... ela é mesmo maluca.

- Ok, obrigada! - falei, mas não acreditava nela, embora tenha ficado com uma pulga atrás da orelha.

Saindo dali, encontrei Theo escorado no seu armário, mexendo no celular.

- Oi! - falei me aproximando.

- Oi Stevens! - ele falou sorrindo e guardou o celular. Depois me deu um beijo leve nos lábios.

- Estava falando com quem? - perguntei.

- Ah, era minha mãe! - ele disse passando o braço ao redor dos meus ombros e saímos andando pelo corredor - ela estava me confirmando sobre nossa viajem para a casa na praia esse fim de semana.

- Ah - falei olhando para baixo.

- Ela quer que eu leve você! - disse ele.

- E você quer que eu vá?

- O que? É óbvio que sim!

- Então eu vou! - falei sorrindo e ele beijou minha bochecha.

- Acha que seus pais vão deixar? - ele perguntou.

- Claro que sim!

Assistimos nossas aulas da manhã juntos, visto que nosso cronograma era igual hoje. E eu só consegui prestar atenção no Theo e no quanto ele ficava no celular. Mas eu não podia acreditar na July, Theo era perfeito. Ele demonstrava a todo o momento, o quanto gosta de mim, se preocupa e cuida de mim.

July tinha plantado uma sementinha do mau na minha cabeça.

Quando saímos da escola no fim da tarde, o convidei para irmos tomar sorvete.

- Claro! Acho perfeito! - ele disse e nos levou até a sorveteria que íamos desde criança.

Chegando lá e pedimos nosso sundae, com combo de batata e refrigerante. Theo ficou falando sobre a casa na praia e mais outras coisas, mas não consegui prestar atenção em nada.

- Tá tudo bem? - ele perguntou tocando meu cabelo.

- Sim sim... - falei o olhando.

- Eu vou ao banheiro e já volto! - ele disse e levantou.

Assim que ele entrou no banheiro, vi que ele tinha deixado seu celular do lado dos guardanapos de boca. Não me aguentei e peguei seu celular, estava bloqueado, mas consegui ver a barra de notificações. E tinham várias mensagens, inclusive da Olga.

“Até mais, nos falamos amanhã” - dizia uma das mensagens dela que consegui ler com o celular bloqueado.

Theo voltou e me olhou.

- O que aconteceu? Que cara é essa? - ele perguntou sentando.

- Você continua falando com a Olga? - perguntei brava.

- É... de onde tirou isso?

- Responde, Theo! Ainda fala com ela? - perguntei ficando de pé e com lágrimas nos olhos.

- Sim Maia - ele disse fechando os olhos e eu virei as costas e saí andando com minha mochila nas costas.

O sol já estava se pondo e um vento fresco batia no meu rosto, levando minhas lágrimas.

- Maia! - ouvi Theo chamar e apressei o passo, mas ele tinha pernas muito maiores que as minhas.

- Me deixa em paz Theo! - falei puxando meu braço quando ele me segurou no meio da rua.

- Me escuta Maia! - Theo disse me virando de frente para ele. - Não é o que tá parecendo!

- Então não está falando com ela? - perguntei alto, meu peito estava ardendo de raiva e tristeza - quem mais sabe?