Alvorecer Z

Alvorecer Z

Capítulo 1

— Corre! Eles estão vindo!

três pessoas surgem correndo de um grupo desesperado de infectados pela cidade a noite.

— Aquela casa verde! Vamos nos abrigar dentro dela.

Infectados se aproximam cada vez mais.

— Vamos bloquear a porta assim que entrarmos lá dentro.

No meio da correria um infectado consegue alcançar o pé de uma pessoa da equipe, o derrubando no chão.

— Pedro! — para de correr e fica olhando a situação.

— NÃO PARE! Eles vão alcançar a gente!

— Mas o Pedro!! — Assustada ela começa a correr.

— Esquece o Pedro, ele já está morto!

Parte dos infectados ficam onde a pessoa caiu. E a outra parte continua perseguindo.

— Ainda tem alguns infectados atrás da gente!

— Aguente, estamos quase chegando na casa.

Um dos membros começa a perder velocidade.

— O que está acontecendo? Eles estão se aproximando! — Pega um pedaço de madeira.

Assim que a pessoa perde a velocidade o infectado se prepara para atacar, mas é interrompido por um pedaço de madeira que acerta sua cabeça. — O membro fica assustado, vendo que podia ter morrido.

— Vamos! Não temos muito tempo.

Por pouco eles não conseguem chegar na casa. Assim que entram começam a pensar em como vão fechar a porta para os infectados não entrarem.

— Rápido! Arrasta esse sofá até aqui. Precisamos bloquear logo essa porta.

Eles conseguem bloquear a porta colocando dois sofá e algumas cadeiras da cozinha. — Assim que acabam vão correndo até as janelas para fechar.

— Acho que fechamos todas às portas. — Coloca a mochila em cima do sofá.

— Vou fazer uma abertura na janela para ficar olhando a movimentação.

— Tome cuidado Sohui.

Escutamos fortes sons de batida vindo da porta, eram os infectados tentando entrar.

— Merda eles chegaram! O que vamos fazer John?

— Não se preocupe, eles não vão conseguir passar pela porta.

Sohui começa a ficar preocupada achando que a porta não vai conseguir segurar os infectados.

— Estou com medo John! — Lágrimas escorrem pelo seu rosto enquanto fica sentada no chão, encostada na parede.

John então senta do seu lado no chão, e abraça Sohui, a fim de querer tranquilizar ela. Por ser de noite o tempo está bem frio.

— Como vamos voltar para casa? — Pergunta Sohui enxugando suas lágrimas com a mão.

— Assim que amanhecer, agora relaxe, vai da tudo certo. — Passo a mão levemente pelo seus cabelos.

Tudo começou quando a gente teve que sair de casa para procurar comida e outros suprimentos no mercado, quando a gente deu de cara com um grupo de infectados. — Saímos correndo que nem loucos de lá até chegar nesse momento que estamos.

Na nossa casa tem mais três pessoas esperando a gente voltar. Assim que amanhecer vou sair daqui com Sohui.

Dias antes

Notícias - Página 3 (2021)

- Rússia invade a Ucrânia e OTAN não impede.

- Estados Unidos entra em crise econômica.

- China se tornar a maior potência do mundo.

- Novo vírus no Brasil preocupa a comunidade científica.

- OMS diz que vírus no Brasil não é preocupante.

(...)

Estou deitado no sofá olhando as notícias no celular quando minha mãe aparece, e me pergunta o que estou fazendo — pois já fazia algum tempo que estou deitado.

— Vendo o noticiário mãe. — Respondo olhando em seus olhos, enquanto rolo a página para baixo. Ela faz uma cara de desconfiança e me pergunta que tipo de notícia estou vendo.

— Sobre a nova doença que está espalhando-se por todo o lugar.

— Aquela que seu pai está trabalhando para encontrar uma cura? — Pergunta ela já indo para a cozinha fazer o café.

— Sim, mas não teve nenhuma notícia até agora. Onde está Camila e Serena? Não vi elas hoje. — Me levanto do sofá e coloco o celular no canto.

— Serena saiu para o shopping da barra, parece que Larissa também foi com ela.

— Larissa também foi? Que estranho, ela não me disse nada sobre sair com Serena hoje.

Uma notificação chega no meu celular, me aproximo do celular para ver e era uma mensagem de Serena.

— E Camila? Para onde ela foi? — Pego o celular para responder a mensagem da minha irmã.

— Ela saiu com o Marcos para algum lugar. Ela disse que não ia demorar muito. — Termina de fazer o café e coloca na garrafa térmica.

Esse Marcos que minha mãe se refere é um cara que frequenta a faculdade. Minha irmã conheceu ele em uma festa da universidade.

Não sei que tipo de relação minha irmã tem com ele, e muito menos tenho informações sobre esse Marcos. Ele parece um fantasma, ninguém fala nada, ninguém sabe de nada sobre ele.

Diferente de Serena, ela não costuma falar muito sobre o que acontece no seu cotidiano, e não é muito aberta comigo.

— Esse Marcos é um cara muito estranho, ninguém tem notícias sobre ele.

— Ele deve ser de outro lugar. — Diz enquanto coloca o café no copo.

— Serena acabou de me mandar uma mensagem pedindo para ir buscar ela e Larissa. — Anda até a mesa e pega a chave do carro.

— Vai nem beber o café filho?

— Bebo outra hora, agora tenho que ir, tchau mãe!

— Não esquece a máscara!

Depois de pegar o carro sigo meu caminho até o shopping. Reparo no caminho que muitas lojas estão fechadas, e a maioria das pessoas estão usando máscara. — Muitos com uma expressão de preocupação em seus rostos. Espero que isso passe logo.

(Barra Shopping - RJ)

Acho que nunca vou conseguir chegar aqui na barra sem me perder pelo caminho. Ainda bem que um taxista me auxiliou e consegui chegar.

Me aproximando do shopping percebo minha irmã sentada em um dos bancos cheio de bolsas. E tinha outra pessoa do lado dela, era Larissa, minha namorada.

Encosto o carro na vaga e saio para ajudar elas a carregar as bolsas, que eram muitas. O que diabos elas compraram? Foi o shopping todo?

Serena olha para mim e se levanta do banco colocando as bolsas no chão e vem caminhando até mim.

— Você demorou John! — Diz me encarando, consigo sentir que ela está levemente bolada comigo.

— Acabei errando o caminho, ai um taxista apareceu e me disse o caminho para chegar aqui. — Larissa se levanta do banco também.

— Se perdendo amor? Você não tinha dito que conhecia a cidade como se fosse sua casa? — Se aproxima de mim.

— Não me lembro de ter dito isso. — Pego as bolsas de Serena e Larissa e coloco dentro do carro.

— Você está mais forte irmão. — Diz enquanto passa a mão nos braços de John.

— Academia está fazendo efeito. — Termina de guardar as bolsas no carro.

— A gente vai para à academia todo dia e não estou sentindo nada! Nem um pingo de força a mais. — Diz decepcionada.

— Vamos mudar sua série Serena, já passou da hora de mudar. — Responde Larissa.

— Você me ajuda montar os exercícios depois Larissa? Quero ficar igual a você! — Diz encarando a cintura de Larissa.

No momento que elas começam a falar sobre academia começo apressar elas para entrarem logo no carro. Assim elas fazem.

— Cuidado para não se perder irmão! — Diz rindo.

— Não vou me perder, pode ficar tranquila. — Larissa fica sentada no banco do passageiro.

Assim que todos estão no carro começo a dirigir. Serena ficou o trajeto todo falando que as aulas da escola seriam suspensas, sem previsão para voltar. Enquanto Larissa ficou com sua cabeça apoiada no meu ombro quase dormindo. Depois de algum tempo chegamos em casa.

Já era tarde quando chegamos. Entregando na garagem percebo um carro desconhecido. Olho para Serena e para Larissa que tinha acabado de acordar se conheciam aquele carro, ambas não conheciam.

Larissa ainda sonolenta se levanta e arruma seu grande cabelo loiro, enquanto esfrega os olhos com a mão.

— Já está tarde, vai querer passar a noite aqui Larissa? — Pergunto passando a mão em seu rosto.

— Se não for incomodar John.

— Você não é um incômodo Larissa, todos aqui gostam de você, a tratam como se fosse da família. A mãe, o pai.

— John tem razão, os pais amam você. — Responde Serena.

— Obrigada. — Algumas lágrimas escorrem pelo seu rosto.

A gente sai do carro tomando cuidado para não fazer muito barulho, o que poderia incomodar os vizinhos. Vamos caminhando pelo corredor que leva até a sala.

Chegando no final do corredor reparamos uma pessoa encostada na parede, era Marcos, que tinha acabado de chegar com Camila, minha outra irmã.

Marcos percebe que chegamos e se vira para falar com a gente. Usando uma camisa polo preta, e calças moletom cinza ele da início a conversa.

— Olá John, quanto tempo! — Olha para Larissa e Serena.

— Olá Marcos, faz muito tempo que não lhe vejo mesmo. — Encara Marcos.

— A faculdade ocupa muito meu tempo, por isso não apareço muito.

Larissa e Serena cumprimentam Marcos apenas acenando com a mão enquanto vão caminhando até a sala. Ficando apenas Marcos e Eu.

— Sua namorada? — Pergunta Marcos se referindo a Larissa.

— Sim. Aliás, onde está Camila?

— Ela está lá dentro. Passamos o dia curtindo a praia. — Na próxima vez você pode ir com sua namorada também.

— Acho difícil isso acontecer. Minha vida é corrida. Tenho meu estágio, a faculdade, academia, ensinar o conteúdo da escola para minhas irmãs. — Marcos olha para o relógio.

— Compreendo. Assim que tiver um tempo a gente ver isso. Tenho que ir agora. Até mais John.

— Até Marcos.

Ele vai caminhando pelo corredor até entrar no carro e sair. Então eles passaram o dia na praia...

Chegando na sala encontro todos sentados na mesa onde tinha um bolo, elas já estavam pegando pratos para comer, inclusive Larissa.

— Esse bolo é de que irmã? — Pergunta Serena para Camila.

— É de laranja. — Responde Camila.

— Quer um pedaço John? Eu ponho para você. — Pergunta Larissa.

Pego uma cadeira e me aproximo da mesa onde está Larissa segurando um pedaço de bolo.

— Olá Irmão! — Exclama Camila empolgada.

— Como foi seu dia irmã? — Responde John olhando para Camila.

— Foi muito bom! Marcos até comprou esse bolo. — Pega um dos pratos com bolo.

— Agora tá explicado a origem duvidosa desse bolo de laranja. — Começa a cutucar o bolo com o garfo.

— Come logo isso. — Responde Larissa.

Nessa hora a porta da sala se abre. Era meu pai que tinha acabado de chegar do trabalho.

— Olá gente! — Diz olhando para todos.

— Olá senhor Fernando! — Responde Larissa.

— Que felicidade ter você aqui com a gente hoje. — Se aproxima da mesa e observa o bolo.

— Pega um pedaço pai, aqui. — Diz Serena oferecendo um prato com bolo.

— Obrigado filha mas não quero. Teve um grande almoço na empresa hoje e comi bastante.

— Vai passar a noite aqui Larissa? — Pergunta Fernando.

— Sim senhor Fernando. Já está tarde para John me deixar em casa.

— Temos um quarto sobrando se quiser dormir nele.

— Larissa vai dormir com John pai. Não é óbvio? — Responde Camila.

— Sim ela pode dormir com John, mas vai que ela queira privacidade.

— Vou dormir com John mesmo — Responde Larissa com o rosto vermelho.

— Bom, vou ir dormir. Boa noite para vocês.

Todos dão boa noite para Fernando que logo subiu as escadas para seu quarto.

Após todos terminarem de comer o bolo cada um vai no banheiro escovar os dentes para ir dormir, cada um em seu quarto.

No dia seguinte

Acordo sentindo os cabelos de Larissa no meu rosto, um cheiro agradável de shampoo. Começo a mexer em seu cabelo, isso faz com que ela acorde.

— Sério John? Logo de manhã cedo. — Fala com voz de sono.

— A culpa é do seu cabelo que insiste em confrontar meu rosto quando pode. Estou apenas me defendendo!

— Hahaha engraçado em. Vamos nos levantar?

— Vamos, a gente tem que ir na faculdade ver o que vai acontecer com às aulas.

A gente se levanta da cama. Fico observando Larissa sentada na beira da cama, suas costas são totalmente branca, o que entrava em contraste com seu sutiã preto. Ela então veste suas roupas e vai até o banheiro.

Faço o mesmo colocando minhas roupas e vou até a porta do quarto. Larissa termina de se arrumar e descemos juntos até a cozinha.

Chegando na cozinha encontramos meu pai e minha mãe tomando café. Sem nenhum sinal de minhas irmãs.

A gente da bom dia e se junta a eles na mesa para tomar café.

— Como você está Larissa? — Pergunta Aline, mãe de John.

— Estou bem senhora Aline. Estou conseguindo me virar em casa.

Larissa sofria abuso e agressões do seu pai durante a infância e adolescência até ele ser preso. Ela passou a viver sozinha depois disso.

— Como está indo às pesquisas sobre a doença pai? — Pergunta John.

— Estão se desenvolvendo, aos poucos, mas tá.

— É realmente grave os meios de transmissão dela?

— Nada de anormal, basta cumprir as mesmas medidas de qualquer doença infecciosa. Uso de máscara, usar o álcool para descontaminar ambiente.

— A coisa parece séria, muitas pessoas estão comentando na Internet. — Diz Larissa, enquanto olha as notícias na Internet.

— Cuidado com os vídeos na Internet, tem muita fake news sendo espalhada.

— Temos que ir Larissa já deu o horário.

— Mas já?? — Responde Larissa com um pedaço de pão na boca.

— Onde vocês vão? — Pergunta Aline olhando para John.

— Vamos ir na faculdade ver como vai ficar às aulas. Acho que vão cancelar elas mesmo.

— Sério filho? E como vai ficar sem aula?

— Vai ser online pelo celular.

Larissa termina de tomar o café. Aproveito a chance e me levanto da mesa, vou andando até a sala e pego a chave do carro.

— Estamos saindo, tchau mãe e pai.

Larissa também cumprimenta eles antes de saímos. Combino com Larissa para esperar na entrada enquanto vou buscar o carro na garagem.

Fico parada na entrada esperando John chegar com o carro quando escuto alguém chamando meu nome.

Me viro para trás e vejo a pessoa que está me chamando, era Sohui.

Mais populares

Comments

yBlenda

yBlenda

Sohui, seu maior pesadelo ksks

2023-02-23

0

yBlenda

yBlenda

Nossa

2023-02-23

0

yBlenda

yBlenda

Acho que rolou em...

2023-02-23

0

Ver todos

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!