Capítulo 4

Assim que escutamos o som da explosão John vai andando na frente. Quando chegamos na entrada do laboratório onde tem um militar morto, ele começa a se mover. Cutuco o John para ver aquilo.

— Em John, o militar morto está se movendo! — puxo a camisa de John.

— Como assim?

Assim que John se vira o militar que tinha acabado de criar vida vem para cima da gente. Antes que ele me atingisse John consegue acertar ele com um chute, que o faz cair das escadas.

— Vamos subir rápido! — Diz John.

Sigo John que vai indo na frente, até chegarmos na parte de cima da casa. Ele rapidamente fecha a porta que leva para a parte subterrânea, trancando o militar lá dentro.

— Que merda é essa que está acontecendo John?

— Não me faça perguntas que não sei responder Sohui! Agora vamos ver o que está acontecendo lá fora. Assim que John termina de falar ele vai andando até a porta de casa, e vou seguindo ele.

Chegando no lado de fora podemos ver um repleto caos pela rua. Carros batidos, pessoas mortas, e policiais matando outras pessoas.

Merda, parece que aquilo que o professor disse era verdade. Maldito!

— Meu Deus John! As pessoas estão se matando... — Sohui volta para dentro de casa.

Faço a mesma coisa fechando a porta. Olho para Sohui e vejo que ela não está em condições de fazer muita coisa. Me aproximo dela para deixar ela mais relaxada.

— Escute Sohui, isso é apenas uma coisa passageira, logo vai passar! Entendeu? Agora senta no sofá e descansa.

— Vou fazer isso obrigada. — Senta no sofá.

Agora tenho que fechar todas as janelas da casa, e qualquer outro lugar que alguém possa usar para entrar.

— Tem quantas janelas no segundo andar Sohui?

— Apenas quatro, a do meu quarto e o quarto de hóspede.

— Vou subir lá em cima e fechar essas janelas. Se qualquer coisa acontecer pode gritar meu nome que vou ir imediatamente. — Pego na mão de Sohui.

— Tudo bem John.

Me dirijo para o segundo andar da casa e logo vejo o quarto de hóspedes. Entrando no quarto ligo a luz. Tinha uma cama de casal bem grande, um armário, guarda-roupa, um tapete e um quadro. Nada de mais aqui.

Vou até as janelas e olho o lado de fora. O sol tinha acabado de se pôr. E ainda tinha pessoas correndo atrás de outras. Nessa hora apenas uma coisa passou na minha cabeça, como estão minhas irmãs e meus pais.

Fecho as duas janelas e logo em seguida pego meu celular para ver se tem alguma mensagem. Felizmente tinha uma mensagem da minha mãe.

" Olá filho, estamos aqui no prédio central da Nong, Camila e Serena também vieram com a gente. Deixei um lanche na geladeira para quando chegar. Beijos."

Então eles estão todos juntos, menos mal. Agora vou ter que me encontrar com eles em algum momento e o prédio central da Nong fica no centro da cidade. Aproximadamente 30 km de distância daqui.

Passando a barra de notificações vejo uma mensagem do grupo, onde está todos os nossos amigos. Estão no grupo; Pedro, Larissa, Santiago, Philips, Richard e Sohui.

Tinha uma mensagem do Richard falando sobre o que está acontecendo. Larissa responde sem saber de nada. Philips manda uma mensagem para ninguém sair de casa.

Larissa então envia uma mensagem com tudo que o professor tinha falado com a gente. Santiago manda uma mensagem falando para todos se reunirem na casa de alguém.

Richard manda uma mensagem sugerindo para que seja na minha casa. Todos concordam. Larissa manda uma mensagem perguntando onde está Sohui e John.

Mando uma mensagem falando que estou na casa de Sohui, e assim que poder a gente vai até a minha casa.

Assim que mando a mensagem guardo o celular. E vou até o quarto da Sohui para fechar a janela. Chegando no quarto reparo os ursos de pelúcia em cima da cama. E alguns adesivos de unicórnio na janela.

Sohui pode parecer durona às vezes mas no fundo é apenas uma garota normal. Fecho a janela e volto para o andar de baixo. Não encontro Sohui na sala.

Onde será que ela foi? Olho para a porta que permanece fechada. Tanto a da entrada como a do subterrâneo. Ando até a cozinha onde encontro ela mexendo na geladeira. — O que está fazendo?

— Procurando algo para comer.

Vejo que todas as janelas da cozinha estão fechadas, menos mal. Acho que usar o fogão não deve dar problema. — Vai querer comer também John?

— Vou sim. Não comi nada na faculdade.

— Eu falei para você comer, quando estavam dando merenda na cantina, mas você não quis.

— Parece que não adiantou muito, você já está com fome novamente...

— Aquelas merendas não são suficientes para matar minha fome.

— Tanto faz. Vou voltar para sala, garantir que nada e nem ninguém vai entrar aqui. E aliás, já falei com o pessoal.

— Tudo bem. Assim que terminar aqui eu levo para a sala.

Saio da cozinha e vou para a sala, já tinha feito tudo que era pra fazer, fico sentado no sofá olhando para a porta do subterrâneo. Escutava sons vindo da porta, e a imagem do laboratório volta a minha mente.

O que está acontecendo aqui e lá fora? Foi nessa hora que eu lembrei da televisão. Vou ligar ela com o volume no zero, apenas para ver às notícias mesmo. Assim faço, ligo a TV.

Primeiro canal que aparece é o de notícias. Falando sobre o que está acontecendo. O reporte está no centro da cidade gravando toda a confusão. Quando um dos infectados ataca o jornalista e a transmissão é cortada.

Merda até no centro às coisas estão assim!

Depois que a transmissão caiu um anúncio do governo começa a passar. Falando para às pessoas não saírem de casa, e para evitar estranhos. Que o exército seria enviado as ruas para conter o surto da nova doença.

A televisão então é desligada, junto com as luzes da casa. A energia tinha sido desligada completamente, ficando um breu pela casa e na rua, que era apenas iluminada pelo poste.

— Droga!

Com tudo escuro vou até a cozinha onde está Sohui, a luz do fogão que me guiou para chegar aqui.

— Está tudo bem Sohui?

— Claro que não John, como vou terminar de fazer a comida sem luz!

— Não tem nenhuma vela por aqui? Ou alguma lanterna?

— Acho que no armário da sala, me lembro que tinha visto uma lanterna por lá.

John então vai andando bem devagar até a sala, com medo de esbarrar em algo pela casa. Até que ele chega na estante que Sohui disse e procura pela lanterna. Abrindo a gaveta encontra duas lanternas e algumas pilhas.

Por que eles possuem lanternas em casa? Nem na minha casa tem lanternas... Nessa hora sinto alguma coisa caindo do meu bolso. Quando olho para o chão vejo a pistola.

Tinha me esquecido que peguei a arma do militar morto. Eu nunca usei algo parecido, a única coisa que sei é carregar ela e atirar. Meu conhecimento é todo baseado em filmes de ação apenas.

Pego a pistola junto com as lanternas e volto para a cozinha. Sohui já tinha terminado de cozinhar. — Achei a lanterna Sohui.

— E tinha realmente? Pensei que era outra coisa. Olhe, terminei!

Sohui segura um prato de miojo alegremente enquanto mostra para mim. A partir do momento que ela foi para cozinha já sabia o que ela faria. Pego o prato de sua mão. — Você já sabia não é? — Pergunta Sohui.

John rir

— Claramente. Puxa uma cadeira e senta na cadeira. Vamos jantar?

— Vamos.

A situação era a pior possível, pessoas morrendo no lado de fora, e a incerteza do que vai acontecer mas para frente. Mas... Mesmo assim estamos tendo um momento de descontração. Sohui está alegre por ter feito o miojo, diferente de como estava antes, desesperada.

— Colocou o que nesse miojo? — Mexe o garfo de um lado para o outro.

— Pedaços de frango que tinha na geladeira. E um pouco de pimenta.

— Pensei que a ardência era por causa do tempero. Desde quando você usa pimenta agora nas coisas?

— A partir de agora, você me influenciou a usar ela John, sua culpa!

— Não me coloca nisso não, você é responsável pelas suas escolhas. — Fala John rindo do rosto vermelho de Sohui.

— É sua culpa sim! — A pimenta está fazendo efeito. Sinto que meu rosto está queimando. Pega uma garrafa de água e bebe.

Depois que terminamos de comer fui até a pia lavar os pratos enquanto Sohui foi até o segundo andar pegar uns lençóis para dormirmos. Cada um de nós tem sua lanterna agora. Disse para ela não ficar usando para qualquer coisa, depois que as pilhas acabar já era.

Chegando na sala vejo tudo arrumado com os sofás perto um do outro formando uma espécie de cama, e os lençóis jogados junto com os travesseiros. Sohui já estava deitada.

— Acabou John? Vem descansar.

— Amanhã vamos sair. Nem que eu precise matar aquelas coisas. — Deita no sofá.

— Não precisa se arriscar a toa. O governo vai resolver as coisas lá fora.

— Independente, vamos sair. Todos vão ir para minha casa amanhã, e precisamos estar lá para ajudar eles. — Pega o lençol.

Som de batida vindo da porta.

— Não sei se vou conseguir dormir com esse barulho na porta. — Diz Sohui.

— Chegue mais perto.

Sohui puxa seu lençol para próximo de John. O tempo tinha ficado frio com o passar da noite. Consigo sentir a respiração dela. No fim ela acaba dormindo. Consigo sentir suas pernas sobre a minha e seus braços batendo no meu cabelo. E assim acabo dormindo.

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