Capítulo 3

— O vírus vai trazer nossa extinção.

Todos ficam assustados com as falas do professor que dizia tudo de forma muito séria.

Sohui desconfiada do professor começa a questionar ele. — Você tem certeza do que está dizendo professor? Não é legal ficar propagando medo aos estudantes! — Diz Sohui tentando ficar calma.

— Tudo o que estou dizendo é verdade. Basta não ignorar os fatos que vem ocorrendo. A própria vacina em si é um mistério, e o causador ao mesmo tempo. — Diz o professor.

O professor percebe que não estamos acreditando nesse papo furado dele. E começa adiantar às coisas. — Escutem, vocês podem não acreditar em mim, mas tenho um conselho para vocês jovens. — Diz o professor olhando para nós.

— Aconselho que façam compras para durar meses, e não saiam de casa nos próximos dias. O restante vocês conseguem se virar. — Após o professor falar isso ele se levanta e sai da sala carregando uma pasta com papéis.

Olho para Sohui que ficou sem entender nada. A expressão de Larissa condiz a mesma coisa.

Essas palavras do professor me deixou com mais dúvidas do que respostas. Por que todo essa alarme para a nova doença que é apenas uma variante de uma gripe? E como a vacina entra em tudo isso? Dúvidas e mais dúvidas percorrem minha mente.

— Você acredita nisso tudo que ele falou John? — Pergunta Larissa.

— É difícil de acreditar...

Sohui fica pensativa sem falar nada.

— Mesmo que não acreditamos não seria melhor seguir pelo menos a conselho dele?

— De não sair de casa durante esses dias? — Responde John.

— Não, de ir no mercado e fazer compras! — Responde Larissa.

Sohui quebra o silêncio e começa a falar. — Vamos seguir o conselho dele. Também não acredito no que ele falou sobre o vírus.

Ninguém aqui acredita fielmente no que o professor acabou de falar. Olho para a hora no celular e vejo que está na hora de ir.

— Temos que ir gente, já deu a hora. — Diz John com pressa.

— Vai passar lá em casa a noite John? Para a gente ir na academia? — Diz Sohui.

— Se der tempo passo lá para a gente ir. — Responde John.

Larissa me olha com uma cara não muito boa. Estou acostumado com os ciúmes de Larissa em relação a Sohui, afinal de contas conheço Sohui desde pequeno, é minha melhor amiga.

Saindo do laboratório a gente encontra a escola simplesmente vazia, todos já tinham saído. Larissa continua segurando um dos meus braços sem querer largar.

— Você vai fazer às compras Sohui? — Pergunta Larissa.

— Tem bastante coisa lá em casa. Vou apenas comprar algumas coisinhas a mais. — Diz Sohui.

— Ela quer comprar aqueles fini de dentadura... — Diz John olhando para Sohui que ficou surpresa.

— Isso! Você me conhece tão bem John! — Diz Sohui com um sorriso no rosto.

— Não sei como consegue comer aquela coisa com gosto de câncer. — Responde Larissa.

— A gente acostuma.

Assim que saímos da escola entramos no carro, onde deixo Larissa em casa. Ela mora aproximadamente uns 2 quilômetros da minha casa. Enquanto a casa de Sohui fica a 4 quilômetros de distância. Dentro do carro Sohui tenta puxar assunto sobre hoje a noite.

— Em John...

— Diz.

— Tem como a gente revisar algum exercício na academia?

— No leg talvez.

Os exercícios que costumo fazer na academia são apenas para me manter saudável. Longe de mim querer ser um muzy, ramon ou giga. Mesmo eu sendo um ectomorfo consegui criar bastante volume corporal.

— Você devia treinar pernas mais vezes John.

— Não é meu foco. Não tem porque treinar.

— Sabe que em uma luta é importante ter força nas pernas não é?

— Não luto mais também, como disse, não vejo porque treinar.

— Quando você bota uma ideia na cabeça é difícil mudar em John! — Diz Sohui bolada.

— Você sabe como sou.

— Por isso eu gosto de você... — Diz Sohui bem baixinho.

— O que disse?

— Nada!

Sohui rir

Chegando na casa da família Jeong Sohui desce do carro. Não tinha reparado antes, mas me parece que Sohui cresceu. Antes de sair do carro Sohui me agradece.

— Obrigada por em trazer John. Até mais tarde! — acena com a mão enquanto anda até a porta de casa.

Engraçado não ter nenhum segurança hoje por volta da casa, normalmente sempre tem uns três aqui na entrada. Acho que estão de folga com tudo isso que vem acontecendo.

Antes de ligar o motor do carro para sair escuto um grito vindo da casa. Logo saio de dentro do carro e vou correndo até a porta da casa — que está aberta por causa de Sohui. Entrando lá dentro não consigo ver ninguém.

A casa de Sohui é enorme, ela pode estar em qualquer lugar. Dou um grito para ver se ela consegue escutar.

— Aqui John!!

O som veio da parte de baixo da casa. No subterrâneo onde fica o laboratório do pai da Sohui. Assim que escuto a voz de Sohui vou correndo até as escadas que leva para a parte subterrânea. Chegando na entrada encontro uma pessoa morta, com sangue na parede.

A pessoa morta provavelmente é um militar pela vestimenta que está usando. Uma farda preta com colete e um capacete balístico. Que merda aconteceu aqui?

— John é você? — Sohui diz com um tom de voz fraco.

— Sim! Onde você está? — Olho em volta procurando por ela. Quando a porta que leva para o laboratório se abre, era Sohui. Sua expressão era de total medo, com seu rosto cheio de lágrimas. Ela corre até mim e me abraça.

— O que aconteceu aqui?

— Não sei! Quando entrei já estava tudo assim. — Diz chorando.

— Cade seus pais?

— Eles não estão aqui.

— Nem no laboratório?

— Não! Eles não estão aqui. Tem apenas pessoas mortas por todo o laboratório, e algumas coisas quebradas.

— Vou entrar para ver. Você fica aqui? — Falo olhando no fundo dos olhos de Sohui, que concorda mesmo que relutante.

Preciso saber o que aconteceu por aqui. E saber onde estão os pais de Sohui. Assim que entro no laboratório consigo observar mais dois militares mortos do lado da porta. Tomo cuidado ao andar para não pisar em uma poça de sangue ou pedaços de vidros.

Saindo da entrada vou até o centro do laboratório onde tem alguns tubos de ensaios no chão. E alguns papéis também no chão, porém molhados por causa do sangue. Dando a volta na mesa encontro outro militar morto.

O que deixa tudo mais estranho é que não tem nenhuma marca de tiro ou cápsula de bala pelo laboratório. Eliminando a hipótese de que poderia ter sido um confronto.

Se não foi um confronto o que então matou esses militares? Vou ter que descobrir. Pego uma luva branca que está espalhada pelo chão e as coloco. Com as mãos protegidas começo a revistar o corpo do militar morto.

Mexendo no colete encontro três carregadores que aparenta ser de pistola. O corpo está virado para o chão então começo a desvirar ele. Assim que desviro sua pistola cai do colete. Mas uma coisa me chamou atenção, em seu pescoço tinha um grande corte, parecendo um arranhão.

Começo a escutar o som de alguém se aproximando de mim — assim que me viro percebo que era Sohui, ainda assustada.

— O que você descobriu John?

— Descobri que não houve um combate direto. Nenhum dos militares usaram suas armas. — Diz John enquanto mexe no corpo do militar morto.

— Quer dizer que alguém matou eles? Quem faria uma coisa dessas sozinho e sem usar armas?

— Não faço ideia, mas quem quer que tenha feito isso não saiu daqui sem levar nada. Reparei que alguns papéis sumiram, e tem um armário que foi arrombado.

— Mas o que tudo isso tem haver com esses militares aqui em casa? — Questiona Sohui.

— Já tentou ligar para seus pais? — Pega a pistola que está no chão.

— Tentei mas ninguém atende.

— Vamos ter que esperar então. — Vamos sair logo daqui! O cheiro de sangue está insuportável. — Diz Sohui.

Após ver tudo que podia vamos caminhando até a saída do laboratório quando a gente escuta um forte som de explosão vindo do lado de fora da casa.

Nessa hora o militar morto na entrada do laboratório começa a se mover...

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