Capítulo 15

Depois de alguns minutos chegamos na casa do tio Jin onde vai acontecer o aniversário do John. — Tio Jin, pai de Claire é a segunda pessoa mais importante da nossa empresa, a Nong Group, onde meu pai é o CEO.

Pai de John também trabalha na empresa junto com o meu pai. Os dois estão desenvolvendo um projeto que promete revolucionar a forma como é cultivado os alimentos no mundo.

Por causa dessa aproximadamente entre eles nossa família se da super bem. A mesma coisa é John comigo, sempre fomos muito próximos um do outro.

Como se fossemos irmãos, é dessa forma que John deve me enxergar, assim como suas irmãs Camila e Serena. Mas não tem problema, enquanto ainda tiver sua atenção.

O pai para o carro dentro da casa, que estava lotada de carros. Minha nossa, de onde saiu toda essa gente? Isso só pode ser coisa do tio Jin!

Antes da gente sair do carro escuto meu pai resmungando algo. — Esse meu irmão... Nem para fazer uma festa simples ele consegue. Tem que ficar se amostrando para os outros. — Diz Yejun um pouco estressado.

— Acalme-se querido. Ele deve estar querendo apenas mostrar o quão a família Rodrigues é importante para o nosso vínculo social. — Diz Subin.

— Mostrar? Ele quer promover a própria imagem mesmo, caso contrário não teria chamado o pessoal da empresa.

— Apenas aproveite. Faça isso por Sohui. — Diz Subin olhando para Sohui pelo retrovisor.

A gente então desce do carro e vamos até a entrada da casa onde tem alguns seguranças armados de fuzil. Eles pedem a nossa identidade e depois de confirmar deixam a gente entrar. A cara do meu pai era impagável, não existia palavras para descrever sua insatisfação.

Dentro da casa podemos perceber que tudo foi muito bem feito. A sala está rodeada de gente conversando enquanto seguram taças em suas mãos. Contudo já podia ver-se conhecidos, como a irmã de John, Camila, e a senhora Aline, sua mãe.

Assim que os vejo vou até onde eles estão. Saindo de perto dos meus pais. Eles já tinham visto a senhora Aline antes, por isso não questionam minha atitude de sair assim.

Me aproximo cumprimentando a senhora Aline. Camila está no celular e nem percebe minha aproximação. — Boa noite senhora Aline.

— Oh Sohui, boa noite.

Ela me observa com uma luminosidade em seu olhar, visando meu vestido vermelho, com o acabamento dourado. Após terminar de me olhar por inteira ela diz. — Você está maravilhosa Sohui! — Fala de forma radiante.

Sua fala me deixa levemente envergonhada, porém fico feliz com o elogio vindo dela.

— Obrigada.

Camila finalmente percebe minha presença ali depois de sair do celular. — Olá Sohui. — Diz Camila um pouco sonolenta.

— Olá Camila.

Depois de cumprimentar Camila olho para a tia Aline e questiono onde está John. Ela me responde de forma não muito precisa. — Acho que vi ele com Claire no segundo andar.

— Tudo bem. Vou subir para ver se encontro eles. Até mais tarde tia Aline. Saio andando para o segundo andar quando encontro o tio Jin pelo caminho, junto com algumas pessoas da empresa.

Ele me percebe e vem falar comigo.

— Olha se não é minha sobrinha favorita! — Rir enquanto segura um copo de whisky.

Meu tio mesmo sendo coreano sua aparência está totalmente fora do padrão da sociedade. Seu cabelo descolorido de loiro, suas vestimentas extravagantes, e suas mais diversas tatuagens deixa sua aparência fatídica de um membro da Yakuza.

Os outros membros que estão com ele começam a me encarar. Uma coisa atraiu minha atenção, na vestimenta dessas pessoas tinha um broche escrito "Balalaika". Nunca tinha visto esse nome antes.

Volto meu olhar para meu tio que espera uma resposta minha. — Boa noite tio. Viu Claire por aqui?

Ele bebe sua dose de whiskey antes de responder. — Arrhh! Que dose foi essa! Oh, Claire? Ela passou por aqui com seu namorado. — Diz de forma provocativa.

— Ele não é meu namorado!

— Claro. Se continuar deixando ele sozinho com Claire... Não vai ser mesmo!

Jin rir.

Sem muita paciência me afasto de onde eles estão, e chego no segundo andar. Lugar onde fica o quarto de Claire. Percebo que a porta está aberta. — Escuto a voz de Serena, irmã mais nova de John.

Dou alguns passos, entrando no quarto. Lá dentro está Serena, junto com John e Claire. O quarto está lotado de presentes, onde John estava trocando de camisa. — Camisa essa que ganhou de presente.

— Serviu John? — Pergunta Claire.

— Está um pouco justa, mas nada que uma costura não resolva. — Diz John.

— Vou falar com a costureira da família para ajeitar depois então. Aqui, pegue esse. Claire entrega uma bolsa da Desmond Merrion, uma marca famosa de ternos.

Enquanto John abre a bolsa eu decido falar alguma coisa. — Como está indo a festa? — Minha pergunta repentina os espanta.

— Ah? É você Sohui?! — Diz Claire.

— Quem mais seria?

— Não sabe bater na porta não? — Resmunga Claire.

— Não.

Me aproximo de Claire que está sentada em uma cadeira enquanto olha para John trocando sua roupa. Ainda bem que ela curte mulheres, se não poderia supor que ela sentia algo por John. — Eae John, como está os presentes?

— São muito bons! — Fala enquanto coloca a gravata do terno. Assim que ele termina de por ele olha para sua irmã, que o encarava. — Como estou? — Feio, responde sua irmã.

— Não liga John. O caimento do terno ficou perfeito em você! — Glorifica Claire.

— Verdade. Confirmo a fala de Claire. O terno realmente ficou bom em John. Espero que ele goste do meu presente...

Claire repara que estou escondendo alguma coisa e tenta ver o que é, mas acabo interrompendo ela.

— Obrigado pelos presentes Claire. — Diz John com um sorriso no rosto.

Esse sorriso...

Nessa hora alguém aparece na porta chamando Claire. Era o tio jin.

— Claire!!

— O que foi pai?! — Responde Claire.

— Vem aqui!

— Aff, tenho que ir gente.

Claire sai do quarto.

John coloca o terno de volta na bolsa e põe junto com os outros presentes. Uma coisa chamou minha atenção, não vi o senhor Fernando, pai de John, pela casa. — Onde está seu pai?

— Ele teve que sair.

— Pode me acompanhar John?

Ele olha para mim.

— Para onde?

— Até lá fora no jardim.

A casa tinha um jardim maravilhoso que Claire pediu para seu pai fazer. O mesmo possuía diversos tipos de plantas e flores, das mais amplas espécies. E durante a noite ficava ainda mais bonito com a presença de vaga-lumes.

Com certeza era um bom lugar para ficar, e ainda poder olhar para as estrelas no céu. Um verdadeiro sonho.

— Claro, mas antes de ir tenho que deixar Serena com alguém.

— Pode levar ela com a gente.

Serena fica animada com a ideia de ir para o jardim. Porém John não concorda em levar ela, por ter medo dela se machucar mexendo nas coisas.

— Leva ela vai! Não vai acontecer nada. Você promete não mexer nas coisas Serena?

— Prometo! — Diz alegremente. Uma felicidade genuína que só uma criança podia ter.

John sem alternativa concorda em levar Serena com a gente. E assim vamos até o jardim.

Chegando lá o cenário era exatamente o que imaginei. O lugar está cheio de vaga-lumes!

— Que lindo! — Diz Serena.

Tinha mais flores dessa vez, acho que Claire plantou essas novas que nasceram. A gente vai caminhando até chegar no lugar que tem uns bancos de madeira. John e Serena se sentam nele. — Não vai vir Sohui? — Questiona John.

— Tenho uma coisa para você John.

John então começa a me encarar.

— O que seria? — Pergunta John curioso.

— Sei que não é nada extravagante como os presentes que você recebeu, e nenhum pouco chique como as roupas de Claire. Mas é de coração. Retiro o presente da caixinha que estou segurando algum tempo.

— É um colar que meu avô me deu no meu primeiro aniversário, um símbolo da nossa família. E quero que você fique com ele, como forma de presente, e pedido de desculpas por ter esquecido seu aniversário.

— Sohui, uma coisa assim eu não posso...

— Aceite, estou pedindo.

John então se levanta do banco. Me aproximo dele para por o colar em seu pescoço. Sinto sua respiração ficar descontrolada enquanto coloco o colar, e antes mesmo de terminar de por ele me abraça.

_

Termino de arrumar as roupas de Fly no guarda-roupas e me preparo para sair, quando encontro Santiago no corredor.

Ele não parecia estar bem, seus olhos estão vermelhos, como se ele tivesse chorado por horas, e seu rosto estava totalmente apático.

Alguma coisa tinha acontecido.

Ele anda até a porta do seu quarto carregando uma mochila nas costas. Acho que ele acabou de chegar junto com Richard.

Parado na frente da porta ele começa a chorar. Saio correndo até ele, quando chego ele olha para mim sem dizer nada.

— O que houve? Está ferido? — Pergunta Sohui preocupada.

Ele então solta sua mochila que cai no chão. E me empurra na parede, me deixando presa entre seus braços, e me beija.

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