Capítulo 7

Depois que Sohui concordou com a ideia de Fly ir com a gente vamos todos andando até o carro. Como Fly tinha dito antes, assim que saímos daquele lugar um grupo de infectados tinha chegado.

— Como você sabia que os infectados viriam? — Pergunta Sohui para Fly que está indo na frente.

— Observando eles percebi que são guiados pelo som, ou seja, qualquer barulho pode ser fatal.

Sohui olha para John com uma cara de eu te avisei, referente a fala do John chamando sua atenção. — Tem glitter no meu rosto por acaso? — Pergunta John para Sohui.

— Não. Só estou lembrando da merda que você fez alguns minutos atrás.

— Não vem com essa, nada daquilo teria acontecido se você tivesse ficado calada.

— Não foi eu que quase fui pega por um infectado enquanto corria!

Fly interrompe nossa conversa com um comentário. — Sério que vocês não são namorados? Pode me falar vai, não vou contar para ninguém.

Sohui rir.

— Como disse antes, Sohui é minha amiga. Já tenho namorada.

— Nunca que eu namoraria alguém como o John. Ele não treina perna, não segue a dieta recomendada pela nutricionista, se recusa a tomar remédios quando está doente...

— Não sei, tive essa ideia ao ver vocês. E aliás, onde está sua namorada John? — Pergunta Fly.

— Está indo para minha casa junto com outros amigos nosso. É lá onde vamos nos encontrar. E você, para onde pretende ir?

— Qualquer lugar que seja seguro. — Responde Fly.

(...)

Algum tempo depois chegamos no lugar onde está o carro. Abro o porta malas e coloco as mochilas. Olho para Fly que também carrega uma mochila, pergunto se ela quer que eu guarde sua mochila mas ela recusa prontamente.

Tinha alguns infectados na entrada do mercado onde passamos. Acho que eles não conseguem nos ouvir daqui. Sohui já tinha entrado no carro enquanto Fly fica esperando eu entrar. Assim que entro ela também entra.

— Para onde vamos? — Pergunta Fly.

— Vamos para minha casa, onde vamos reunir o pessoal.

— Onde fica?

— Na rua da escola Vicente Jannuzzi. Sabe onde fica? — Pergunta John.

— Não. Faz pouco tempo que estou por aqui. Não sou brasileira sabe?

— Também não sou! — Diz Sohui animada.

— Acho que é fácil perceber que você não é brasileira Sohui, seus olhos já entregam. Agora você Fly... Eu já não sei.

— Você deixa meus olhos!

— Sou da Colômbia, mas fui muito cedo para o México. E agora estou aqui.

— Essa eu não esperava. — Diz John.

— Que legal, sempre quis conhecer o México, é bom morar lá?

— Sim, é — Fly diz um pouco desanimada.

Depois que conversamos um pouco com Fly descobrimos que ela veio a procura de trabalho por aqui, mas que não conseguiu.

— Essa sua jaqueta, o que significa esse "Mantém" bordado nela? — Pergunta Sohui curiosa.

— Não faço ideia, encontrei ela no chão de um supermercado com uma pessoa morta do lado. Foi aí onde encontrei essa arma também.

— Que sorte ter encontrado uma arma fácil assim — Diz Sohui.

— Sim!

Já chegamos na metade do caminho faltando apenas alguns quilômetros a mais para chegarmos em casa. Passamos por alguns infectados no meio do caminho mas sem nenhum susto.

Entrando na avenida ayrton senna é que a coisa começou a ficar complicada, tinha um carro fechando uma das faixa da avenida, com pessoas armadas em volta do carro.

Era o exército.

A gente vai ter que passar por eles é inevitável. Olho para Sohui que não está nem um pouco preocupada. Agora Fly... Ela estava aparentemente nervosa.

— Não tem como dar meia volta John? — Pergunta Fly.

John olha ao redor tentando encontrar uma saída da avenida mas sem sucesso. — Vamos ter que passar por eles, não tem outro jeito.

— O que a de ruim em passar por eles? — Pergunta Sohui.

— Tudo! O exército nunca é confiável em um momento de crise! — Diz Fly.

— Vamos passar por eles. Se tiver que acontecer algo, vai acontecer!

Acelero o carro pela avenida e um dos militares armados percebe, ele avisa para outros que vão até o meio da avenida e juntos apontam seus fuzis em nossa direção.

Com um aviso de parada eu paro o carro. Eles estão usando máscara de proteção, junto com o uniforme padrão deles. Um deles vem andando até o carro enquanto os outros continuam apontando seus fuzis.

O militar chega na janela mantendo alguns metros de distância e me faz uma pergunta.

— Quantos estão no carro? — Diz o militar que só consegue enxergar o banco do motorista. Sohui e Fly estão no banco de trás do carro.

Os militares que antes estavam na frente começam a se espalhar, cercando cada lado. Qualquer erro aqui pode resultar na nossa morte.

— Tem mais duas pessoas no banco de trás senhor. — Responde John tentando manter a calma.

— Algum de vocês foram feridos pelos infectados?

— Não senhor, ninguém aqui entrou em contato diretamente com um infectado.

— Desçam do carro, todos! — Diz o militar elevando o tom de voz.

Olho para trás e digo as garotas para descerem, nessa hora Fly tira sua pistola da cintura e coloca ela no interior do banco. Ela então olha para mim. — Se tiver alguma arma é melhor deixar aqui. — Diz Fly bem baixo.

— Andem logo! — Grita o militar.

Tiro a pistola da cintura e entrego para Fly guardar ela também. Desarmados a gente desce do carro.

Os militares que estão em volta do carro foca na gente que está saindo. Assim que saímos cada um deles se aproxima da gente, revistando cada um.

— Estão limpos. — Diz um militar.

— Ótimo, agora olhem o carro.

Na hora que ele disse que ia revistar o carro meu corpo gelou na hora, e não podíamos fazer nada para evitar.

Um outro carro se aproxima de onde estamos, e disparos são feitos para cima dos militares.

O cenário tinha acabado de mudar.

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!