Capítulo 11

Passamos a noite observando o lado de fora. E tivemos que superar o frio que estava fazendo essa noite. Ainda bem que nada de mas aconteceu. Apenas um pequeno grupo de infectados que passou perto da casa.

Fly desceu algumas vezes para ver como eu estava e acabamos trocando algumas ideias. Acabei descobrindo que sua infância foi uma merda total. Foi vendida ainda pequena por sua mãe para um cartel de drogas mexicano.

Tudo que ela disse fiquei sem acreditar, como é que pode uma pessoa ter passado por tudo aquilo. Ela com certeza é uma pessoa forte.

O sol começa aparecer no horizonte, e com a queda da noite meu sono também começa a vir.

Vou para o segundo andar onde está Fly quase dormindo na beirada da janela. Me aproximo dela o suficiente para que ela acordasse. — Já acabou? — Diz Fly com uma voz sonolenta.

— Sim, vamos descansar agora. Vou acordar o pessoal para dar início ao dia. Seu quarto fica naquela porta. — Aponta para a porta.

— Caso Sohui lhe incomode pode bater nela, não tem problema. Uma dica, comece imobilizando suas pernas.

John rir.

— Deixa comigo. — Responde Fly ironicamente.

Fly entra no quarto. Vou caminhando até o quarto do lado onde deve estar Richard e Santiago. Bato na porta antes de entrar.

Ninguém responde. Entro assim mesmo, dentro do quarto vejo que todos ainda estão dormindo. Richard quase caindo da cama, e Santiago todo torto, com o travesseiro de um lado e ele do outro.

A janela tinha uma brecha por onde saia um feixe de luz que bate na estante, onde tinha uma garrafa de água. Agora eles vão ver! Esse vai ser o preço de não acordar cedo.

Pego a garrafa e retiro a tampa, me aproximo de Richard que está mas perto e despejo algumas gotas, que cai no seu rosto.

Ele não acorda, pelo contrário, se vira para o outro lado da cama, deixando seu ouvido exposto.

Dessa vez despejo as gotas de água no seu ouvido, fazendo com que ele acorde.

— Que porra é essa? Goteira? — Diz Richard ainda sonolento.

Ele se vira para o lado onde estou e fica me encarado. — Ah, é você John. O que tu quer?

— Já é de manhã.

Richard se revira na cama antes de levantar. Ele olha para Santiago que ainda está dormindo também. — Posso acordar ele? — Pergunta Richard.

— Vai em frente. Aqui pegue a garrafa.

— Não, não vou precisar da garrafa.

Fico observando curiosamente o que Richard vai fazer para acordar o Santiago, que está dormindo feito uma pedra. Richard se levanta, e pega o coberto que usou para dormir, enrolando, ele faz uma espécie de bastão com o coberto.

— Observe John.

Richard chega perto da cama onde está Santiago e lhe da uma lapada, bem na cabeça. Fazendo ele acordar rapidamente.

Já perto da porta me retiro do quarto, não quero ficar para ver a merda que vai acontecer. — Boa sorte Richard. — Bate a porta do quarto.

Caminhando um pouco chego no meu quarto onde está Larissa. Abrindo a porta vejo que Larissa estava se trocando.

— John?! — Ela olha para mim espantada. Assim que ela ver que sou eu fica mais calma, porém ainda está com raiva. — Sabe bater na porta não?

— Queria fazer uma surpresa para você, mas pelo visto não deu certo...

— Que surpresa é essa? — Pergunta Larissa curiosa.

— Deixa quieto. Desabo na cama cansado e fico olhando Larissa penteando seu longo cabelo loiro em frente ao espelho.

— Como foi a noite?

— Nada relevante, apenas alguns infectados que passaram aqui por perto.

— E aquela garota... Fly seu nome né? Ela fez a vigia também?

— Fez sim. A gente ficava trocando algumas vezes para não ficar tão monótono. Conversamos também.

— Sobre?

— Ela me contou sobre o passado dela. Não é uma história muito boa. Traumas, e sofrimento, posso resumir isso.

— Acho que isso explica o motivo dela não saber cozinhar. Assim né, como alguém não sabe cozinhar? Ela não sabia nem ligar o fogão.

— Pelo que ela me disse seu trabalho envolvia muito mais mexer com armas, e quase nenhuma tarefa doméstica.

— Mesmo assim algo me parece errado sobre ela.

— Como assim?

— Ela parece estar escondendo algo da gente. Essa é a sensação que tenho.

Agora que Larissa disse isso algo realmente não me parece certo sobre Fly, como por exemplo o motivo dela estar naquele lugar onde Sohui e eu estávamos. Sem contar aquele medo dela de passar pelo exército. Como se ela soubesse que daria aquela confusão toda.

— Está pensando em que amor? Ficou calado do nada. — Pergunta Larissa.

— Nada, quero apenas dormir.

— Vou descer para ver o que pessoal vai fazer hoje. — Diz enquanto pentea o cabelo.

Apenas faço um som com a boca concordando com sua fala. Quando ela termina de pentear o cabelo, coloca o pente em cima da estante e depois vem até a cama onde estou.

Sobre meu corpo ela diz que me ama, posso sentir todo seu corpo quente sobre mim, me apertando, preenchendo cada espaço, enquanto me beija.

— Boa noite amor.

— Bom dia meu amor.

Depois disso ela coloca uma roupa e sai do quarto. Finalmente vou poder desancar um pouco. Fecho os olhos e acabo dormindo.

Algumas horas depois de ter dormindo começo a escutar sons de alguém falando alto, pelo tom da voz devia ser a Sohui.

Olho para a estante onde ainda tinha o feixe de luz, sinalizando que ainda estava de manhã. Será que dormir muito? Dou uma leve esfregada nos olhos antes de se levantar.

A porta do quarto então é aberta, era Sohui.

Ela olha para mim assim que entra no quarto. Estava sem camisa, e pude perceber que ela olhava para meu abdômen, secando ele.

— O que você quer?

— Precisamos de você. — Diz Sohui um pouco ansiosa.

— O que houve?

— Santiago e Richard saíram e não voltaram mais...

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