Revelações

três dias havia se passado.

Após descobrirem que o pergaminho pego era verdadeiramente da antiga imperatriz, antes de romper o selo, o analista foi até a conselheira chefe do reino, entregando nas mãos dela.

— Realmente apesar de envelhecido, foi mantido em bom estado, o selo realmente é verdadeiro, tenho total fé que o pergaminho realmente foi escrito pela nossa falecida imperatriz. — Disse o homem entregando o pergaminho nas mãos dela, um velho gordo, careca, que parecia mais um monge velho.

A antiga rainha olhou para o pergaminho e sentou-se na sua cadeira.

— Faz muito tempo, já não me lembro tanto destas linguagem feita por nós, assim que eu olhar o que foi escrito aqui, talvez precisarei de ajuda. — Disse antiga rainha.

— Eu… ainda possuo boa memória minha senhora.

Ela olhou para ele um pouco, mais seria que o normal.

— Quanto tempo serve a este reino? — Perguntou ela.

— Antes mesmo dele ser fundado. — Ele a respondeu.

— fiquei pensativa nestes dias, com o que temos, além das suspeitas do passado, juntamente com o relato do nosso preso, se o que estiver aqui realmente for o que pensei, temos um grande problema para tratar.

— Prefiro evitar certos tipos de comentários minha senhora.

— Arrume um outro, não quero sua ajuda, você é da minha confiança é nunca a traiu, conviveu conosco e sabe bem o que pode ocorrer com vazamentos de informações.

— Entendo, tenho um indicado para este serviço.

— Pois traga-o, imediatamente, porém antes, lhe dê um bom tratamento.

— Sim, minha senhora!

— A única pergunta que faço, seria o motivo, havia tantas opções, o que levou ela a tomar esse rumo?

— A mensagem era para qualquer rainha antiga viva, segundo o cavaleiro negro, ela certamente sabia que tomariam a decisão certa independente do que seja. — Respondeu ele.

— Traga-o na décima hora noturna, tenho coisas para resolver antes, estarei esperando nesta sala, você sabe o que fazer.

O homem se curvou e logo saiu.

Era próximo ao meio dia, porém o banquete das rainhas, ainda não estava servido, pois, elas estavam na sala do trono.

Um lugar enorme, com pinturas de quadros gigantes, suas colunas eram três vezes mais finas que a maior parte de construções daqueles porte, isto era devido ao material mais resistente, as janelas daquela sala tinha em torno de oito metros de altura, e haviam mais de seis no local, mantendo bem iluminado mesmo na noite.

A rainha da cura, Bella, não parecia entediada, mesmo esperando a um bom tempo, seus cabelos longos é loiros, seus olhos azuis, e de rosto belo inocente, sorria olhando para um quadro.

— Você não cansa de manter esse sorriso ingênuo no rosto! — Entrou a rainha da guerra se aproximando do trono do lado direito após o da rainha da cura.

— Mika!… — Respondeu a rainha sorrindo ao ver Micaela.

Micaela sentou a lado de Bella com uma postura entediada e desleixada, se apoiando sua bochecha esquerda em sua mão.

— Bella! você não cansa de sorrir?!

— Rainha é sacerdotisa, apesar de eu não ser a principal, recebo mais pessoas no reino do que a imperatriz, manter um sorriso já se tornou natural para mim.

— Aposto que dorme sorrindo?

— Acho que isto se chama inveja, ao contrário só meu posto, você precisa se manter sempre com expressão de brava.

— Cada um com seus fardos, mas, saiba que não a invejo, sou feliz com o que tenho mesmo não expressando isso.

Bella a olhou de cima a baixo com um sorriso de canto.

— Feliz em ser você mesma?! — perguntou Bella.

— Claro! — Mikaela respondeu.

— Deve ser mesmo, pintou até mesmo seu cabelo de preto para não ser confundida comigo, é falando nisto… parece um pouco desleixada, está aparecendo nas raízes a cor que você tanto odeia.

— Não me provoque Bella!

— Veja o seu irmão da guarda real, ele não parece nenhum pouco incomodado com o cabelo dele.

Um guarda alto no meio da sala, vestido com uma armadura de ouro segurando uma grande espada, mantinha sua postura, Lúcio era o nome dele, irmão da rainha da guerra, o comandante da guarda da realeza, ele não usava elmo, era belo, e tinha cabelos longos é trançados, era um charme para a maior parte das mulheres daquele reino.

— Ele é um exibicionista, faria tudo para se aparecer. — Disse Micaela baixo para Bella.

Por ética, Lúcio não podia interagir ou reagir naquela sala, se mantendo como uma estátua ali.

— Afinal, por que tanta demora da imperatriz? — completou Micaela.

— Está tão desinformada assim? não sabe? por algum milagre o trono esquerdo vai ser aquecido pelo traseira da nossa rainha da construção. — respondeu Bella.

— Bella! Você com este tipo de fala até te desconheço por um instante, porém, é um milagre a rainha da construção aparecer aqui.

— Trabalhar durante o dia, parece não ser um forte dela. — Disse Bella.

As portas logo se abriu do fundo, de onde as rainhas entravam, vestindo de preto apareceu a rainha que elas estavam falando.

— Odeio estás portas, cansei de dizer sobre passar óleo para evitar os rangidos ao abrir e fechar. — Disse Mel, a rainha da construção entrando meio irritada, sentou-se no trono do lado esquerdo, e meio que foi se deitando ali, jogando suas pernas sobre o apoio lateral, não parecia ter nenhuma postura real.

As Duas rainhas ficaram olhando ela por um bom tempo, era como se elas nem existisse ali.

então Bella colocou a mão na boca e tentando chamar a atenção, meio que fez um barulho como se fosse limpar algum pigarro da garganta como tosse.

— Vocês estão aqui, ora, eu nem percebi. — Disse Mel olhando elas de cabeça para baixo devido a posição que se encontrava.

— O correto séria dizer pelo menos bom dia! — Disse Micaela a advertindo.

— Ah, bom dia é o caralho, pela primeira vez eu acordei com o primeiro cantar do galo, fiquei horas pra me vestirem. banharem e arrumar meu cabelo, eu ainda nem comi direito, uma maçã… uma maçã foi tudo que me deram, um absurdo isso! Sou uma realeza! — Reclamava Mel.

— Estou curiosa por pisar aqui nesta sala, já havia me acostumado com suas faltas, até já imaginava que fosse apenas nós. — Bella olhava para Mel tentando reconhecer a rainha que a muito tempo não via, e pelo visto não mudou nada.

— Me diga rainha mel, o que te fez vir aqui? — perguntou Micaela.

— Ora, por que mais, senão por ele, o teu salvador, o cavaleiro negro!

— Já nomeamos tantos heróis nesta sala, achei que não tivesse preferências. — resmungou Mikaela.

— Estamos falando de um cavaleiro negro! — Disse Mel.

— Depois da guerra de território a vinte anos atrás, pararam de ter tal formação é treinamento, destruíram tudo existente, poucos formaram, ver um original, e como ver a santa retornar a vida. — respondeu Bella.

— Até você Bella, está curiosa com isso, ficou até corada só de falar. — Micaela disse a querendo irritar.

— Eu… eu, não estou corada com isso! — respondeu Bella.

— Ah, está sim. vermelhinha como um tomatinho! — Quando Mel disse isso, o rosto de Bella ficou mais vermelho, e fez um rosto de espanto.

— Aposto que ficou excitada, gosta de homens forte Bella?! — Micaela tentava provocar ela.

No entanto a expressão de Bella mudou se tornando séria, e encarou Mika, que ao ver deu um leve sorriso.

— Se fosse bem assim, eu gostaria do inútil de seu irmão! — Respondeu Bella referindo-se a Lúcio da guarda real presente.

— Olha, ele está bem aqui, uma pena que ele é ético, porém em sua defesa, a sorte é dele, pois quando você fica brava, parece uma velha de trezentos anos. — Provocava Mikaela.

— Concordo com o que Bella disse, realmente, um inútil! — A rainha da construção sentou-se direito e começou a encara-lo seriamente.

As duas perdeu o foco da briga e olhou para Mel.

— A que se refere, ele e um comandante da guarda real, mais, importante que minha própria general. — Retrucou Micaela.

— Me refiro que a guarda das muralhas, além do slot canyon ser da responsabilidade dele, ou seja, a sua própria quase morte naquele incidente por falta de vigilância e exploração foi culpa do seu próprio irmão, então não fique aí o louvando. — Falou Mel.

— Foi um erro não previsto! — Rebateu Micaela na discussão.

— Não existe erros quando uma rainha está no meio, eu diria mais, que foi uma tentativa de assassinato! — Um silêncio pesou no local, porém Mel continuou. — A três anos atrás, vocês retiraram minha parte naquele Canyon, disseram que não era mais nescessário e passaram tudo nas mãos deles, e tudo isto veio a pedido dele mesmo, então…

— acho que não é um bom momento para procurar culpados. — Se intrometeu Bella na conversa.

O clima na sala do trono ficou tenso, por alguns segundos teve um grande silêncio.

então um homem vestido de verde com uma trombeta tocou na sala perto da entrada principal.

— A vossa imperatriz, a rainha da sabedoria, rainha das rainhas, e mãe deste reino, fará sua entrada, todos a saúdem.

naquele exato momento as três rainhas se levantaram, todos os guardas reais e outros que estavam ali como auxiliares se curvaram, a porta se abriu, e um mulher de vestido vermelho, cabelos ruivos, alta, com uma pele branca, começou a entrar pelo tapete vermelho da sala em direção ao seu trono.

O barulho do seu salto causava suspense ao andar naquele tapete mesmo sendo não fino.

Ela mantinha um olhar sério, seu queixo erguido, com uma postura ereta, seguia em frente sem olhar para lado algum.

Ao chegar perto da escadaria que dava ao seu trono, maior que as das outras, antes de subir parou.

— Rainha da Cura! — Ao ouvir isto da Imperatriz, Bella se curvou a cumprimentando como uma dama, puxando seu vestido pelos lados.

— Rainha da construção! — Mel fez o mesmo a cumprimentando.

— E… rainha da Guerra! — Micaela também fez o mesmo que as outras.

Todas permaneceram em pé até a imperatriz sentar em seu trono.

— Pois bem, sentem-se! — Disse Vitória, e todas sentaram em seus lugares, após isto, todos que estavam curvados com um joelho no chão se levantaram.

— A quanto tempo Mel! — Disse Vitória para a rainha.

— Me desculpe minha rainha, sabes bem que procuro evitar assuntos não relevantes.

— Sua mãe também era assim, porém somos quatro, grande parte de progressos começam aqui nesta sala. — advertiu a imperatriz que continuou — de qualquer modo, fico feliz por todas estarem aqui, temos assuntos bem relevantes para tratar após isto num local mais reservado.

A voz dela era suave e lenta ao falar, tinha um tom de cansaço, mais era o hábito dela de falar mais pausadamente e baixo.

As outras apenas a olhavam, é não diziam nada, pareciam pensar bem antes de falar, era como se não houvesse tanta intimidade com ela.

— Pois, bem, acredito que estamos bem ansiosas para isto. — Ela bateu palma duas vezes — Entrem com ele.

A porta abriu é o cavaleiro negro cercado por saldados de lanças entraram, ele estava algemado, até mesmo seus pés o dificultando no andar, na frente dele vinha a conselheira, antiga rainha da cura.

O barulho das correntes incomodavam Mel, que demostrava nervosismo mexendo o pé, algo que somente Vitória percebeu.

Ao pararem, a conselheira se curvou, os soldados que o vigiava não fizeram isto.

— Vejo que não trouxe um homem de armadura, é sim um monstro, em toda minha vida nem mesmo um urso capturado veio com tantas presilhas diante de mim. — Comentou Vitória.

— Desculpe minha rainha, isto foi por precaução! — Respondeu a conselheira.

— A senhora interrogou ele por três dias, pelo visto não possuí confiança nele! — Questionou Vitória.

— Acredito que seja confiável pelas informações, porém não temos atos suficientes para provar ser digno da rainha.

— É este já não foi digno com Micaela, ele não a salvou? ou ela também não possuí a mesma dignidade minha? — Quando a rainha Vitória falou isto ela e os outros ficaram assustados.

— Você é a rainha principal, toda cautela é pouco!

— Tire as algemas dele! — ordenou Vitória.

Imediatamente ele já se moveram olhando para o cavaleiro negro como se suas cabeças dependesse disto para permanecer no corpo, no entanto o cavaleiro os repreendeu.

— Não Será nescessário! — Disse o cavaleiro quebrando aquelas fortes correntes como se não fosse nada, e cancelando a anti-magia que o prendia, em todo aquele momento, o cavaleiro podia se libertar.

Todos se espantaram, ninguém era capaz daquilo em lugar nenhum.

O cavaleiro se ajoelhou e disse.

— Em todo esses dias, eu poderia escapar da prisão ou destas correntes, porém assim como meu mestre, eu vim apenas para jurar lealdade a este reino e a vossas rainhas, este era o desejo dele, assim como o meu também é. — Disse o cavaleiro ao se ajoelhar.

No exato momento a porta abriu novamente, e entrou uma mulher usando uma calça de couro marrom, e uma camisa longa branca de lã, ela parecia ter um aspecto lindo, ruiva, alta semelhante a rainha, porém de vestes de baixo valor.

ao entrar a conselheira ficou assustada, e todos parados, a imperatriz se levantou do trono rapidamente.

Quando o cavaleiro viu ela passar logo a reconheceu.

— Você e a garota que me serviu água e pão durante esses três dias na prisão. — Disse Ele.

Ela passou com passos largos é apressados, o olhou e deu um sorriso, a maioria não reconhecia ela, porém Lúcio já sabia.

a deixando passar para o trono, que se sentou no lugar da sua sósia.

— Sim, sou ela mesmo, — Respondeu a verdadeira rainha ao cavaleiro negro — apesar de estar com o cabelo preto nesses dias, ninguém me reconheceu, se vocês estavam preocupados com minha segurança e com medo deste homem, devido a sua enorme habilidade, saibam que falharam!

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