E sangue que você querem? então… tomem!

Mel parecia bem entediada, ao mesmo tempo mostrava sinais de impaciência, como sempre apoiando sua mão no rosto, de pernas cruzadas, balançava seus pé para frente e para trás como se tivesse chutando o vento, um tipo de ato fora de padrão para a realeza nobre, já que evitavam o máximo qualquer tipo de sentimentos ainda mais incômodos, ou irritações.

— Eu quero comer! Essas frutinhas não me enchem! — Reclamava Mel, que já havia comido três cachos de uva, uma dúzia de banana, três maças é algumas pêras ( sim, eles perderam a contagem).

A imperatriz que acenava sorrindo levemente ao público logo olhou para ela com um olhar sério.

— Comportar-se Mel, você não está no subúrbio! — Advertiu Vitória.

Ela olhou a expressão da imperatriz, porém não demostrou nada, simplesmente se ajeitou com uma postura de autoridade em seu acento, passando a observar a luta que ocorria um pouco abaixo delas.

Um cavaleiro da guarda real lutava contra outro soldado lá em baixo, e a briga parecia bem acirrada.

— O que ofereceu? — Perguntou Bella.

— Se algum desafiante, derrotar qualquer da guarda real, terá o posto dele, receberá 100 pesos de ouro, é a minha benção. — Disse Vitória.

— Não é vergonhoso meus soldados apanharem da guarda real, deveria ser qualquer outro tipo de desafiantes! — Disse Micaela.

— Seus soldados tem treinamentos diferentes, cada um é essencial no seu lugar, eu não ia colocar pessoas que não durassem um minuto dentro do coliseu, até que seus soldados estão durando bem, uma média de cinco minutos. — Respondeu Vitória.

— Muito mais do que duram na cama!

— Mel!!! — Bella ficou surpresa pelo comentário.

— O que foi, virgem inocente, falar de sexo é um tabu para você! — Retrucou Mel.

— Concordo com o comentário, porém desnecessário. — Falou a imperatriz um sorriso no rosto.

— Preciso criar uma elite especial com este mesmo treinamento. — Comentou Micaela não prestando atenção no que estava ocorrendo a sua volta.

As outras olharam para ela sorrindo, Bella estava vermelha.

— Micaela sua safadinha, não consigo imaginar como treinaria seus soldados é soldadas, para durarem mais tempo na cama! — Comentou Mel.

— Acho que séria um tipo de treino desnecessário para um campo de batalha, Porém suas mulheres agradeceriam muito. — Disse a imperatriz.

Micaela ao perceber ficou constrangida.

— Eu… Eu, eu, não estava falando desse tipo de coisa, só queria dizer que um treino, pra, pra… — Ela ficou com a mente em branco por alguns instantes, pois, sua mente se desviou ao pervertido, porém logo retornou falando mais alto é rápido. — Eu só estava dizendo que uma elite com o mesmo treinamento que a guarda real séria uma boa opção.

Elas ficaram rindo um pouco do que acabou de ocorrer.

— Concordo, uma pequena equipe focada em luta corpo a corpo, ao invés dos treinos convencionais em campo séria bom, desde que tivessem um propósito claro. — Disse Vitória, sorrindo.

Logo o cavaleiro da guarda real venceu a batalha deixando o soldado desmaiado no chão.

— E com isso, são dez a zero para a guarda real! — Comentou Mel.

A imperatriz se levantou e o público ficou bem eufórico, Ela acenava a mão ao público enquanto sorria, então um homem que ficava como animador de público dando dicas de como se portar, gesticulou para reduzirem os ânimos ficando em silêncio dando voz a imperatriz.

— Obrigada a todos por estarem presentes neste pequeno evento, como viram, nossa guarda real levaram uma vantagem hoje, porém, isso não significa que esses soldados que vieram tentar a sorte por uma promoção, sejam menos competentes, queríamos uma luta de experiência e que trouxesse emoção, e ambos conseguiram nós entregar, afirmo com convicção que se a guarda real estivesse em um ambiente de atuação desses soldados não levariam tanta vantagem assim, por favor, aplaudam mais uma vez nossos lutadores, pois, eles merecem suas devidas honras.

E o público voltou a aplaudir e ficar eufóricos por um pequeno instante, logo se calaram e a imperatriz voltou a falar.

— Tenho certeza que muitos sabem, no passado, minha mãe salvou um cavaleiro negro, é ele como gratidão firmou um contrato com este reino, ofereceu lealdade e nós serviu por mais de uma década trazendo proteção, apesar de seu falecimento, aquele cavaleiro negro treinou um discípulo e o mesmo seguiu seu mestre se mantendo um contrato de lealdade a este reino — Ela pausou é observou o seu público — Vejo que há muitos jovens, poucos viram a potência de um cavaleiro negro, então, neste exato momento, eu ofereço uma luta entre o cavaleiro negro que nós guarda, contra cinquenta da guarda real, você acabaram de ver o quão é difícil derrubar um guarda real, agora imagine uma luta de cinquenta deles contra um, espero que possam ver e sentir novamente um verdadeiro show de poder! — Finalizou a imperatriz deixando todos em alvoroço, a maioria ficou de pé.

O portão se abriu, as outras rainhas se levantaram para ver o cavaleiro negro entrar.

— Quando essa luta acabar precisamos dar um nome pessoal a ele! — Comentou Bella.

— Certamente, porém ainda não achei nada apropriado. — Respondeu Vitória.

— Eu já tenho um para o batizar! — retornou Bella.

— Então depois compartilhe com a gente!

O cavaleiro negro saiu pela porta de combate do Coliseu, aquela montanha, 1,92 metros de altura, seus passos faziam um bom barulho, mais isto era proposital, ele ficou no centro do coliseu, carregava uma espada longa. Ele a cravou no chão, ele olhou para suas rainhas, e elas acenaram, ele apenas ergueu uma de suas mãos como saudação.

Outra porta foi se abrindo, porém nela não vinha alguém da guarda real, é sim um minotauro de quatro metros e vinte sete centímetros, com um machado, é de boa proteção.

— Não séria a guarda real?! — Questionou Micaela curiosa pelo inesperado.

— Não se pode deixar entrar com tudo rapidamente — Vitória deu uma piscada para Micaela, dando um sorriso de canto — A maioria gosta de ver o sangue na espada, não sou eu quem organizei o evento, mais quem fez conhece bem o público deste coliseu. — Explicou Vitória.

Atrás do minotauro veio mais Cinco hobglobin, escravos criados do reino do demônio apenas para diversão naquele coliseu.

— Achei que eu teria um desafio, porém zombam de mim! — Falou o cavaleiro negro irritado apenas audível para ele mesmo.

Começou a caminhar em direção do minotauro gigante sem levar sua espada.

— Ele vai lutar sem empunhar sua espada!? Comentava alguem na platéia.

O Hobglobin estavam com bestas, e começaram a atiram as flechas mirando em pontos vitais, porém as três primeiras o cavaleiro desviou com facilidade, e as duas últimas ele segurou com uma mão, o minotauro tentou acertar o machado no cavaleiro de cima para baixo, porém um golpe que era certo no meio, simplesmente não foi acertado, o cavaleiro se movia extremamente rápido.

Na visão do cavaleiro negro, tudo estava em câmera lenta.

— Eu estou entediado, espero que essa tal guarda real seja mais organizada que isto! — Comentou novamente para si mesmo.

Os olhos de fúria atrás do elmo cruzou com o olhar intimidador do minotauro, Aquele ser gigante e forte poderia facilmente destruir todo o Coliseu, geralmente ele usava algemas de supressão de magia para exibição, nenhum gladiador havia matado aquela coisa, ele era usado sempre como evento final, havia várias cicatrizes, porém nenhuma que o levasse ele próximo da morte.

O minotauro conseguiu ver o olhar do cavaleiro negro, e sentiu que dali não havia medo fluindo daquele pequeno homem.

O cabeleiro negro fechou seu punho moendo as flechas que havia pegado.

— É sangue que vocês querem? — Gritou o cavaleiro — Então… Tomem!

O cavaleiro imediatamente saiu de onde estava com um vulto, parou de baixo do queixo da criatura, com seu punho cerrado ele furiosamente socou com toda a força que possuía liberando toda a sua raiva.

A cabeça do minotauro ficou deformada do queixo para cima, a força foi tão alta que sua cabeça desprendeu de seu pescoço, e vôo alguns metros acima do coliseu, o ar se esquentou e muitos sentiram dificuldade para respirar, seus pulmões queimavam, o coliseu vibrou, fazendo alguns perderem o equilíbrio.

A cabeça do minotauro não aguentou a pressão do soco e no alto já acima de todos explodiu, fazendo jorrar sangue por todo o coliseu como uma chuva quente vermelha, muitos começaram a gritar de desespero.

As rainhas não esperavam aquilo e também foram sujas com o sangue.

Vitória ficou paralisada sem reação juntamente com Micaela, ambas tinham uma mentalidade parecida de reação e ação, Bella demostrava nojo e irritação tentando se limpar, cuspia no chão, sangue havia espiado em sua boca.

Porém o pior de tudo era Mel, que ao ver o que ocorria, o desespero das pessoas. Começou a cair em gargalhadas, ria tanto com tudo aquilo, que faltava morrer sem respirar, e isto colocou as outras em um estado de medo dela, era a única que ria no Coliseu.

A pressão do vento dentro do Coliseu na arena, matou dois hobglobin, O cavaleiro correu em direção a um que estava se levantando e com um chute o lançou na parede se esmagando com a pressão, dos dois que restaram ele matou com apenas um soco, ele retornou ao centro da arena perto de sua espada.

— Este e o melhor desafio que podem me oferecer? — Perguntou o cavaleiro.

Um homem próximo as rainhas, um tipo de conselheiro ou porta-voz se levantou furioso e gritou com o cavaleiro.

— Miserável, como ousa zombar das suas majestades, jogando sangue nelas e ainda ridicularizando o que foi preparado a você!!!

Vitória falou em um tom bem bravo chamando a atenção daquele homem.

— Estevão, eu pedi para você falar alguma coisa por mim?!

O homem ao ser questionado pela rainha tremeu.

— Mas… — Ele tentou se justificar.

— Mais uma palavra sua, é eu arrancarei sua cabeça pessoalmente! — A imperatriz com um olhar furioso o advertiu.

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