Um Segredo da antiga rainha

— Ele vira conosco! —Disse a rainha Micaela.

— Nao podemos deixar ele chegar perto da imperatriz, voce visualizou a capacidade de poder dele a instantes atrás.— alertou a sua general falando baixo, demonstrava receio.

— Sei que precisa entregar, um item valioso, porem ainda nao temos confiança em ti, se quiser ir, precisa entregar as suas espadas, e por precaução usar algemas que selam a sua magia.

O cavaleiro imóvel permaneceu silenciosamente por alguns segundos apos a fala de Micaela, logo soltou sua espada e começou a retirar todas que possuia em oculto.

— Concordo com seus termos. — Respondeu o cavaleiro.

No total havia diversas laminas escondida na armadura do cavaleiro negro, espadas curtas, curvadas, de vários moldes, num total de treze armas brancas.

Apos retirar todas as suas armas, as soldadas de Micaela se aproximaram do cavaleiro negro com preocupação, tinham grande receio das habilidades dele, o que ele fez, nao havia registros de alguem com a mesma capacidade.

O cavaleiro estendeu suas maos e recebeu sem exitar as algemas , apos ser vistoriado para terem certeza que ainda nao podia ter algo escondido como arma, partiram para a cidade.

Não Demorou para que aparecessem mais soldadas para a guarda de Micaela que a cercou tampando a visao da rainha de qualquer fora da protecao circular que fizeram.

Seguiram o trajeto pela entrada principal do slot canyon, adentrando no labirinto, e cada vez mais, enquanto andavam, apareciam varios guardas que tambem observavam a movimentacao por cima, naquele momento a maior parte da guarda real ja sabiam do ocorrido.

— Diga-me, voce disse que seu mentor lhe entregou a carta, quem era seu mentor? — Perguntou Micaela ao cavaleiro.

— Teu reino havia um cavaleiro, que fez um contrato com a antiga imperatriz durante a guerra de terreno, durante trinta anos ele serviu este reino, entao me preparou para que eu continuasse seu legado. — respondeu ele.

— Sim, porem este cavaleiro que voce disse desapareceu numa missao, nao havia relatos que possuia um aprendiz, e muito menos pela doutrina de voces, um cavaleiro negro tem pupilos.

— Sim, isto e verdade, porem nem eu sei de tudo, e o que preciso e apenas entregar esta carta a qualquer rainha antiga que vive, o meu destino fica nas maos deste reino apos isto.

— achei que fosse para a imperatriz? — questionou Micaela.

—Nao sei o que possui na carta, ela ja estava velha quando recebi ao completar meus dez anos e ir na minha primeira missao.

— Entao e verdade? Voces realmente vao ate aquele local na primeira missao?

— A senhorita se refere ao reino da morte?

— Sim! Sim! — A rainha parecia empolgada em saber sobre aquela informacao.

— Sim — respondeu ele de forma monótona — descemos ate o septuagésimo segundo andar, e precisamos trazer a cabeca de um dos sete guardioes do tesouro.

— ninguem nunca chegou ao septuagesimo segundo andar, o registro maximo e de alcancar ao nono andar, a orda de mortos vivos sao tao grande que mesmo um poder de area gigante e uma boa equipe nao consegue passar.

— Quer saber um segredo rainha? — perguntou a deixando mais curiosa sobre o assunto.

— claro — respondeu ela.

— nao descemos andar por andar, a dungeon e um labirinto movel, que se mexe lentamente, a cada decada a uma pequena passagem que se forma, no quarto andar, ela faz voce descer ao decimo terceiro andar, lá precisa matar o guardiao chefe do andar, apos isto abre tres portas, numa delas voce desce direto ao septuagesimo segundo andar, o último andar.

— Isto e um roubo! — exclamou ela, por saber o hack que os cavaleiros negros sabiam.

— Nao e apenas isto, voce tem um dia para derrotar o guardiao,pois, nao leva comida nem bebida, apos isto precisa subir rapidamente ao decimo terceiro andar, tempo suficiente do tunel fechar, e ter que retornar normalmente pelas escadarias.

— Mesmo assim, e incrivel,tem que lutar contra todas as ordas e chefes de andar, ja e um fato impressionante ja que o nono andar e quase impossivel de passar.

— na realidade apos isto nao tem mais luta, todos os mortos somem devido a densa energia da cabeca do chefe do ultimo andar, a cabeça dele é a garantia para afastar qualquer monstro da Dungeon.

— Facil assim? — a rainha pareceu nao gostar de saber— desta forma qualquer um pode virar um cavaleiro negro! Disse ela revoltada.

— Minha rainha, precisa lembrar que a turma era de mil, apenas de um a tres conseguem voltar. — relembrou sua general sobre os treinos que antes eram feitos. ( mil órfãos, para um ter sucesso)

— O seu mestre, ele havia pegado outros órfãos? Ele formou mil para o treino. — perguntou a Rainha.

— Lamento informar isto, mas nao! Era apenas eu desde o comeco.

— Voce realmente e um órfão? — questionou a Micaela.

— minha mae faleceu assim que eu nasci, e ela pediu como ultimo desejo que eu me tornasse um homem bem treinado, Sim, eu sou órfão.

— Como sabem dos segredos da Dungeon do reino da morte, ja e um desafio chegar na dungeon, e saber os seus segredos precisaria de muita exploração no local, algo que acho dificil ter ocorrido.

— esta tudo no antigo livro, formado por esta ordem, que foi destruido pelo reino central deste continente. — respondeu ele tranquilamente.

— Qual livro?

— No livro do primeiro rei demonio.

— Voce diz Halibú? O primeiro Rei demonio?

— desculpe-me interromper, porem, senhor cavaleiro, a nossa rainha e uma mulher de muitas perguntas, se puder entregar informações mais detalhadas, e o minimo que espero. — disse a general de Micaela a rainha.

— Sim, de primeiro rei demonio, o unico que entrou e explorou toda a dungeon em busca do overlord onde recebeu tal poder apos o contrato, 712 vezes foi a quantia de vezes que ele entrou e saiu da dungeon. — respondeu o cavaleiro tentando ser mais detalhista.

— general, por mais que o outro lado seja um inimigo declarado a milenios, sempre achei incrivel o poder do barao da furia, o primeiro rei demonio, sua capacidade de cura e de poder viver mesmo perdendo orgaos vitais... Agora sabendo disto, fico mais facinada sobre tal.

A rainha ia fazendo tantas perguntas pelo caminho, que nem percebeu ja estar dentro da capital, era a primeira vez que o cavaleiro negro entrava dentro daquele reino, e praticamente ao contrario dos outros reinos existentes, o reino das quatro rainhas era bastante limpo e organizado, mesmo nas areas menos nobres, havia varias rosas decorando as calcadas, o reino era cheio de mulheres cerca de 80 por cento, era a populacao do sexo feminino.

havia varias praças de lazer com lagos no centro, algo que só se via nos jardins imperiais dos outros reinos, parecia que a populacao mais pobre do reino tinha um acesso bem próximo a burguesia, que quase nao se dava para notar a diferença de classes.

Os homens tinha um aspecto mais afeminado, bastantes elegantes, com barbas e cabelos bem cuidados, suas armaduras e roupas eram bem detalhadas com rosas em desenhos, enquanto usavam cores mais neutras, as mulheres se destacavam com cores bem vivas tecidos de cortes extravagantes, com bastantes detalhes, algumas valorizam muito seus seios.

Por um instante o cavaleiro negro se perdeu no olhar para tudo aquilo, nao parecia que aquele local era a terceira muralha apos o grand canyon, ou seja, era a regiao mais pobre que viviam da agricultura.

— Senhor cavaleiro, nao se perca no olhar por aquelas mulheres, elas possuem uma profissão aqui registrada, que nos outros reinos sao considerados de baixo valor. — a general referia-se as mulheres que usavam um leque na mao e tinham decotes mais chamativos reunidas num ponto comercial.

— Muitos homens saem de reinos distantes para ter uma experiencia por estas profissionais. — completou a rainha.

— Nao deixem elas te seduzirem, uma noite na cama com elas podem pode valer sua vida inteira trabalhada.

— nao tenho este tipo de desejo rainha, voce ja deve saber que todo cavaleiro negro e de uma certa forma castrado.

Por alguns instantes ficaram em silencio, apenas o galopar dos cavalos ouvia-se.

De repente um estandarte de longe aponto, uma bandeira azul que continha o simbolo da segunda rainha, a rainha da cura.

Diferente da guarda da rainha da guerra que tinha armadura negra com um manto dourado, a guarda desta rainha da cura, possuía armadura cromada com manto azul, ela lindo de se ver.

Porem ao vir se aproximando, o sorriso de micaela foi sumindo, era a antiga rainha da cura, mae da atual rainha, ela havia deixado seu posto devido ser a unica da primeira geração a estar viva, no lugar pegou a presidencia do conselho dos reis.

— e lá vem a velha chata! — disse Micaela debochando da antiga rainha.

Sua general sinalizou com sua mao direita para todos da guarda de micaela pararem.

— Todos! Todos saúdem a vossa antiga alteza rainha da cura. — brandou a general de Micaela ao ver quem vinha a encontro delas.

— Achei que fosse Bella vindo verificar os feridos! — disse Micaela estando seria.

— Os seus modos são questionáveis, isto e forma de recepcionar alguem como eu em meio a publico. — a antiga rainha questionou.

— desculpe-me tive um dia dificil.

— fui informada, foi um grande vacilo, rainha da guerra! (dito em um tom de deboche).

— Vovó, a algumas que foram feridas , e também tivemos baixas, por sorte ter vindo ate aqui ao nosso encontro.

— não vim por seus soldados, eu vim por ele.

— ela apontou para o cavaleiro negro e começou a cavalgar em direção a ele.

— Não e seguro chegar perto dele! Alertou a general de Micaela.

— se nao veio cumprir com o papel de rainha da cura, onde esta Bella? — perguntou Micaela.

— Bella, esta aonde deveria estar, no santuario, ja voce nao deveria tanto se preocupar com suas soldadas que foram estupradas, voce cometeu um vacilo gigante, e apenas uma questão de tempo ate os próximos reinos saberem do ocorrido, e começaram a pregar e cantar tal fraqueza encontrada neste reino.

— garanto que nenhum deles sobreviveu para contar tais coisas.

— a muitos inimigos dentro destas muralhas, os vermes destroem de dentro para fora, nao de fora para dentro.

— Eu tenho meus pequenos pássaros no meio deste campo antiga rainha, sei bem quem sao meus inimigos infiltrados.

— a imperatriz esta decepcionada sobre a questao, nem mesmo no meio da guerra passada fomos tao exposta ao perigo.

— minhas falhas , minhas responsabilidades, eu irei resolver esta questao em pouco tempo, se esta aqui pelo cavaleiro negro, deveria ter vindo com a guarda real e não da sua filha, ja que nao será util aqui por que motivo toma meu tempo?

— E bom não é, sentir o gosto de superioridade? na minha epoca, cabeças rolavam pela falta de tratamento comigo, sua rainha fundadora! não se preocupe, eu nao estou aqui para acudir suas incompetentes soldadas, muito menos você, no entanto, Bella, a rainha da cura, direcionou a sua guarda que me acompanha para tratar da sua guarda inútil ferida.

— o que quer com o cavaleiro conselheira?

A antiga rainha nem olhou para Micaela e foi logo se aproximando do cavaleiro negro.

— Qual era o nome do seu antigo mestre?

O cavaleiro negro imediatamente respondeu.

— nós nao temos nome rainha!

— matem este impostor! O nosso cavaleiro negro possuía um nome dado pelo reino.— ao dar estas palavras imediatamente a guarda que a acompanhava ergueu as suas lanças apontando para o cavaleiro e o seu cavalo de modo a mata-lo, bastava mais um comando para executar a ação.

— Ene, era o nome dado a ele apenas pelas quatro rainhas antigas, porem antiga imperatriz o chamava de Feir! Respondeu ele imediatamente.

— Nao tenho certeza, voce pode ter recebido informações de um espiao, matado o cavaleiro e apoiando de suas armas, deixarei preso ate ter certeza de sua origem.

A general de Micaela aproximou trazendo as armas dele.

— reconhece estas armas como a do antigo usuário? — perguntou a general.

A conselheira olhou bem, porem nao reconheceu nenhum item.

— Aonde nasceu? — perguntou ela.

— Na floresta dos elfos, proximo a floresta das fadas. — respondeu ele imediatamente.

— ele e um elfo minha senhora? — perguntou a general.

— Nao, eu nao sou um elfo, porem nasci naquele local. — respondeu ele rapidamente.

— leve-o para masmorra, para interrogarmos melhor. — disse a antiga rainha, a conselheira.

— Ele tinha algo que queira entregar a voce, na verdade, a qualquer antiga rainha viva, eu nao ia entregar, porem , o selo e da antiga imperatriz, só voce sabe se ele e verdadeiro, e pode reconhecer se o conteudo e legitimo. — disse Micaela conselheira.

Quando a antiga rainha pegou no pergaminho e viu o selo, seus olhos dilatram, e ela ficou um pouco pasma, pegou um pouco de agua e jogou no selo, um codigo numero de sete digitos apareceu tres em cima e quatro em baixo, ao ver isto ja sabia sobre o assunto do qual se tratava a carta.

— Peço que levem esta carta aos velhos decodificadores e analisem se e legitimo. — disse a conselheira entregando a um guarda de sua confiança, ela olhou para micaela e continuou dizendo. — Eu nunca te pedi nada Micaele, no entanto enquanto esta carta estiver em análise nao deixe que a imperatriz saiba, eu a informarei assim que possivel, nao quero que seus sentimentos pela mae possa atrapalhar o processo.

— acha mesmo que Vitória e tão infantil e ingenua assim, no modo que fala, parece inferiorizar a atual imperatriz. — questionou Micaela.

— Peço que possa compreender, se fosse uma carta de sua mae, agiria paciente?

Micaela pensou um pouco.

— quinze dias no maximo, porém deixo toda esta responsabilidade contigo, afinal, não quero atrair uma furia da imperatriz para mim.

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