Atenas

No final do expediente, Themis saiu para garagem deparando com Ângelo numa moto preta. Ele deu-lhe um capacete e subindo na moto saiu em disparada, deixando Aquiles preocupado com o estranho que a levava embora. Já que o capacete ocultava as suas feições, agarrada a ele sentia a parede de músculos com as mãos. Ângelo mantinha a concentração na estrada, indo para o local o armazém industrial no cais que havia guardado a lancha.

Assim que estavam a sós no armazém industrial de aspeto abandonado, ela fitou-o desconfiada.

_ Diga o que lhe perturba.

Falou ele indo até ela abraçando a enfiar a cabeça no seu ombro beijando o seu pescoço.

_ Onde arrumou dinheiro para lancha, carro e moto?

Ângelo riu contra o ombro o pescoço dela:

_ Investi o dinheiro que me deixou em diferentes frentes de negócios e com os lucros obtenho o que preciso.

Aquelas palavras ligaram a luz de alerta na mente dela.

_ Não importa quem fui antes de conhecer-lhe. O que me importa é você!

Exclamou ele tomando os lábios num beijo feroz.

_ Tenho medo de descobrir a verdade!

Exclamou ela contra a boca dele.

_ Fará diferença um passado mau?

_ Não sei o que lhe dizer.

_ Olhe amor. Eu amo-lhe e isso não vai mudar independente do passado que tenha vivido. O que me importa e o futuro que quero ter com você.

Disse ele segurando o rosto dela entre as mãos fitando os olhos castanhos.

As palavras dele tocaram o coração dela que nunca havia pensado num futuro além da vingança que almejava.

_ Só terá paz a hora que destruir Dimitri não é?

_ Sim.

Aquelas palavras feriram o coração dele que almejava construir uma vida com ela.

_ O manto da noite já cobriu o oceano, podemos deixar o nosso abrigo e ir para casa.

_ a nossa casa?

_ Sim, nossa casa. Onde estiver estarei.

Disse ele estendendo a mão para ela a guiando para lancha negra partindo mar adentro.

Assim que chegaram ao barco, ele correu par cozinha para preparar o peixe que marinava em meio aos temperos. Themis foi para o banho voltando meia hora depois, enrolada na toalha, encontrou uma mesa pronta com o peixe assado, pães e um misto de azeite, azeitonas pretas e tomates. Ângelo servia uma Taça de vinho para ela que degustou do mesmo com prazer. Desfrutaram da refeição com prazer.

Themis mordiscava um pedaço de pão com azeitonas sobre o olhar atento de Ângelo.

_ Porque me olha assim?

Perguntou ela.

_ Gosto de vê-la relaxada feliz.

Ela sorriu sorvendo o vinho com prazer.

_ Gosto da sua comida e da sua companhia.

Disse ela indo até ele sentando no seu colo

Ângelo colocou a taça sobre a mesa, retirando o roupão do corpo dela nua.

Os seus olhos percorreram a pele delicada e as suas mãos exploraram os seios empinados com prazer enquanto a sua boca explorava a dela.

_ Mulher.

_ O que foi?

Respondeu ela contra a boca dele.

_ Diga logo querendo, sem me tentar seduzir.

Disse ele beijando o pescoço dela explorando o quadril delicado com as mãos.

_ Recebi uma intimação para estar em Atenas na sede do governo amanhã às 15 horas.

_ Sabe o que querem?

Disse ele mordiscando o pescoço delicado.

_ A minha cabeça.

Disse ela segurando os ombros largos dela.

_ Quem tentar tocar num fio de cabelo seu acabará morto a seus pés.

Disse ele de maneira feroz beijando a boca dela, demonstrando a profundidade dos seus sentimentos.

Ao romper do beijo ele fitou-a e perguntou:

_ Quem irá encontrar?

_ Ícaro, o primeiro-ministro de relações exteriores.

_ Que seja o bastardo não sabe o que a espera.

Disse Ângelo enterrando o dedo dentro dela que arqueou as costas. Cansado, tirou o membro para fora e a camisa preta por cima da cabeça, sentando a mulher amada sobre o membro duro, degustando o corpo dela com tranquilidade. Desfrutaram por horas do corpo um do outro. Até que, ela demonstrou sinais d3 cansaço. A tomou no colo a depositando na cama acariciando o seu rosto até ela dormir.

Assim que constatou que ela estava adormecida, foi para o computador acessando uma zona confidencial, tendo acesso a informações confidenciais sobre o homem, montando um complexo arquivo contra a figura.

Traçou a rota até Atenas, deixando ao navegador automático ao trabalho. Cálculo as horas até chegarem a costa da cidade.

Deitou ao lado da mulher amada a trazendo para si, aconchegando o corpo feminino contra o seu. Adorava aquela mulher e quem tentasse prejudicar pagaria com a própria vida. Não sabia quem era mais, a cada dia sentia que a sua natureza era violenta e que a sua mente estava voltada para o mal. Somente ela trazia-o para a luz.

_ Luz!

Exclamou ele beijando o topo da cabeça da mulher amada. Ela é a luz da sua vida.

Assim que acordou sentiu o cheiro do café invadir o ambiente e lá estava ele preparando o café da manhã. O peito másculo estava nu e perdida ficou ao observar a tatuagem no peito dele. Ângelo olhou-lhe ali nua o fitando. O seu coração encheu-se de ternura por ela que o fitava com olhar doce. Terminou de preparar a bandeja com o café indo até ela deixando a mesma a frente dela beijando a testa delicada.

_ Bom dia! Amor.

Rindo, ela pegou o cisne com o “origami” rindo.

Adorava observar o riso dela.

Temos que ir para Atenas, disse ela preocupada.

_ Já estamos.

Disse ele servindo o café do pequeno bule para ela.

_ Temos a manhã toda para explorar a cidade velha e não pode negar essa oportunidade a um homem sem memória.

Disse ele sorvendo um gole de café.

_ tudo bem. Farei o turismo até 12:00 dia.

Ângelo olhou-lhe que terminava de comer o bolinho com geleia com olhar predador.

_ Preciso tomar um banho, disse ela desejosa.

Ângelo levantou da cama a pegando no colo a levando para o banheiro.

_ Lhe darei dez minutos para  a higiene. Depois estarei dentro de você no banho.

Disse ele deixando a mulher sozinha.

Desceram às nove horas da manhã seguindo para as ruínas da cidade velha. Ângelo estava fascinado com objetos antigos quando viu Themis admirando um anel delicado com pedras brancas entrelaçadas. Foi até ela abraçando por trás e levantando a cabeça perguntou ao ourives:

_ Quanto custa a peça?

O homem velho sorriu a falar a soma de uma pequena fortuna.

Ângelo pegou as notas na carteira e viu o olhar assustado dela pegando a joia colocou no dedo anelar dela. A mesma era feita para ela. Sorrindo viu um par de alianças com detalhes em ouro branco, pagou ao homem pondo uma sobre o seu dedo e outra junto do anel delicado.

Afastando a mulher amada da banca, olhou no fundo dos olhos castanhos e falou:

_ Não preciso de um sacerdote para sacramentar que a tenho como esposa. Amo-lhe e passarei toda a minha vida ao seu lado. Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença até que a morte nos separe.

Disse ele colocando a mão dela sobre o seu coração que batia acelerado.

Themis o fitou com os olhos cheios de lágrimas e dando vazão ao amor que explodia no seu peito, falou:

_ O recebo como meu. Estarei ao seu lado na alegria e na tristeza, na saúde e na pobreza até que a morte nos separe.

Ele segurou seu rosto entre as mãos, selando o compromisso com um beijo apaixonado. Amava e era amado e ninguém roubaria dele a mulher amada, sua esposa e companheira de sua vida.

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