Acordo com o coração adocicado pela noite romântica com Eduardo.
Me levanto e faço a minha higiene íntima todos os dias, mas hoje estou um pouco apressado. Quero pegar Eduardo tomando o seu café da manhã.
— Bom dia!
Eduardo: Bom dia!
Carlos nos observa de longe.
Tomo o meu café e pego o meu biscoito.
Carlos: Bom serviço senhor!
— Obrigado, tchau!
Eduardo: Tchau.
Queria me despedir com um beijo, mas não queria ter a iniciativa e Eduardo nem incentivou nada.
Eduardo pensa o mesmo, sente falta do beijo de despedida e se pergunta quando esse tipo de gesto vai ser comum.
Chego no restaurante e pela primeira vez não tem um pedido esperando, me pergunto e pergunto se estamos em crise.
Escuto um "Claro que não"
Daniel: Só abrimos mais tarde essa manhã
— Isso porque? O Don tá doente
Don "O chefe"
Erick: Não, ele está de romance novo
— Sério? Com quem?
Olho para a mesa onde Don está e vejo uma senhora bem vestida com olhos verdes e cabelos loiros.
— Bom pra ele.
Pego o meu uniforme e meu chapéu, e enquanto o telefone não toca para novos pedidos, pego a vassoura e me ponho a varrer o restaurante.
Don: Isso que eu gosto nesse rapaz.
Elisa: Iniciativa é tudo meu amor, coisa que não vi nos outros funcionários.
Daniel: Comparações.
Erick: Leandro é nosso amigo, e bem prestativo mesmo devemos aplaudir uns aos outros e não criticar meu querido garçom.
Daniel revira os olhos.
Varrendo o chão me vejo voltando no tempo, me lembro de cada detalhe depois de ser vendido pelo o meu avô, não entendo como algo tão ruim pôde ter sido a minha saída, ou seja uma prisão, foi na verdade a minha própria liberdade.
Daniel: Falta ali entregador
Don: Sem gritos aqui
Daniel: Perdão senhor.
Olho para Daniel com a cara de "bem feito"
Daniel e eu somos amigos quando lhe convém e eu cansei dessa instabilidade, ou ele é o meu amigo ou ele não é, Não estou aqui para rivalidades ou inimigos, sou maduro demais para esse tipo de coisa.
Já o Erick, é um verdadeiro amigo, o que mais me animou nessas semanas e em particular é por ele que não fugir no começo, ele me ensinou uma coisa muito valiosa hoje em dia, a paciência.
Com Don, eu aprendi ser um homem disciplinado e isso querendo ou não me ajudou no meu casamento até agora.
Já o meu ex colega me mostrou a compaixão, ter ajudado ele aquele dia, ter escutado os seus lamentos me fez vê que precisamos ser empático
Erick: O que pensa?
— Na vida, no meu caminho até aqui.
Erick: Problemas com Eduardo novamente?
— Não, a gente tá começando a se dar bem.
Erick: Bem feito para o seu avô, em parte ele não ganhou.
— Ele só estava atrás do dinheiro e não dá minha infelicidade por eu ser gay
Erick: Por quanto? Sabe por quanto ele te vendeu.
— Não sei, nem meu avô e nem o pai me disse ao certo.
Erick: Pergunta para ele, o Eduardo.
— Não sei, queria viver em paz com ele.
Erick: Mano, você precisa ter essas coisas com ele, você precisa fazer isso pra começar um caminho do bem com o seu marido, sem fazer isso, Você não vai ter paz.
— Sim, você tem razão.
Erick: Então faz o que eu digo, questiona Eduardo quando o seu pai pagou por você e por esse casamento.
— Espero que isso não vire um drama.
Erick: Mesmo que vire um grande drama, você precisa fazer isso. Você não pode viver com medo de brigar com ele, porque essas coisas são normais em um casamento
— Eu sei que é normal, mas eu não quero isso, isso não quer dizer que não vou fazer o que está dizendo. Porque eu vou fazer, é só que não quero motivos para olhar Eduardo com ódio.
Erick: Não olha, fale com o peito aberto e evite ressentimentos.
O telefone toca e é um pedido. Isso faz com que Erick tenha que voltar para a cozinha e eu me preparar para sair para a entrega. Olhando para dentro posso observar Elisa me observando de meia e meia hora.
Vou para fora e faço a higiene da bolsa térmica. Paro para pensar e percebi que Erick tem razão e que eu preciso ter esse tipo de conversa com Eduardo, eu não posso ficar com essa dúvida e eu preciso perdoar ele de verdade sobre esse assunto.
Rapidamente o pedido fica pronto e eu vou entregar na minha bicicleta, vou com toda a rapidez possível, não quero deixar de ser esse empregado esforçado que meu chefe me disse hoje cedo. Preciso manter essa imagem diante seus olhos.
Volto para o restaurante e como sempre chego com a notícia que preciso entregar outro pedido. E isso me anima, pois não vou precisar pensar em certas coisas.
Volto para a roda do tempo e me lembro da primeira noite na Mansão, eu não vejo aquele dia como um dia tão ruim, pois eu não fui forçado a nada e todos foram muito educados comigo.
Já quando eu me lembro do dia em que Eduardo foi muito sujo, eu me entristeço.
"Mas ele mandou, ele está mudando, virando um homem bom de verdade, ele vai mudar, ser o melhor que pode por mim, eu acredito"
Preciso parar de olhar para o passado, Erick tem razão, eu preciso perdoar Eduardo de verdade.
— Obrigado, senhor.
Ganhei uma gorjeta Boa novamente e isso me traz um sorriso no rosto.
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Atualizado até capítulo 150
Comments
Eunice Alves Moreira Fernandes
Eduardo não estava fazendo medicina? cadê o curso?
2025-02-04
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