13. Capítulo

Depois de acalmar Carlos, preciso deixar ele naquele banco, pois eu preciso voltar para o trabalho.

Carlos: Obrigado por me escutar, por vê esperanças onde eu não via. Muito obrigado.

— Você é uma boa pessoa, Carlos, o primeiro a me estender a mão naquela casa. Obrigado a você.

Vou embora com o coração apertado.

Me lembro da nossa conversa e da falta de conhecimento de Carlos sobre esse tema e isso é uma pena.

Volto até o restaurante e tenho uma entrega já me esperando. O endereço me chama atenção, é na empresa do Eduardo.

Jason: Você precisa se acalmar, esse moço pode não está te enganando, ainda mais com o nosso empregado está ficando louco?

Eduardo: Então me diz o que Carlos teria para conversar com o Leandro?

Jason: Não sei, mas isso não. Impossível.

Eduardo: Espero que seja mesmo. Se não, não sei o que eu faria com os dois.

Chego com a entrega na mochila térmica, a empresa é enorme, nunca tinha visto ela assim pessoalmente. Vejo o nome da pessoa que faz o pedido e não me soa familiar, vou até a um segurança que na hora se identifica como o dono do pedido, pergunto a ele quem indicou o restaurante. E ele me responde que foi o Eduardo. Em forma de querer ajudar o lugar.

Dou uma risada por dentro e acho que Eduardo não quer ajudar o lugar, ele quer me ajudar, ainda mais contando com o valor da gorjeta que o seu segurança me deu, cinquenta dólares.

Volto para o restaurante e estou um pouco apressado para que chegue logo a hora da minha saída, quero chegar em casa e conversar mais com o Carlos, ele está precisando de ânimo. E palavras de incentivo.

Parece que a minha ansiedade para sair ajudou a passar a hora, já está na hora de encerrar o expediente.

Chego em casa e vou direto para o meu quarto colocar uma roupa mais confortável.

Carlos: Senhor! O que faz aqui?

— Vim te vê, posso entrar?

Carlos: É que não sei se Eduardo vai gostar de te ver no meu quarto.

— Que ele surte então, mas eu quero entrar.

Passo sem a permissão de Carlos, sento em uma cama e pergunto a ele como ele está se sentindo agora a noite Carlos suspira e me diz que está mais aliviado.

Carlos me agradece por ter usado de meu tempo livre para ouvir o seu dilema, ele me diz que ninguém nunca tinha feito algo assim por ele e que eu fazer significou muito ele, coloco as minhas mãos em cima das suas e digo que ele não tem que agradecer e que eu apenas estou devolvendo a sua dedicação e seu carinho para comigo, apertando a sua mão digo que em mim ele pode encontrar facilmente um amigo.

Eduardo escuta a nossa conversa pela porta, e de cara percebe que ele está errado em pensar que entre Carlos e eu existe alguma coisa. Ele pensa no erro que iria cometer se tivesse usado de ignorância e partisse pra cima de Carlos e eu. Eduardo se sente solidário ao Carlos e ainda mais encantado por mim, vê em mim o homem que ele sempre sonhou em ter do seu lado e por isso precisa mudar o seu comportamento comigo de uma vez por todas.

Carlos me abraça e me pede para nunca deixar ser esse rapaz de muito calor, dou um sorriso meio tímido e balanço a minha cabeça obedecendo.

A porta bate

— Quem pode ser?

Carlos: Calma, deve ser a Maria

Carlos vai abrir a porta, e Descobrimos Eduardo.

Eduardo: Carlos, podemos conversar um minuto?

Carlos: Sim, claro. Passe senhor!

— Com Licença

Eduardo: Não, pode ficar.

— Eu fico então.

Eduardo: Sei do que está passando meu amigo e quero te dizer que conta comigo.

Eduardo segura as suas mãos, apertando.

Posso entender que ele escutou a nossa conversa, mas não posso discriminar ele, já que ele não está sendo um imbecil e sim muito gentil.

Eles se abraçam.

Fico contente com Eduardo e isso me faz sorrir para ele com os olhos de admiração, Eduardo parece realmente gostar de Carlos, posso sentir que ele se importa.