capítulo 20

Capítulo 20

Caterine

Eu estava tomando café sozinha e pensando no dia em que passeei com Brendow por aquele jardim lindo, fazia dias que eu não o via, mas desta vez, não o procurei. Ele me deixava confusa e perdida. Ouvi um barulho na porta e olhei. Era Novak.

- Bom dia! - ele disse caminhando até mim, fiquei de pé e o abracei, ele pareceu meio surpreso.

- Bom dia! Que bom que voltou - falei olhando em seus olhos e então vi que ele estava com o rosto um pouco machucado - se feriu? - perguntei passando a mão em seu rosto

- Só um pouco, houve mais resistência do que o esperado! - falou ele e nos sentamos.

- Me conte tudo! - pedi a ele

- Bom, dormi no frio e na chuva quase todas as noites, colocaram fogo no nosso acampamento, duas vezes, mas resistimos. Quando finalmente conseguimos tomar de volta as terras, houve um ataque, uma explosão que matou muitos dos meus soldados. Para nossa sorte, Brendow apareceu e matou metade daqueles fazendeiros malucos

- Brendow? - perguntei confusa, visto que ele não podia ir para essas batalhas - quando foi isso?

- A dois dias, ele não pode ir nas batalhas, mas ficou sabendo das mortes e ficou furioso, foi até lá e controlou a mente de metade dos homens os fazendo se matar!

- Não sabia que ele tinha esse poder! - falei. Eu sabia que ele lia mentes, mas não que podia as controlar, visto que ficou surpreso por eu ser capaz de fazer isso.

- É, eu também não sabia, enfim, depois disso conseguimos matar o restante dos que estavam se negando a entregar as terras.

- E Brendow? - não me segurei e perguntei

- Meu pai ficou sabendo - falou Novak pegando pão e geleia - Ele mesmo foi buscar Brendow, não sei ao certo, qual foi a punição que ele deu ao meu irmão, mas soube quando cheguei, que Brendow está na corte do Sol Prateado fazendo uma visita

- Existe mesmo a corte do Sol Prateado? - perguntei, queria esquecer o que o rei podia ter feito contra ele...

- Existe! E sim, o sol lá é prateado! - disse Novak mordendo seu pão

- Achei que fosse lenda... - falei

- Tudo que pensa que é lenda, tenha certeza, deve ser verdade! - falou Novak

Tomamos café da manhã juntos, ele me contou os detalhes dos seus dias fora, foi uma aventura e tanto, ele estava se curando rápido, visto que ele estava dormindo na hora do incêndio e parte do seu corpo pegou fogo.

Passeamos juntos pelo gramado, visitamos meus irmãos na ala das crianças e a noite jantamos juntos, eu não via o rei a dias, graças aos Deuses. Novak me deixou na entrada do meu quarto.

- Senti saudade - disse ele

- Eu também - falei e Novak se aproximou e foi me beijar, mas eu desviei - desculpe... - falei - acho melhor não Novak, tem muitas coisas acontecendo e estou confusa

- Tudo bem... nos vemos amanhã! - falou ele e beijou minha bochecha.

Nos dias seguintes, Novak não tentou nada, apenas me fez companhia e me treinou todas as manhãs. Me ensinava a empunhar uma espada, combate corpo a corpo. Eu era péssima, mas já tinha aprendido umas coisinhas.

A noite eu deitava em meu travesseiro e só conseguia pensar no desgraçado do Brendow e no que o rei teria feito com ele como punição por se por em risco numa batalha.

Fazia quase um mês que Brendow tinha sumido, eu ocupava minha cabeça com tudo que podia. Passava horas na ala das crianças, jogava cartas com uma dama de companhia que tinha sido designada provavelmente para me vigiar a mando do rei, passeava nos jardins, surtava quando era perguntada sobre o casamento. Vi o rei poucas vezes nos últimos dias, ele me fazia visitas breves, alegou estar “ocupado com coisas de rei”. Novak jantava comigo às vezes e ajudava a me distrair um pouco. Mas no silêncio da noite, era sempre o rosto de Brendow que vinha nos meus pensamentos.

Eu estava saindo do meu banheiro, devia passar da meia noite, só tinha uma lâmpada ao lado da minha cama, que estava acesa, o resto do quarto estava escuro. Mas pude ver a silhueta de Brendow. Ele estava escorado na minha cômoda, com seus tornozelos cruzados e as mãos nos bolsos da sua calça, seu casaco estava aberto e seu cabelo despenteado. Fiquei nervosa, porém feliz, ele estava vivo e parecia bem. Fiquei próxima a porta do banheiro.

- Sentiu saudade Cat? - falou ele e acabou com qualquer sentimento de empatia que eu estava por ele

- Não me chame de Cat. E não, não senti saudade! - falei e ele riu

- Eu sei que sentiu! - falou ele, mas quando olhei em seu rosto de fato, pareceu que ele estava triste.

- Como você está? - perguntei

- Bem e você? - disse ele

- Soube que o rei puniu você! - falei e seu rosto ficou muito sério

- Não foi nada demais... - disse Brendow

- Me conte... - pedi

- Não sei se uma humana conseguiria ouvir o que ele fez comigo, sem vomitar ou desmaiar - disse ele e só isso fez o meu sangue gelar

- Sou mais forte do que pareço - falei cruzando os braços - conte! - eu precisava saber o que aquele desgraçado tinha feito

- O rei... - ele fez uma pequena pausa - me acorrentou por dois dias e... - outra pausa - me torturou, depois me mandou passear numa corte, que sabe que odeio e me disse que era bom que eu voltasse com novidades, ou seria ainda pior a tortura no meu retorno

- Ainda não me disse o que ele fez de fato! - falei e sua boca virou uma linha fina, ele estava com raiva

- O que quer saber? - disse ele um pouco alto e começou a caminhar até mim - que ele mesmo me espancou, que meu pai enfiou pregos nos meus pés, me rasgou na barriga e nas costas com lâminas tão afiadas que cortariam a cabeça de alguém com facilidade? Quer saber o que mais? Tive que ir até a maldita corte do Sol Prateado, onde a única rainha que existe nos reinos, me quer a muitos anos. Quer saber o que mais tive que fazer? Tive que me deitar com aquela bruxa má e transar com ela por dias e dias, até conseguir uma migalha de informação, para não voltar para cá de mãos abanando! E por que quer saber isso Caterine? - perguntou ele agora bem próximo, eu mal respirava, não consegui responder, quando ele tocou meu rosto e senti sua mão quente em mim, virei o rosto e fechei um pouco os meus olhos - quer ter pena de mim? Quer um motivo para pensar que sou bom? Saiba, eu não sou! - falou ele, virei novamente meu rosto e olhei em seus olhos, mesmo na luz fraca, pude ver que ele estava cansado e triste.

- Não Brendow, não queria saber isso, pelos motivos que falou. Queria saber isso, porque me importo com você, sim senti sua falta todos os dias, fiquei confusa depois daquele nosso passeio no jardim e desde então não sei, tenho pensado em você todos os dias - falei

- Merda Caterine - disse ele praguejando - não pode me falar essas coisas - ele falou ainda com a mão no meu rosto, estiquei as minhas e toquei seu rosto, sua barba estava maior do que de costume

- Eu precisava falar! - disse a ele

- Todos os dias em que estive naquela maldita corte... pensei em você - ele falou olhando nos meus olhos

Ficamos nos olhando, olho no olho por vários segundos, ou minutos, eu não saberia dizer. Avancei alguns centímetros meu rosto e Brendow acabou com a distância entre nós e tomou minha boca num beijo quente e desesperado. Nem se quer ele se deu ao trabalho de ser gentil, ele me empurrou contra a porta do banheiro e devorou minha boca, sua língua se enroscou na minha e seus lábios quentes e macios, dominavam minha boca e minha sanidade.

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Leiam: Coletânea de Hots, meu novo livro, vai ter todos os Hots de todos os meus livros.

Amadas comentem muito se querem o Hot da Caterine e do Brendow. E coloquem o livro nos seus favoritos.

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Comments

Katia Cilene

Katia Cilene

só quero ela com novas com mais ninguém por favor autora

2023-01-16

0

Viviana maria Silva

Viviana maria Silva

não curti essa confusão dela 😑😑😑

2022-12-16

1

Valda Martins

Valda Martins

Capricha no hotel

2022-11-08

0

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