Capítulo 9
Caterine
Estar naquele quarto enorme, aquecido, com aquela vista linda dos jardins, num palácio... o palácio do rei e estar triste e assustada, pareceria até uma piada, se fosse contada a qualquer pessoa. Mas não.
Eu estava com medo por mim e meus irmãos. Assustada por estar sem saída e por ter sido tirado de mim qualquer escolha sobre minha vida.
Olhei para aquele gramado lindo e abri uma fresta na janela, queria ar puro. Senti o cheiro das rosas que circundavam todo os cantos do jardim. Aquele lugar era lindo, meus irmãos tinham um teto e comida, era isso que eu precisava.
- uauu, você é idêntica a Juliene! - disse alguém que surgiu do nada no meio do meu quarto.
Ele me olhou de cima a baixo, me avaliando, me lendo, me estudando. O homem usava as cores do reino, preto e dourado, botas de cadarço até os joelhos. Seu cabelo era quase preto, seus olhos eram tão escuros quanto, mas ele tinha um sorriso divertido e curioso estampado no seu rosto. O homem era lindo.
- quem é você e como entrou? - perguntei o encarando com a cabeça erguida, mesmo sabendo que ele devia ser alguém importante, devido as roupas impecáveis e a postura.
- Sou Brendow e vim até aqui me transportando entre as fendas do tempo, num piscar de olhos - ele disse e colocou metade de braço e sua mão no centro da barriga e fez uma reverência - ao seu dispor Caterine
- seu nome não me diz nada a seu respeito! - falei irritada e cruzei os braços
- peço perdão, Brendow Ulric - ele disse
- ah - foi tudo que consegui falar sobre - que quer aqui? Não pode simplesmente se transportar para cá, para dentro do meu quarto! - falei
- bom, mais uma vez peço perdão. Tenho este costume - ele disse e olhou para o meu peito - a curiosidade falou mais alto
- não pense que por seu filho do rei, pode invadir meu espaço sem permissão! - falei brava
- que incrível! não poder ler sua mente, seu escudo é o mais forte que já vi! - disse ele ignorando tudo que eu tinha dito antes
- parem de tentar entrar na minha mente! - falei
- perdão mais uma vez, mas é que você é fascinante Cat - falou ele
- não me chame assim!
- ah sim, muito cedo não é! me diga, onde arranjou esse colar?
Sacudi minha cabeça, confusa com sua pergunta.
- herança de família - falei simplesmente
- claro - ele disse sorrindo - meu pai é mesmo um desgraçado filho da mãe
- o que faz aqui? - perguntou Novak invadindo meu quarto também.
- Deus... - murmurei
- estava muito curioso com respeito a ela. Ver na mente dos criados a imagem dela, parecia que eles estava lembrando de Juliene, queria ver eu mesmo, com meus próprios olhos! - disse Brendow
Novak e eu sacudimos a cabeça.
- mas e você imrão - disse Brendow - o que faz aqui?
- vim ver como você está! - Novak falou olhando para mim
- confusa, mas bem, obrigada! - eu disse - só queria ver meus irmãos! - falei triste
- vou ver o que posso fazer, vou falar direto com meu pai! - disse Novak
- preocupado e sempre querendo abraçar o mundo com suas mãos - disse Brendow olhando Novak - isso ainda vai te matar Novak!
- você é intrometido demais irmão! - disse Novak
- graças a eu ser assim que descobri mais um enigma! Que aposto que ninguém disse a vocês ainda! - falou Brendow
- o que? - eu e Novak perguntamos ao mesmo tempo
- um segundo - disse Brendow e continuou - pronto agora podemos falar!
- ãnh? - perguntei olhando para eles confusa
- ele bloqueou os ruídos para que ninguém nos ouça - falou Novak e colocou as mãos nos bolsos
- como? - perguntei
- magia - disse Brendow e sorriu como um gato, ele adorava isso, claramente! - enfim, seu colar, explica tudo...
Eu e Novak ficamos confusos, mas alguns segundos depois Novak ergueu as sobrancelhas.
Um vento leve e gelado bateu em meu rosto e quando pisquei, Brendow estava a minha frente, segurando meu colar entre seus dedos.
- a pérola negra... existe mesmo - falou Novak baixinho - achei que fosse mais um mito
- todos sempre acham que são mitos... mas acreditem, por trás de todo o mito, sempre existe uma verdade! - disse Brendow ainda olhando meu colar bem de perto, chegando a ser desconfortável para mim, nossa proximidade.
- do que estão falando? - perguntei irritada e minha voz saiu fina e aguda
- ah querida - falou Brendow suspirando, ele estava impressionado - você carrega um tesouro neste pescoço! que incrível! Milagre ainda não ter perdido o pescoço!
- como assim? mas isso não é possível! - falou Novak
Eu estava com meus olhos arregalados, com certeza, porque os sentia arder.
- não, não é possível irmão, mas muitos poderiam tentar, para poder usar ele.
- podem por favor, me explicar, do que estão falando? - exigi irritada
- perdoe-nos Caterine! Mas estamos de fato fascinados! Você além de ser idêntica a Juliene, ainda usa a peróla negra! Meu pai ainda não explicou a você o que é? - disse Brendow
- não! - falei e cruzei meus braços novamente, onde eu havia me metido Deuses...
- a lenda diz que quem possuir a pérola negra, possui a chave dos reinos, dos mundos - ele disse dando enfâse ao último - poderia se locomover entre as fendas, passado e futuro... iria para outros mundos - ele explicava fascinado, olhando nos meus olhos e para o colar em suas mãos - nosso pai quer tirar a sorte grande! - ele disse sorrindo e balaçando a cabeça
- mas se ela possuí o colar, ele não tem como fazer nada! - disse Novak olhando as mãos de Brendow
- na verdade caro irmão, existe coisas que você ainda não sabe, parte da lenda, que você ainda não teve acesso, diz que a pérola negra não pode ser tirada da pessoa, mas pode ser dada de livre e espontânea vontade!
- se alguém controlasse a mente dela, poderia fazer com que ela entregasse? - perguntou Novak ao irmão
- poderia, por isso o feitiço que bloqueia a mente dela é tão bem amarrado. Está tudo ligado... a mente dela, está ligada a pérola negra! - disse ele, como se tivesse notado só agora
- como isso é possível? - perguntei
- não sei, mas a pessoa que fez isso, sabia que tinha que firmar bem tudo, ou poderia ser contornado. Provávelmente, se sua mente for controlada é possível que o colar não tenha serventia. E provavelmente se você morrer sem ter dado ele a alguém, o colar se desmanche como açúcar na água - falou ele, novamente parecendo se dar conta de tudo somente enquanto falava
- como pode saber tanto? - perguntei o olhando nos olhos e dei um passo para trás, já estava bom de tocar no meu colar.
- bom... trezentos anos dão uma certa vantagem a - ele parou e um segundo depois, ele e Novak sumiram da sala formando um vento nas cortinas e nas mechas soltas do meu cabelo.
A porta se abriu e o rei estava parado ali. Ele entrou, deu alguns passos olhando para os dois lados do meu quarto, depois me olhou e sorriu.
- quer ver seus irmãos? - ele disse em um tom gentil
Desgraçado, quer me usar? Então vou tirar vantagem disso também.
- sim, por favor! - falei em tom amigável e caminhei segurando meu vestido e olhando nos olhos do rei. Cheguei a sua frente e fiz uma pequena reverência. Ele sorriu bem de leve, achando ter vantagem de algo sobre mim. Idiota!
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Atualizado até capítulo 36
Comments
mila
de todos meu preferido por enquanto é brendow kkkkkkkk até o momento é o único q não quis ganhar vantagem em cima de cat, e o único q está sendo sincero até o momento kkkkk
2023-05-27
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Ana Priscila
eita q cada capitulo tá ficando melhor
2022-12-02
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Valda Martins
E agora depois da descoberta feita
2022-11-08
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