Capítulo 4
Novak
Desci as escadas e fui até a cozinha, pedi que preparassem comida para nós. Eu buscaria em alguns minutos. Avisei a senhora de cabelos grisalhos e péssimo humor.
Saí para a rua, fui até os estábulos ver como estava meu cavalo. Porque estava muito frio. Os cavalariços estavam cochilando, então não fiz barulho.
Apenas observei como tudo estava. Os campos estavam silenciosos. A neve caia devagar, mas muito fria, o ar quente que saia da minha boca formava nuvens de fumaça.
Circulei ao redor da hospedaria, o tempo todo que a mão na minha espada. A princípio tudo seguro. Voltei para dentro e fui buscar nossa janta, estava em cima de uma mesa, quatro pratos, alguns pães, suco e o vinho que eu havia pedido. Peguei a bandeja e subi as escadas.
Entrei no quarto e Caterine estava em frente a lareira, tentando acender ela. Larguei nossa comida e fui até ali.
- Como abriu a porta? – perguntou ela me olhando e depois olhando a bandeja enorme
- prática – falei apenas isso e ela me olhou desconfiada.
Peguei meu isqueiro no bolso e acendi rapidamente as lenhas. Ela ficou olhando o aparelho em minhas mãos.
- o que é isso? – ela pergunta apontando para a minha mão
- um aparelho moderno, se chama isqueiro. Vem um gás aqui neste pequeno recipiente. Estas duas pedras, quando riscadas com o polegar, formam uma faísca, com a liberação do gás, forma o fogo – falo e mostro a ela. Caterine fica olhando a chama em minha mão e forma um pequeno O com sua boca.
- você é um bruxo? – ela pergunta e eu acabo rindo
- já disse, isso é um aparelho moderno, nada demais – falo – vamos comer?
- sim... – ela diz baixo e se dirige até a mesa.
Comemos as batatas com carne e arroz. Nada demais, mas meio sem sabor, nada se comparava a comida do reino. Sirvo vinho para mim e ela fica apenas olhando.
- quer? – pergunto
- não... – ela diz e parecia querer, então servi um pouco para ela.
Ela não bebeu.
Depois que terminamos o jantar, coloquei os panos de volta em cima dos pratos, pela manha os meninos iriam querer comer, com certeza.
- durma na cama com seus irmãos, vou trazer um colchão e dormir aqui – falo e vou em direção ao quarto ao lado ligado a esse.
Quando volto, ela pergunta:
- por que vai dormir aqui? Não vamos fugir, não temos para onde ir – ela diz
- não estou preocupado com fuga... os campos aqui são muito amplos, não é seguro – falo
- e isso deveria nos preocupar? – ela pergunta nervosa
- não... não se preocupe. Meu treinamento como general me deixa um pouco paranoico as vezes – disse isso, mas não era verdade...
Arrumo minhas coisas no chão e depois vou apagar as velas do quarto, deixando apenas a luz da lareira, iluminando e aquecendo.
- acho que você deveria tirar essa roupa para dormir – falei ao ver ela deitar com a roupa da viajem... aliás a única roupa...
Me virei no meu colchão e apaguei por algumas horas. Acordei com um estrondo no quarto. Dei um pulo ficando em pé em um segundo, já com meu punhal em mãos, pronto para golpear. Minha visão demorou um pouco a se ajustar.
Mas logo abaixei a mão. Um dos meninos, Fred eu acho, estava segurando minha espada. Ele provavelmente a deixou cair, quando a pegou da primeira vez. Ela era do seu tamanho e com certeza, tinha quase o seu peso também.
- solte isso Fred! – disse Caterine sentando na cama e segurando as cobertas na altura do peito.
Ele me olhou com cara de triste e largou devagar a espada.
- posso ensinar você a empunhar uma espada para seu tamanho e seu peso – falo e o menino me olha com cara de surpresa
- ele não vai aprender a empunhar nada – disse Caterine da cama e o menino ficou triste de novo.
- hum, interessante... quer que ele seja um idiota dependente de você? – pergunto
Os dois meninos me olham preocupados.
- não disse nunca... mas eles ainda são jovens – ela fala brava
- nunca se é jovem para aprender a se defender – falo
Ela apenas franzi a boca e não diz mais nada.
Comemos e nos vestimos e depois partimos. Se tudo desse certo, chegaríamos a noite nas terras do Rei.
Caterine
Depois de passar o dia todo naquela carruagem, paramos apenas no meio da tarde para comer e ir ao banheiro, logo voltamos para a estrada. Eu já não aguentava mais aquele sacolejo todo, meus irmãos dormiam e acordavam por todo o caminho.
Mas, então a carruagem começou a andar devagar e num lugar sem buracos, abri a cortina que tampava a janela e meu queixo caiu.
Com certeza estávamos nas terras do Rei. A rua era calçada. Tinham casas lindas dos dois lados da rua, quase todas iguais. Andamos mais um pouco e avistei portões e muros tão altos, que eu não podia ver o fim deles.
Atravessamos os portões e ali dentro, era tudo ainda mais lindo, casinhas pequenas e tudo iguais. Vários comércios, restaurantes e lojinhas, como eu já tinha lido apenas em livros.
Andamos mais meia hora, e chegamos em frente a um muro dourado com preto, não parecia de tijolo ou madeira, eu não saberia descrever. Aquilo era magia?
Os portões se abriram e não vi ninguém fazer isso, então era mesmo magia.
Entramos e havia um castelo enorme de pedras, com janelas douradas e pretas, um gramado que parecia um tapete de tão perfeito. No corredor por onde a carruagem passou, tinham cercas de rosas brancas dos dois lados, o cheiro delas invadiu meu nariz, me fazendo sorrir. A carruagem foi parando e parando e parando e parou de vez.
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Atualizado até capítulo 36
Comments
mila
ok noa conseguiu bloquear sua mente p a bruxa não ler ... e ele vai ensinar cat, até aí ok! mais como ele vai fazer com as crianças? bora descobrir né?
2023-05-27
1
Nena Almeida
👍 estou gostando
2023-03-25
1
Valda Martins
Muito bommmmm achei lindo ele tirar eles da pobreza
2022-11-08
1