capítulo 5

Capítulo 5

Caterine

Imediatamente, um homem de cabelos, roupas e pele estranha abriu a porta.

- Madame - ele falou e me ajudou a sair, um segundo depois duas mulheres rechonchudas surgiram do outro lado e pegaram meus irmãos

- Não precisa, eu mesma posso leva-los! - falei protestando

- Podem levar eles! - Novak falou e me olhou balançando a cabeça, provavelmente, seria rude ou errado negar a ajuda deles.

Ele pegou meu braço e colocou sobre o dele e entramos no palácio, os corredores estavam um pouco escuros devido ao dia nublado, mas dava para ver todo o luxo e conforto que tinha ali. As paredes e mobílias eram nos mesmos tons, dourado e preto. Se não fossem as janelas gigantescas em todo o redor no alto das paredes, estaríamos no escuro total devido as cores escuras.

Sofás e poltronas enormes estavam por todo o canto, um aparador na entrada com um vaso daquelas rosas brancas decorando. Tapeçarias nas paredes e bem a frente, no alto da parede de entrada, um retrato. Do rei, aquilo causou um embrulho estranho no meu estômago.

- Tudo bem? - Novak perguntou baixo

- Acho que ainda não recuperei as forças das minhas pernas

- Logo vai se acostumar com seu peso novamente

- Onde levaram meus irmãos?

- Nossos filhos, Caterine, estão provavelmente comendo e se banhando, ou ao contrário e depois vão colocar roupas limpas e quentes. Pode ficar tranquila, o castelo é o lugar mais seguro do mundo, ninguém pode matar ou ferir alguém aqui, nem mesmo o próprio rei.

- Magia? - perguntei baixo

- Isso

Andamos um pouco mais e ele me levou escada a cima, bem no meio dela tinha uma janela enorme, estreita mas cumprida. Pude ver que aquele tapete de grama se estendia até um lago lindo de cor estranha, mas devia ser por causa do dia nublado.

Fomos até um quarto e entramos.

- Suponho que terei que dormir no mesmo quarto que você?

- Sim

- E suponho que esse seja seu quarto?

- Certo

- E meus... nossos filhos, onde vão ficar? - pergunto usando ‘’filhos’’, para ir me acostumando

- Na ala das crianças, mas fique tranquila, vão estar mais bem acomodados que nós, lá tem brinquedos e livros de colorir, vão se divertir muito - Novak fala e começa a desabotoar sua túnica

Vou em direção a lareira, o quarto estava frio, eu ia tentar acender, para não ter que olhar Novak, mas assim que me agachei e toquei na lateral da lareira o fogo começou a crepitar. Me causando um susto e me fazendo cair de bunda.

Imediatamente olhei para Novak.

- O que aconteceu? - perguntei ainda com a bunda no chão

- Eu acendi ela - ele disse como se não fosse nada, levei alguns segundos para entender

- Você... você... é mágico? - perguntei e arranquei uma gargalhada dele

- Mágico? Deus... não! Não chamamos assim, sou um Trinyth, Trinyth superior se quiser o termo certo

- Por que não me disse antes? - perguntei irritada e me levantando

- Você não perguntou... - ele fala sorrindo e entra numa porta

Vou atrás dele e fico na entrada

- Se é essa tal coisa ai, por que não nos transportou direto para cá?

- Não funciona assim - ele falou e ligou uma torneira que tinha numa banheira, notei então que ele estava apenas com as partes de baixo da sua roupa - se eu fosse um Trinyth supremo poderia

- E por que não é isso?

- Serei, em breve... então poderei me locomover através das brechas do tempo

- Algo mais sobre você que não tenha me contado

- Bom, amanha haverá um baile, onde você e seus... nossos filhos serão apresentados a corte do rei, e eu condecorado Trinyth supremo

- Amanha?

- Sim, por que acha que viemos tão rápido?

Apenas sacudo a cabeça, assimilando tudo, era coisa demais para mim. Quando já estava saindo para deixá-lo ter privacidade, Novak disse:

- Ah, e talvez eu tenha esquecido de mencionar, sou o segundo filho do rei

Parei de me mover e respirar naquele segundo.

**

Novak

Assim que falei a Caterine que eu era filho do rei, fechei a porta de onde estava e entrei na banheira, após fazerem minhas roupas sumirem.

Fiquei um bom tempo ali, quando sai ela não estava mais no quarto. Acho que devia ter guardado essa informação para amanha. Embora eu ainda tivesse que ensinar ela a erguer muros na sua mente, não queria a feiticeira do rei xeretando seus pensamentos.

Quando estava limpo e com roupas secas e macias, fui até o escritório do meu pai, mais conhecido como a sala do trono ou sala do rei.

Dei duas batidas e a porta se abriu.

Meu pai estava sentado numa cadeira com um encosto que ia quase até  o teto, nas cores da nossa corte. Dourado e preto. Uma mesa enorme de carvalho estava a sua frente, cheia de papéis e alguns livros.

- Vossa alteza  - falei me dobrando, fazendo uma reverência a ele

- Pare de bobagens, sabe que quando não tem ninguém, não precisa seguir o protocolo. Deu tudo certo na sua viajem?

- Sim pai, eles já estão aqui comigo

- Se eu não estivesse tão ocupado, iria querer conhecer a moça que roubou seu coração e o fez querer procriar - disse ele olhando para os papéis em cima da sua mesa, eu entendi a dispensa dele.

- Claro pai, se precisar mande me chamar!

- esteja pronto para a cerimônia!

- Estarei - falei e sai, a porta se fechou um segundo após eu ter colocado os pés no corredor.

Não tinha nada para eu fazer até minha nomeação, eu não podia correr nenhum risco, meu pai ter deixado que eu fosse até as aldeias, foi um milagre, mas como eu precisava de uma esposa para completar o ritual, ele acabou deixando.

--

Deixem suas florzinhas e corações na área de presentes. Seus votos, curtidas e comentários também são importantes para a divulgação do livro ❤️❤️

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Comments

Maria Alves

Maria Alves

Estou curtindo muito a história, bem diferente essa obra.

2024-12-07

1

Valda Martins

Valda Martins

Bommmmm

2022-11-08

1

Francisca Arirama

Francisca Arirama

ezta interessante

2022-10-27

1

Ver todos

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