Tempo para se lembrar de Max

Progresso semanais de Maryse para lhe assegurar que Clary estava aprendendo e

não só, Clary supôs, provocando Jace o dia todo, ou o que quer que ela estivesse

preocupada. E Clary não ia passar a noite no Instituto — nunca. “Nada de

pernoitar onde seu namorado mora”, Jocelyn disse com firmeza. “Eu não me

importo se é o Instituto. Não.”

Namorado. Era ainda um choque, ouvir a palavra. Por tanto tempo isso

tinha sido uma total impossibilidade, que Jace sequer seria seu namorado, que

eles poderiam ser um ao outro nada além de irmão e irmã, e isso era muito difícil

e horrível de se encarar — nunca ver um ao outro de novo, eles tinham decidido,

seria melhor que aquilo, e que seria como morrer.

E em seguida, por um milagre, eles tinham ficado livres. Agora isso fazia

seis semanas, mas Clary ainda nunca estava cansada da palavra.

“Eu tenho que ir para casa”, ela disse. ”São quase onze e minha mãe

enlouquece se eu fico aqui depois das dez.”

“Tudo bem”, Jace soltou seu traje, ou pelo menos a parte de cima dele

sobre o banco. Ele vestia uma camiseta fina por baixo; Clary pode ver suas

marcas através dela, como tinta sangrando através de papel molhado. “Eu te

acompanharei.”

O Instituto estava silencioso enquanto eles caminhavam através dele. Não

haviam Caçadores de Sombras vindos de outras cidades ficando agora, e com

Hodge e Max que se foram para sempre, e Alec com Magnus, Clary sentia como

se os Lightwoods remanescentes fossem como convidados em um hotel quase

vazio. Ela desejou que os outros membros da Clave viessem mais

frequentemente, mas ela supôs que todos estavam dando aos Lightwoods tempo

neste momento. Tempo para se lembrar de Max, e tempo para esquecer.

“Então, você ouviu algo sobre Alec e Magnus ultimamente?”, ela

perguntou. “Eles estão se divertindo?”

“Parece que sim”, Jace pegou seu telefone em seu bolso e estendeu para ela.

”Alec continua me mandando fotos chatas. Um monte de textos como, “Eu

queria que você estivesse aqui, exceto que não de verdade.”

“Bem, você não pode culpá-lo. Era para ser umas férias românticas.” Ela

movimentou através das fotos no telefone de Jace e riu. Alec e Magnus em pé em

frente à Torre Eiffel, Alec vestindo jeans como sempre e Magnus vestindo umcasaco de pescador listrado, calças de couro, e uma boina maluca. Nos jardins

Boboli7

, Alec ainda estava usando jeans, e Magnus estava usando um enorme

manto veneziano e um quepe de gondoleiro. Ele parecia como o Fantasma da

Ópera, em frente ao Prado, ele estava usando um cintilante casaco de toureiro e

botas de plataforma, enquanto Alec aparecia calmamente alimentando um

pombo ao fundo.

“Eu vou tirar isso de você antes que você chegue a parte da India”, Jace

disse, recuperando seu telefone. “Magnus em um sári. Algumas coisas você

nunca se esquece.”

Clary riu. Eles tinham alcançado o elevador que abriu seu portão rangendo,

quando Jace empurrou o botão de chamar. Ela entrou e Jace a seguiu. No

momento que o elevador começou a descer — Clary achou que ela nunca se

acostumaria ao recuar inicial antes que começasse a descer — ele se moveu em

direção a Clary na escuridão, e puxou ela para mais perto. Ela colocou suas mãos

contra o peito dele, sentindo os músculos fortes debaixo de sua camiseta, a batida

de seu coração embaixo dela. Na luz sombreada, os olhos dele brilharam.

“Lamento que eu não possa ficar”, ela sussurrou.

“Não se desculpe”, Havia um tom irregular em suas palavras que a

surpreendeu. “Jocelyn não quer que você se torne como eu. Eu não a culpo por

isso.”

“Jace”, ela disse, um pouco perplexa pela amargura em sua voz, ”Você está

bem?”

Ao invés de responder, ele a beijou, a puxando firme contra ele. Seu corpo

pressionou o dela contra a parede, o metal do espelho frio contra suas costas, as

mãos dele deslizaram ao redor de sua cintura. Ela sempre amava o modo que ele

a segurava. Cuidadoso, mas também não muito gentil, não tão delicado, que ela

sempre sentia que ele estava mais sob controle do que ela estava. Nenhum dos

dois podia controlar como eles se sentiam um sobre o outro, e ela gostava disso,

gostava do modo como o coração dele martelava contra o dela, gostava do modo

que ele murmurava contra sua boca quando ela o beijava de volta.

O elevador veio em uma parada ruidosa e a grade abriu. Além dela, ela

podia ver a nave vazia da catedral, pedras enfeitiçadas alumiando em uma fila de

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!