Restaurante. A influência de Isabelle era visível nas mudanças na aparência dele
desde que eles tinham começado a namorar. Ela o tinha forçado a jogar fora seus
casacos de capuz em troca de jaquetas de couro, e seus tênis no lugar de botas da
moda. Que, aliás, custavam trezentos dólares um par.
Ele estava ainda usando suas características camisetas com logotipos —
esta dizia O EXISTENCIALISMO FAZ ISSO INÚTIL — mas seus jeans não
tinham mais buracos nos joelhos e bolsos rasgados. Ele também tinha seu cabelo
maior, então ele caia em seus olhos agora, cobrindo sua testa, mas isso era mais
por necessidade do que por Isabelle.
Clary tinha gozado dele sobre seu novo look; mas, então, Clary tinha
descoberto tudo sobre a vida amorosa incerta hilária. Ela não podia acreditar que
ele estava namorando Isabelle a sério. É claro, ela também não podia acreditar
que ele estava também namorando Maia, uma amiga deles que, por acaso, era
uma lobisomem, de um modo igualmente sério. E ela realmente não podia
acreditar que Simon não tinha dito ainda a nenhuma delas sobre a outra.
Simon não tinha realmente a certeza de como isso tinha acontecido. Maia
gostava de ir a casa dele e usar o seu Xbox — eles não tinham um na delegacia
abandonada onde o bando de lobisomens vivia — e não foi, até a terceira ou
quarta vez, que ela tinha vindo se inclinado e o beijado, se despedindo antes que
ela saísse. Ele tinha gostado, e então ele tinha ligado para Clary para perguntar a
ela se ele precisava dizer a Isabelle.
“Descubra o que esta acontecendo entre você e Isabelle”, ela disse. “Então
diga a ela.”
Isso se tornou um péssimo conselho. Já havia um mês, e ele ainda não
tinha certeza do que estava acontecendo entre ele e Isabelle, então ele não disse
nada. E quanto mais o tempo passava, mais embaraçosa a ideia de dizer alguma
coisa aumentava. Até agora ele fez isso funcionar. Isabelle e Maia não eram
amigas de verdade, então raramente viam uma a outra. Infelizmente para ele, isso
estava prestes a mudar. A mãe de Clary e o seu amigo de longa data, iam se casar
em poucas semanas, e ambas, Isabelle e Maia, foram convidadas para o
casamento, um Simon ansioso descobriu-se mais aterrorizado do que a ideia de
ser perseguido pelas ruas de Nova York por um grupo de caçadores de vampiros.
“Então”, Isabelle disse, arrancando ele de seu devaneio. “Por que aqui e nãono Taki? Eles teriam servido sangue para você lá.”
Simon vacilou com a intensidade dela, Isabelle não era nada sutil.
Felizmente, ninguém parecia estar escutando, nem mesmo a garçonete que
retornou, colocando com barulho uma xícara de café em frente a Simon, olhou
Lizzy, e saiu sem tomar o pedido dela.
“Eu gosto daqui”, ele disse. “Clary e eu costumávamos vir aqui quando ela
tinha aulas em Tisch. Eles têm ótimos borscht e blintzes — eles são como tortas
de queijo doce — além de que fica aberto a noite toda.”
Isabelle, entretanto, estava o ignorando. Ela estava olhando por cima de
seu ombro. “O que é aquilo?”
Simon seguiu seu olhar. “Aquele é o Conde Blintzula.”
“Conde Blintzula?”
Simon deu de ombros. “Ele é uma decoração do Halloween. O Conde
Blintzula é para crianças. É como o Conde1 Chocula, ou o Conde da Vila
Sésamo.“ Ele sorriu para a inexpressão dela. “Sabe. Ele ensina as crianças a
contar.”
Isabelle estava sacudindo sua cabeça. “Há um programa de TV onde
crianças são ensinadas a contar com um vampiro?”
“Faria sentido se você o visse”, Simon murmurou.
“Há alguma base mitológica para tal paralelo”, Isabelle disse, recaindo em
uma preleção do modo de ser Caçador de Sombras. “Algumas lendas afirmam
que vampiros são obcecados por contagem, e que se você derramar grãos de arroz
em frente a eles, eles terão que parar o que estão fazendo e contar um a um. Não
há verdade nisso, é claro, não mais que aquele negócio sobre o alho. E vampiros
não se importam em ensinar crianças. Vampiros são aterrorizantes.”
“Obrigado”, Simon disse. “É uma piada, Isabelle. Ele é o Conde. Ele gosta
de contar. Sabe. ‘O que o Conde comeu hoje, crianças? Um biscoito de
chocolate, dois biscoitos de chocolate, três biscoitos de chocolate...’”
Houve um sopro de ar frio enquanto a porta do restaurante se abria,
entrando outro cliente. Isabelle estremeceu e alcançou sua echarpe de seda preta.
“Não é realístico.”
“O que você preferiria? ‘O que o Conde comeu hoje, crianças? Um aldeão
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Atualizado até capítulo 31
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