Indefeso, dois aldeões indefesos, três aldeões indefesos...”
“Shh.” Isabelle terminou de enrolar sua echarpe ao redor de sua garganta e
se inclinou para frente, colocando sua mão no pulso de Simon. Seus grandes
olhos negros estavam de repente vivos, o modo que eles apenas ficavam vivos
quando ela estava caçando demônios ou pensando sobre caçar demônios. “Olhe
ali.”
Simon seguiu seu olhar. Havia dois homens em pé perto da prateleira de
vidro que continha itens de padaria: bolos densamente confeitados, pratos de
rugelach, e Danishes recheados de creme. Nenhum deles parecia como se
estivessem interessados em comida. Ambos eram baixos e terrivelmente
esqueléticos, tanto que seus ossos do rosto projetavam de seus rostos como facas.
Ambos tinham um fino cabelo grisalho e olhos cinza pálidos, e usavam casacos
acinturados que iam até o chão.
“Agora”, Isabelle disse. “O que você acha que eles são?”
Simon estreitou os olhos para eles. Ambos olhavam de volta para ele, seus
olhos sem cílios como buracos vazios. “Eles são como gnomos maus de jardim.”
“Eles são humanos subjugados”, Isabelle sibilou. ”Eles pertencem a um
vampiro.”
“Pertencem a um...”
Ela fez um ruído impaciente. “Pelo Anjo, você não sabe nada sobre sua
espécie, sabe? Você nem mesmo sabe como vampiros são feitos?”
“Bem, quando uma mamãe vampiro e um papai vampiro amam muito um
ao outro...”
Isabelle fez uma careta para ele. “Ótimo, você sabe que os vampiros não
precisam ter sexo para se reproduzirem, mas eu aposto que você realmente não
sabe como isso funciona.”
“Eu também sei.” Simon disse. “Eu sou um vampiro por que eu bebi um
pouco de sangue de vampiro antes que eu morresse. Beber sangue mais morte é
igual a vampiro.”
“Não exatamente”, Isabelle disse. “Você é um vampiro por que você bebeu
um pouco do sangue de Raphael, e então foi mordido por outros vampiros, e
então você morreu. Você precisa ser mordido em algum ponto durante o
processo.”“Por quê?”
“A saliva do vampiro tem... propriedades. Propriedades transformadoras.”
“Eco”, Simon disse.
“Não faça eco para mim. Você é quem tem o cuspe mágico. Vampiros
mantêm humanos ao redor e se alimenta deles quando tem falta de sangue —
como máquinas de lanche que andam”, Izzy falou com desgosto. “Você acharia
que eles estariam fracos por perder sangue o tempo todo, mas a saliva vampira na
verdade tem propriedades curativas. Ela aumenta sua contagem de células
vermelhas do sangue, faz elas mais fortes e mais saudáveis e os faz viver mais. É
claro, de vez em quando o vampiro decidirá que ele precisa mais do que um
lanche, que precisa de um subjugado — e então começará a alimentar seus
humanos mordidos com pequenas quantidades de sangue vampiro, só para
mantê-lo dócil, manter conectado a seu mestre. Subjugados adoram seus
mestres, e ama servi-los. Tudo o que eles querem é estar ao lado deles. Como
você estava quando você voltou ao Dumont. Você foi atraído de volta para o
vampiro cujo sangue você tinha consumido.”
“Raphael”, Simon disse, sua voz fria. “Eu não sinto uma urgência para estar
com ele ultimamente, deixe-me lhe dizer.”
“Não, isso se foi quando você se tornou um vampiro completo. Apenas os
subjugados adoram seus progenitores e não pode desobedecê-los. Você não vê?
Quando você voltou ao Dumont o clã de Rafael drenou você, e você morreu, e
então se tornou um vampiro. Mas se eles não o tivessem drenado, se ao invés,
eles tivessem dado a você mais sangue vampiro, você eventualmente teria se
tornado um subjugado.”
“Isso tudo é muito interessante”, Simon disse. “Mas não explica o porquê
de eles estarem olhando para nós.”
Isabelle olhou de volta para eles. “Eles estão olhando para você. Talvez o
mestre deles morreu e estejam procurando por outro vampiro para ser dono
deles. Você poderia ter bichinhos de estimação.” Ela sorriu.
“Ou”, Simon disse. “Talvez eles estejam aqui pelos hash brown2
.
“Humanos subjugados não comem comida. Eles vivem de uma mistura de
sangue vampiro e sangue animal. Eles os mantêm em um estado de animação
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Atualizado até capítulo 31
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