cheios de flores.

Interior do restaurante estava escuro, com um bar em mármore em uma

parede. Nenhum empregado ou garçom se aproximaram deles enquanto iam

através do salão para uma porta atrás, e através da porta para o jardim.

Muitos restaurantes de Nova York tinham terraços, poucos estavam

abertos até tarde durante o ano. Este estava em um jardim entre vários prédios.

As paredes tinham sido pintadas em trompe l’oeil3 mostrando jardins italianos

cheios de flores.

As árvores, suas folhas se tornado douradas e avermelhadas com o outono,

eram arranjadas com correntes de luzes brancas, e lâmpadas incandescentes

espalhadas entre as mesas davam um brilho avermelhado. Uma pequena fonte

jorrava musicalmente no centro do jardim.

Apenas uma mesa estava ocupada, e não por Raphael. Uma mulher esguia

em um chapéu de abas largas sentava-se em uma mesa próxima a parede.

Enquanto Simon observava espantado, ela levantou uma mão e acenou para ele.

Ele se virou e olhou atrás dele; havia, é claro, ninguém atrás dele. Srs. Walker e

Archer começaram a se mover novamente; confuso, Simon os seguiu enquanto

eles cruzavam o jardim e paravam a pouca distância de onde a mulher se sentava.

Walker curvou-se. “Mestre”, ele disse.

A mulher sorriu. “Walker”, ela disse. “E Archer. Muito bem. Obrigada por

trazer Simon até mim.”

“Espere um segundo.” Simon olhou da mulher para os dois subjugados.

“Você não é Raphael.”

“Claro que não.” A mulher removeu seu chapéu. Uma enorme quantidade

de cabelo loiro prateado, brilhante nas luzes de Natal, se derramou sobre seus

ombros. Seu rosto era suave, branco e oval, muito bonito, dominado por enormes

olhos verdes claros. Ela usava longas luvas pretas, uma blusa preta de seda e saia

justa, e uma echarpe preta amarrada ao redor de seu pescoço. Era impossível

dizer sua idade — ou pelo menos que idade ela poderia ter tido quando ela foi

transformada em um vampiro. “Eu sou Camille Belcourt. Encantada em

conhecê-lo.”

Ela estendeu uma mão enluvada.

“Foi me dito que eu ia me encontrar com Raphael Santiago aqui”, Simondisse, não chegando a tomá-la. “Você trabalha para ele?”

Camille Belcourt riu como uma fonte agitada. “Certamente que não!

Embora uma vez ele tenha trabalhado para mim.”

E Simon se lembrou. Eu pensei que o chefe era outro alguém, ele tinha

dito a Raphael uma vez, em Idris, foi como há muito tempo atrás.

Camille ainda não voltou para nós, Raphael tinha respondido. Eu lidero

em seu lugar.

“Você é a líder dos vampiros”, Simon disse. “Do clã de Manhattan.” Ele se

virou para os subjulgados. ”Vocês me enganaram. Disseram-me que eu ia me

encontrar com Raphael.”

“Eu disse que você ia se encontrar com nosso mestre.” Disse Sr. Walker.

Seus olhos eram tão amplos e vazios, tão vazios que Simon se perguntou se eles

tinham desejado realmente enganá-lo, ou eles eram simplesmente programados

como robôs para dizerem o que quer que seus mestres dissessem para eles dizer, e

inconscientes dos desvios do script. “E aqui está ela.”

“De fato.” Camille lançou um sorriso brilhante em direção a seus

subjulgados. “Por favor, nos deixe, Walker, Archer. Eu preciso falar com Simon

sozinha.” Houve algo no modo que ela disse isso — ambos seus nomes, e a

palavra “sozinha” — que era como um segredo íntimo.

Os subjulgados se curvaram e se retiraram. Enquanto Sr. Archer se virava

para se afastar, Simon captou a visão de uma marca no lado de sua garganta, um

profundo hematoma, tão escuro que parecia como pintura, com dos pontos mais

escuros dentro dele. Os pontos escuros eram perfurações, cercadas com carne

seca e irregular. Simon sentiu um silencioso estremecer passar através dele.

“Por favor”, Camille disse, e bateu no assento ao lado dela. “Sente-se.

Gostaria de um pouco de vinho?”

Simon se sentou, equilibrando-se desconfortavelmente na beirada da

cadeira dura de metal. “Eu não bebo, na verdade.”

“É claro”, ela disse, simpática. “Você é quase um novato, não é? Não se

preocupe demais. Com o tempo você se treinará a se acostumar a vinho e outras

bebidas. Alguns dos mais velhos de nossa espécie podem consumir comida

humana com poucos efeitos prejudiciais.”

Poucos efeitos prejudiciais? Simon não gostou do som daquilo. “Isso vai

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