Cap 4 - Ele se senta no sofá onde tirou minha inocência.

Contém:

⚠️ Estrupø, abuso emocional.

⚠️ Se não aguentar ler, não leiam.

⚠️ E jamais romantize nada assim.

… 🔸🔸🔸…

A casa de Makenna não chega a ser uma mansão, mas é grande e clara, com paredes brancas e bem linda e clássica.

Nos arrumamos no seu quarto. Ela me empresta um vestido verde nem tão escuro e nem muito claro, verde folha, curto que pega na metade da minha coxa. Sandália preta alta presa no tornozelo. Brincos e anéis verdes combinando com o vestido. Batom nude escuro e maquiagem marcante. Ondulo um pouco meus cabelos deixando eles mais volumosos.

Make veste um vestido também curto pegando no alto de sua coxa, preto tomara que caia com mangas longas. Sandália parecida com a minha, com a diferença no salto. Brincos pretos e uma gargantilha de corações. Dedos cheios de anéis pratas. Maquiagem com um vinho escuro e olhos bem marcados como os meus. Sua boca destaca um batom vermelho vivo que combina com ela. Os cabelos estão cheios descendo pelas suas costas, um pouco abaixo de sua cintura.

Harry chega 10 minutos depois que acabamos de nos arrumar. Pontual. Ele está vestido de uma forma simples, mas lindo do mesmo jeito.

Nos despedimos dos pais de Make e vamos para Phonox.

Um clube lindo e espaçoso, que se encontra lotado, luzes coloridas mudam a cada batida da música. Passamos sem nenhum problema pelo segurança, que nem pede a nossa identidade e nem foi preciso frequentar a fila do lado de fora.

— Como vocês conseguiram isso? — pergunto a eles que me olham sorrindo.

— Esse cara que conheci tem contatos, parece que o melhor amigo dele é dono da metade de Londres — Harry me responde.

— É sério? Uau.

Vamos direto para as mesas que ficam no canto de Phonox.

— O que vocês vão querer beber? — Haz pergunta ainda de pé.

— Sex on the Beach. — respondo.

— Caipirinha de morango, maracujá e pimenta com pouco açúcar e bastante vodca — Makenna faz o pedido dela.

Ele assente e caminha até o bar onde um barman lindo e loiro está atendendo mais algumas pessoas com uma morena também muito bonita ao seu lado.

… 🔸🔸🔸…

Após três sex on the beach e uma caipirinha de morango, maracujá e pimenta, nós três estamos dançando na pista de dança. Makenna com um loiro de olhos azuis incríveis, Harry com o cara que ele estava conhecendo que apareceu de uma hora para outra atrás dele e eu com um moreno de olhos verdes que é igual a cor do meu vestido.

A música muda e começa a tocar Partition de Beyoncé. Estamos costas coladas no peito de moreno que se chama Airon. Suas mãos estão em minha cintura. Seus lábios em meu pescoço, lambendo e chupando a minha pele. Rebolo contra ele, sentindo o endurecimento atrás de mim. Meu vestido sobe um pouco quando rebolo até o chão e subo de volta me virando para ele, sorrio, antes de morder meus lábios.  Passo minhas mãos pelo seu corpo, até estar de frente para ele. Meus braços circulam seus ombros e meus dedos puxam os fios de cabelos da sua nuca. Airon perde o controle e me beija, seus lábios devoram a minha boca. Uma de suas mãos descem pelo meu corpo, até minha bunda, onde ele aperta e aproxima ainda mais o meu quadril do seu. Seu membro duro roça minha barriga. Mas antes que sua mão adentre o meu vestido, meu corpo é separado brutalmente do seu.

Fico perdida sem entender nada ao abrir os olhos e ver um cara socando Airon, até perceber que esse cara é o marido da minha irmã.

— Liam?! — olho ao redor procurando por Makenna e Harry e não encontrando nenhum dos dois.

Os seguranças aparecem, agarrando os dois responsáveis pela briga. Quando eles olham para o Liam, o soltam na mesma hora e pedem desculpa.

— Oi?!

— Levem ele daqui — o mesmo dá uma ordem para os seguranças. Fico tonta sem entender nada. — Vamos embora!

Ele segura minhas mãos me puxando, me soltando dele, procurarei meus amigos, no entanto, antes que eu consiga chegar na mesa sou jogada sobre seus ombros.

— Eu disse que vamos embora, Leah. Você quer ou não — começo a me debater eu seu ombro.

— Me solta. Me coloque no chão, Liam! — Dou socos em suas costas. Ele muda o caminho da saída, indo para a esquerda até uma pequena escada, ele começa a subir comigo ainda em seus ombros.

Entramos em uma sala escura, que ele tranca e depois acende a luz. O lugar nada mais é do que escritório, com tons escuros, uma mesa e dois sofás, mais uma porta ao canto.

Como ele sabia desse lugar?

— Por que estamos aqui? — pergunto, após ser jogado no sofá do escritório de cor escura — Por que você está aqui, aliás?

— Passar o fim de semana na casa da Makenna estudando? É essa a desculpa para vir para uma boate e se esfregar no pau do primeiro que aparece, e quase transar com ele na pista de dança na frente de todo mundo?

— Não sei por que você se importa tanto com quem fico me esfregando ou queira transar? O corpo é meu para eu dar a quem eu quiser, Liam. Você não tem nada a ver com isso — ele avança sobre mim, me prendendo no sofá.

— Aí que você se engana, anjo. Esse corpo é meu. Ele me pertence desde o primeiro dia em que eu a vi. Há quase oito anos — seu corpo cobre o meu. Sua língua, lambe o meu rosto.

— O quê? — tento me afastar, mas estou presa debaixo dele — Eu ainda era uma criança, você é doente.

Ele sorri, um sorriso doentio. Olhar vidrado. Seus lábios, beijam o meu ombro esquerdo, e vão subindo pelo meu pescoço, até ele estar sugando o lóbulo da minha orelha, chupando o brinco junto.

— Esperei tanto por esse momento — sussurra em meu ouvido, antes de descer seus lábios, novamente pela minha pele — Eu iria esperar você completar a maioridade, mas você começou a se rebelar, se drogar, beber, ter garotos no seu quarto.

Olho em volta da sala, tentando achar alguma coisa que me faça se livrar dele. Não consigo encontrar nada.

— E a Emma? — tento manter ele falando para atrasar seus lábios e suas mãos em meu corpo, enquanto tento pensar em algo para escapar dele.

— Emma? Ela foi apenas um meio para chegar até você.

Merda. Essa história está ficando cada vez mais assustadora.

— Por que eu? — lágrimas rolam pelo meu rosto, quando não consigo encontrar uma solução que me tire daqui.

— Você já era audaciosa aos oito anos. Fiquei admirado com a sua atitude tão petulante. Depois foi virando obsessão, à medida que crescia e quando chegou a adolescência, descobri que queria você para mim.

— Você é um completo de um lunático.

— Sou, sim, por você. E já que estava tão disposta a dar para aquele cara na pista de dança. Vou satisfazer o seu desejo anjo — num gesto rápido e sem que eu consiga evitar que o vestido que a Make me emprestou, é rasgado por ele, que me deixa agora apenas de calcinha vermelha em sua frente. Tampo meus seios com os meus braços, trêmulos.

— L-Liam… por favor. N-não faça isso. Por favor — suplico.

Minha calcinha tem o mesmo destino do vestido. Tento esconder minha nudez dele.

— Alguém me ajuda! Socorro! — ele começa a gargalhar.

— Está escutando isso? — não ouço nada, apenas silêncio — Nada? Pois é, a sala é a prova de som, tanto por dentro, quanto por fora. Nada do que acontecer aqui, poderá ser ouvido. Mas se quiser continuar gritando anjo… — ele tira minhas mãos do meu corpo, as levando para cima da minha cabeça.

Ele senta sobre mim, sem realmente soltar seu peso em mim, ao se inclinar e amarrar minhas mãos com um pano. Tento puxá-las, mas elas não se movem do lugar, ele as prendeu em algum lugar, após amarrá-las.

Presa, ele sorri novamente descendo seus olhos pelo meu corpo, admirando cada curva minha. Suas mãos me tocando, tomando tudo o que ele quer. Começo a chorar novamente quando ele abre minhas pernas.

— Liam… por favor. Por favor!

— Shh, prometo ser carinhoso, anjo.

Choro ainda mais, quando seus lábios se juntam às suas mãos, explorando o meu corpo. Ora gentis, ora agressivos.

Meus seios ardem, quando ele morde e suga com força, toda vez que tento lutar contra ele.

Liam vai deixando rastros de marcas vermelhas pelo meu corpo, marcando toda a minha pele. Tento fechar minhas pernas, quando seus lábios pairam sobre a minha intimidade. Dois tapas fortes são dados na minha perna. E a promessa de ser carinhoso vai embora, quando minhas pernas são abertas a força e seus dentes mordem meu músculo sensível.

Gemo de dor, vergonha, medo e tristeza. Ele estava roubando tudo de mim.

                                                                             … 🔸🔸🔸…

Estou sentada no chão embaixo do chuveiro do pequeno banheiro do escritório de Phonox. A água que escorre de mim dá um contraste rosa no piso branco do box.

Não tem nem cinco minutos que ele saiu daqui quando Liam volta com uma toalha em mãos, uma igual a que está enrolada em sua cintura, mas uma blusa branca dele, que deve bater um pouco acima do meu joelho.

— Vem! — me ajuda a me levantar e me enrola na toalha — Não encontrei mais nada que você pudesse usar.

Sou levada de volta para a sala escura. Ele se senta no sofá onde tirou minha inocência. Sinto que uma parte de mim também morreu hoje, aqui, neste mesmo sofá na qual estamos agora.

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