Mirima dá as costas para ela para não demonstrar o que sentia, e diz com uma voz séria, tentando evitar demonstra algum sentimento, e da forma mais fria que conseguia:
— Pena que não sinta o mesmo por você, a única coisa que não quero é me sentir responsável pela sua morte ou por sua transformação, não quero ter essa culpa em minhas costas
Aquelas palavras são como farpas no coração de Luna que chora, enquanto Mirima, a deixa sozinha, saindo e selando a caverna para que ela não saia.
Então Enzo desloga do jogo, respira fundo, enquanto retira o equipamento, sente as lágrimas que molhavam seu rosto, por dizer aquilo e machucá-la daquele jeito, pensou que sentiria algum prazer em humilhá-la, mas não, estava doendo o fundo de sua alma, lhe doía o coração.
Ele se dirige a mesa de bebidas que tinha em seu escritório, pega um copo de uísque, e vira de um só gole, e se pergunta:
— Por que isso me dói tanto ainda? Luna porque não consigo te esquecer? — diz Enzo dando um murro na parede furioso, depois ele senta no chão e chora com as mãos no rosto — … por quê, por que tinha de querer me vingar de você? — diz olhando a tela aonde aparecia Luna, em seu escritório fazendo os testes do jogo — ... Você continua tão linda como sempre... Você nunca teve olhos para mim antes, como você pôde fazer um personagem com uma aparência tão similar a minha, sem nunca ter visto minha aparência atual? — diz Enzo, curioso, com a coincidência.
— Está tudo bem? — pergunta Angel sua secretária que estava entrando, preocupada.
— Está tudo ótima Angel, mas o que você faz aqui ainda? Já não passou do seu horário?— diz Enzo fatigado.
— Te escutei murmurando sozinho...
— Não é nada, está tudo bem, como eu já disse — diz Enzo, nervoso, querendo que Angel o deixasse sozinho.
— Vim verificar como está? Você não acha que está trabalhando demais?
— Angel, o vírus que desenvolvemos, se ativou antes do programado, e causou alguns problemas que estou tentando contornar, por isso estou cansado e preciso de um tempo.
— Tudo bem, trouxe algo para você comer.
— Deixe aí, já vou comer, pois tenho de voltar ao trabalho.
— Porque você não descansa por hoje, você está muito tempo neste jogo, precisa mesmo jogá-lo?
— Já falei, tivemos algumas complicações e tenho de retardar o vírus de dentro deste, e por favor saia e pare de me importunar. — diz Enzo rispidamente.
— Você precisa ser tão grosso Enzo? Eu só estou querendo que você descanse, afinal de contas você não é de ferro e está jogando desde cedo, por que não entrega isso a outra pessoa temporariamente até amanhã de manhã?
— Já disse para você parar de me importunar, eu quero resolver esse problema pessoalmente.
— Enzo, isso tem a ver com aquela sua namoradinha do colegial, que está trabalhando para você?
— Já disse que nunca namorei aquela garota...
— Sim, Enzo, mas lembro que você era totalmente apaixonado por ela, e que esta te humilhou, na frente da escola inteira lembro como se fosse hoje porque a coisa que mais amava no mundo era o jogo que estava criando, era tão egocêntrica, que não deixava você se aproximar, disse na frente do colégio inteiro que não era bom o suficiente para ela. Por que você a contratou?
— JÁ DISSE PARA NÃO ME PERTURBAR ANGEL, ME DEIXE EM PAZ. — diz Enzo gritando em um ataque de fúria.
— Está bem Enzo, mas vê se come algo no mundo real antes de voltar ao jogo.
— SAIA DAQUI... — grita Enzo, perdendo a paciência, jogando o copo vazio de sua mão, na parede.
— Está bem, estou indo embora, até amanhã.
Enzo come a comida que Angel havia, lhe levado, depois respira, recoloca, o equipamento e volta para o jogo. Não podia deixar Luna muito, tempo sozinha, tinha medo que algo grave acontecesse enquanto estava deslogado.
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Atualizado até capítulo 70
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