Capitulo 5

O elfo a leva para uma gruta, Luna ao entrar repara que tinha alguns móveis rústicos feitos a mão, ele a coloca delicadamente sobre uma cama coberta com peles de animais:

—  Não repare na modéstia da minha habitação, fui expulso do meu povoado quando comecei a me transformar em elfo negro, não sei bem como aconteceu, só sei que nunca me transformei por completo, pois sou um elfo negro apenas na superfície... —  diz ele enquanto aviva a lareira improvisada que tinha.—  sei que não pareço ser bom, mas a maldição, felizmente só infectou meu corpo, meu coração e minha alma continuam puros como a de qualquer outro elfo, sei que nós não matamos, mas era o único jeito de sobreviver aqui fora, mato somente para me defender, sem ódio no coração... você está com fome?… deve estar, tenho uma sopa de legumes. —  diz ele tentando sorrir com seus dentes amarelos e horríveis, para Luna, enquanto coloca uma panela na lareira. —  Mas acho que irá querer tomar um banho antes, para tirar este sangue, de seu corpo.

—  Você... não... me... fará mal? —  pergunta, Luna ainda confusa.

—  Não, se fosse para ter lhe feito algum mal, já teria feito, pois não corri com toda a minha velocidade, pois queria protegê-la, não a deixar mais apavorada, na verdade, corro muito mais rápido que você, e vê minhas unhas?... lhe rasgariam facilmente se eu quisesse, você viu o que fiz com as harpias. —  diz ele mostrando as unhas.

Enquanto Luna estremece com suas palavras, imaginando-o a rasgando com suas unhas que pareciam mais garras, de tão animalescas, e lembrando do que ele havia feito com as harpias. O elfo lhe pergunta, tirando-a de seus pensamentos:

— Você não é dessas terras? Não sabe que aquelas terras pertencem ao grande dragão negro, as harpias, e a outros seres malignos, há muito tempo? Você é a primeira Elfa que entra ali e consegue sair com vida, a sua sorte é que senti você, ainda não sei como, mas senti… meu nome é Mirima e o seu?

— Luna.

" Mirima!? ... Não podia ser... É o NPC que desenhei com tanto carinho"

Pensa com o coração partido de vê-lo daquele jeito, quando Mirima interrompe seus pensamentos.

—  Belo nome, mas qual seu nome élfico? Pois você é uma elfa, pelo que vejo, e muito poderosa, mesmo sem saber o tamanho de seu poder, senão, jamais conseguiria entrar nessas terras, pois elas têm um bloqueio mágico, e só quem tem uma magia poderosa igual à minha consegue entrar aqui.

—  Meu nome élfico... é Mirimë. —  disse Luna. —  Mas prefiro ser chamada pelo meu nome humano, estou mais acostumada.

Recordava que havia desenhado a Mirima, como, um NPC muito especial, estava imaginando como havia virado um elfo negro, o havia desenhado como um elfo livre, que morava em uma bela casa na árvore, e fora da vila dos elfos, com belos olhos cor do céu, cabelos dourados e compridos, com asas brancas de 6 metros de comprimento cada, diferente dos outros elfos que tinham cabelos brancos e uma pele clara, e asas menores, mas o que via no lugar do personagem angelical que criara era um ser grotesco com cabelos negros e pegajosos, pele fria, arroxeada e nojenta, parecia a pele de um cadáver e olhos totalmente vermelhos, e as asas eram negras, com garras nas pontas, pareciam as asas de um corvo, sua aparência estava lhe dando arrepios, não sabia ainda o que estava acontecendo.

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