Capítulo 9

No outro dia pela manhã, Luna acorda meio zonza sentindo um cheiro maravilhoso de comida, fazendo seu estômago roncar, esquecendo que estava dentro do jogo, se levanta sem abrir os olhos direito, ao ver movimento ela diz:

— Hum que cheiro bom, mãe, o que fez para o café?

— Não sou sua mãe, Luna, abra bem seus olhos e acorde. — diz Mirima delicadamente, tentando que sua voz não saísse assustadora

— Aí desculpe.... — diz Luna, sem jeito, ao escutar a voz de Mirima, acordando imediatamente e percebendo, que ainda estava presa no jogo, e que realmente o que havia passado no dia anterior não havia sido apenas um sonho.

— Fiz Lembas, e vinho.

— Lembas? O que seria isto? — diz confusa, sem saber exatamente o que era aquilo, mas sem conseguir olhar ainda para ele.

Mirima percebe que ela estava evitando olhar para sua aparência horrível com certo pesar, e responde magoado, mas tentando evitar demonstrar:

— É o que vocês humanos chamam de pão, só que este é um pão élfico, que com poucas mordidas, pode saciar sua fome, durante muito tempo.

— Interessante, nunca comi nada assim. — diz ainda evitando encará-lo.

— Vou ajudá-la a se levantar para conseguir sentar-se à mesa.

— Não… não precisa, eu posso me levantar sozinha. — diz querendo evitar dele se aproximar, só de imaginar o contato com a pele fria dele, lhe dava arrepios.

Quando ela se senta, ele vai, fazer o resto de seus afazeres:

— Você não irá se sentar para comer comigo? — pergunta Luna penalizada, pela atitude dele.

— Não, você, mesmo sendo metade elfo, é superior a mim, não sou digno de me sentar à mesa com uma Elfa como você. Sou muito grotesco, e não quero estragar seu apetite.

— Eu sinto… — realmente ela não conseguia olhar para ele. Mas, ao mesmo tempo que ele lhe causava repulsa, lhe dava pena.

— Não precisa se desculpar, sei que você, não consegue trocar algumas palavras, olhando para mim. Sei que sou grotesco, e apesar de ser bom, sei que assusto, mesmo não querendo, isso me magoa, mas sei bem o lugar deste servo.

— Você não… — diz tentando olhar para ele, mas ao vê-lo volta a desviar o olhar, estremecendo de repulsa.

—    Já disse, não precisa me olhar. Mas farei algo para lhe deixar mais confortável. — diz Mirima, pegando uma capa e se cobrindo com capuz, coloca também luvas negras e uma máscara.

—   Pronto, agora talvez eu lhe deixe mais confortável.

Ela o olhou, estava mais fácil de olhar para a figura dele, e havia realmente ficado mais confortável:

— Obrigado Mirima. E me desc...

— Já disse que não precisa pedir desculpas. — diz Mirima a interrompendo.

Luna fica em silêncio, enquanto Mirima, retorna a seus afazeres, quando estava tomando café, Círdan se esfrega em seu tornozelo torcido, ronronando e logo depois sobe em cima da mesa, e fica a olhando curioso:

— Pelo jeito, Círdan, gostou de você, não é amiguinho — diz Mirima, sorrindo por baixo da máscara, e fazendo com que sua voz soasse o mais doce e menos horripilante possível.

— Onde você o encontrou.? — pergunta Luna curiosa, acariciando ao pequeno gato.

— Não fui eu que o encontrei, estava andando pela floresta, atrás de algo para comer, e ele me encontrou e desde então têm sido meu companheiro, mas esse gato só dorme, às vezes converso com ele, mas não sei se me compreende, sempre foi assim ele me faz companhia, e eu trago peixes frescos para ele, acabou se tornando um gato preguiçoso, que não sai desta caverna, e não me serve para muita coisa.

O gato olha-lhe com um olhar de desdém, e desce da mesa, e pula novamente na cama, se espreguiçando e se deitando preguiçosamente.

— Você está em condições de começar seu treinamento? — pergunta Mirima, preocupado.

— Acredito que sim, por incrível que pareça, o meu tornozelo, não dói mais.

Ele olha para o gato, deitado preguiçosamente na cama, e percebe que aquele gato não era tão inútil quanto, imaginava, pois este havia curado o tornozelo de Luna quando se esfregou ronronando nele.

— Que bom, então acabe de tomar seu café, pois lhe ensinarei a forjar suas próprias armas.

— Você não irá me ensinar a lutar?

— Todo guerreiro elfo, para se conectar com sua arma, deve forjá-la e por seu coração e sua alma nisso. — na verdade, ele estava mentindo, queria seguir jogando com Luna, mais um pouco, e aproveitar esta oportunidade, já que não conseguia se aproximar dela, no mundo real, á muito tempo esperava conseguir se aproximar, e estava se sentindo bem cuidando dela, queria mostrar-lhe o quanto a admirava, quem sabe assim pudesse ter uma chance no mundo real.

— Bom, se você está dizendo. Faremos assim. — ela não quis, contrariá-lo, pois não sabia até que ponto haviam corrompido seu jogo, e como Augusto era, saudosistas, imaginou que se foi ele a corrompê-lo, poderia ter alterado o código onde o jogador, não era obrigado a criar seus armamentos, pois poderia comprá-los.

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Comments

Lucilene Palheta

Lucilene Palheta

gente ele que colocou ela lá, eita isso parece que vai ser bom kkk

2024-04-10

1

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