Capítulo 10

Eles vão para fundição que ele havia montado em outra parte da caverna:

— Nossa, aqui é quente!

— Sim, minha forja nunca se apaga, por isso de ser tão quente aqui, nós trabalharemos com Mithrill, é um metal extraído pelos anões, mas tenho meu próprio estoque que extraio dessas montanhas, pois por sorte uma das entradas dessa caverna, dá em uma mina, desse metal precioso.

— Vai me ensinar a extrair este metal também. — diz Luna, em tom divertido sem pensar.

— Não — diz Mirima em tom sério. — isso não é necessário, eu já extraí o suficiente para forjarmos algumas armas.

Ao perceber que a voz dele soou mais assustadora, do que o normal, ela estremece, e responde receosa:

— Desculpe Mirima, não foi minha intenção magoá-lo.

Mirima, ao perceber que estava assustada, mas estava sendo sincera, e que a voz dele havia soado assustadora, diz:

— Este servo que deve pedir desculpas, só quis adiantar as coisas, para poder lhe ensinar a forjar suas próprias armas caso algo aconteça comigo, pois jamais me perdoaria se você se machucasse de alguma forma. — diz tentando que sua voz soasse, o menos, assustadora possível.

— Preciso mesmo aprender a forjar? Sei que tem armas mágicas, que podem me ajudar.

— Sim, mesmo tendo algumas armas mágicas prontas, elas têm a minha essência, e é perigoso você tentar se conectar a elas, se você conseguisse, poderíamos pular esta parte, mas caso não consiga é arriscado, pois pode lhe machucar e muito, elas sugarão parte da sua essência, lembre-se que sou um elfo negro.

— Não importa quero arriscar, preciso conseguir uma arma rápido, pois preciso aprender a me defender o mais cedo possível, para sobreviver neste mundo, estou disposta a arriscar.

— Mas não posso correr o risco de lhe perder. — murmura Mirima tristemente, sem pensar.

— Como?! — pergunta Luna confusa.

— Nada, já que você quer arriscar, me siga. — diz Mirima resignadamente, ele tinha que agir como um NPC, não podia demonstrar sentimentos e deixá-la perceber ter alguém por trás, do personagem.

Ele a leva até uma sala onde tinha diversas armas prontas:

— Escolha com sabedoria, sinta a arma com cuidado, ao fazer uma escolha errada, poderá ser consumida pela arma até se transformar em um elfo negro como eu, mas como é metade humana não sabemos o que poderá acontecer. — diz Mirima preocupado. — Você tem certeza, que quer arriscar?  Não tens treinamento, para aguentar a força maligna de minhas armas, pois mesmo tendo uma essência boa, por ser um elfo negro, têm às duas essências em minhas armas, é arriscado.

— Tenho, Mirima, preciso aprender a me defender o mais rápido, possível, pois tenho de entender o que está acontecendo aqui, e voltar para o meu mundo.

— O quê? Só existe um mundo… do que você está falando? — pergunta Mirima, pois a pessoa por trás do personagem sabia que tinha de parecer não ter conhecimento do mundo, real.

— … é… eu quis dizer assim poderei voltar para minha vila, ela foi incendiada…

— Ela foi incendiada por quem?… De que vila você veio? Conheço o mundo inteiro.

— Por favor… deixa para lá, eu apenas preciso aprender a me defender o mais rápido possível, para me tornar uma guerreira forte… — diz Luna confusa, e furiosa consigo mesma, por ter se enrolado ao falar de outro mundo, claro que para Mirima aquele era o único mundo, ele era apenas um NPC, e seus arquivos só tinham dados daquele mundo.

— … Certo não importa, escolha a arma com cuidado… — diz Mirima, parecendo não se abalar, e vendo que queria cortar a conversa.

Ela olha as armas, e decide escolher um jogo de espadas duplas sem pensar, ao pegar as armas cai imediatamente ao chão com uma dor imensa em seu coração, Mirima tenta retirar a espada de suas mãos, mas é jogado para longe, pois as espadas haviam se conectado a essência dela e agora, pertenciam uma à outra.

Aconteceu o que Mirima temia, agora ele sabia o que deveria fazer, mas não poderia informar sobre isso, não agora, pois tinha algo mais importante para se preocupar, devia ensiná-la a se defender, a usar golpes mágicos, mas informá-la que deveria evitá-los ao máximo, pois isso aceleraria o enegrecimento de seu coração, havia avisado do risco, ela não quis escutá-lo, a decisão foi dela.

Não podia deixá-la morrer, ele a odiava, sim, mas também a amava, e não queria machucá-la, a intenção dele era somente destruir o jogo, mas teria de atrasar seus planos, era arriscado continuar enquanto, Luna estivesse presa neste.

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Comments

Lucilene Palheta

Lucilene Palheta

caramba ,acho que é o Augusto,invejoso do sucesso dela ,só pode ser

2024-04-10

1

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