capitulo 14

Então Luna, enxuga-lhe a lágrima que escorria, enquanto imaginava o verdadeiro ele que havia desenhado, passava os dedos pelos contornos do rosto dele e nesse momento algo acontece... Mirima começa a brilhar e aos poucos começa a tomar a forma verdadeira dele, seus olhos começam a clarear e voltam ao normal, suas unhas começam perder a forma de garras e diminuírem, sua pele começa a suavizar, seus cabelos começam clarear até ficarem dourados, e suas asas começam a crescer e ficam brancas, e tomam a verdadeira forma, enquanto seus dentes clareiam, Luna não estava acreditando no que via aquele era o verdadeiro Mirima que havia desenhado, mas não entendia como havia feito aquilo, ela sente uma dor aguda no peito:

— PARE LUNA, ISTO IRÁ ACELERAR O ENEGRECIMENTO DE SEU CORAÇÃO. — grita Mirima desesperado, chorando, tira as mãos dela de seu rosto imediatamente.

Mas era tarde, ele já havia voltado completamente ao normal, e ela havia usado uma magia poderosa, e nesse momento a ponta dos dedos dela começam a roxear, e ela cai enfraquecida de joelhos no chão.

— POR QUE VOCÊ FEZ ISSO? — grita Mirima furioso.

Luna responde com muita dor ainda, e com uma voz fraca:

— Mirima... eu... não sei... como fiz... isso.

Mirima suspira, e explica:

— Para usar magia você tem de imaginar o que deseja, e colocar sua emoção nisso, só elfos com muita magia conseguem fazer isso de primeira, você é uma elfa mais forte do que imaginei..., mas, como está com a essência maligna de uma arma, ativa também a energia negra dessa essência maligna, na mesma quantidade fazendo as espadas sugarem sua energia vital.

— Eu te curei Mirima, agora você pode me ajudar.

— Infelizmente não, pois mesmo não sendo mais um elfo negro ainda é minha essência na arma, não tenho como tirar minha própria essência de você.

— Se sabia que era possível usar a magia dessa forma porque nunca a usou antes, para voltar a sua aparência?

— Vamos voltar a minha casa, eu lhe explico no caminho. — responde Mirima a pegando no colo, e caminhando com ela em seus braços, explica. — Primeiramente, um elfo não pode curar a si mesmo, e tudo neste mundo tem um lado bom, mas não completamente bom, e um lado mal, mas não completamente mal. Só que com os elfos funciona diferente, um elfo ou é completamente bom e puro, ou completamente mal e perverso, o que faz que sua magia seja igual, se um elfo bom tenta curar alguém ele consegue, e se um mal tenta fazer isso ele suga a essência deste alguém... Os elfos da vila, nunca conseguiram curar um elfo transformado, por isso quando viram que eu havia me tornado um elfo negro se desfizeram de mim, pela segurança da comunidade élfica...

— Mas você só em aparência era um elfo negro.

— Eu tenho os dois dentro de mim, pois um elfo se torna negro a partir da hora que ele deixa a ira, a inveja, o ódio tomar conta, e mata a alguém, sua essência é contaminada, então se torna um elfo negro sem alma, cuja mordida, pode contaminar a essência de outros seres que os levam a ter de enfrentar seus maiores medos dentro de sua mente, e se for forte não é contaminado, mas é difícil algum ser resistir. Geralmente ou morre, ou sua essência enegrece e se torna maligno.

— Como você conseguiu não se transformar por completo?

— Porque nunca matei por ódio, matava para proteger a mim ou a outros, mas minha essência de magia era negra assim como minha aparência, mas nunca tive medo de nada, até agora... — diz olhando a Luna nos olhos.