Em um bar qualquer - Sul da Itália - 0:12 AM
Fillipo achou interessante a forma como a garota reagia. Ela parecia meiga e inocente, porém ele não se enganaria mais por esses truques. Pensava que com certeza ela estava fazendo charme, tentando o fazer de bobo. Porém ele resolveu jogar com ela, fingindo que estava caindo em seu truque.
Ele se apresentou e viu que ela não o reconheceu, reafirmando as suas suspeitas de que ela estava na região há pouco tempo. Muitos daquele lugar já o conheciam e alguns tentaram se aproximar e outros se afastaram com medo.
– Você não é daqui, não é? Daqui digo dall'Italia!
– Não, eu cheguei há dois dias. Sou Brasileira.
– Brasileira? Sempre ouvi dizer que no Brasil tem belle ragazze, agora vejo que os boatos não mentem.
A garota sorri um pouco acanhada com o elogio.
– Se veio como turista, eu conheço bem a região e posso ser o seu guia. Com certeza vai ser um prazer guiá-la. – terminou expressando um sorriso sedutor.
Fillipo estava se esforçando. Ele não era tão bom assim em galanteios. Sua vida sempre foi dedicada aos negócios da família e sair para paquerar era uma coisa que nunca se propôs a fazer.
– Eu não vim a passeio, na verdade estou ajudando a minha irmã. Digamos que ela tem algumas pendências a resolver aqui na Itália.
– Parece que temos algo em comum. Eu também tenho um irmão e estou sempre o ajudando em seus negócios. Está sozinha nesse lugar?
– Não, eu estou com ela, mas… sabe, apareceu um cara e ela sumiu com ele. – ela sorriu e ele sorriu de volta.
– Parece que temos mais uma coisa em comum, pois estou aqui sozinho para não atrapalhar a foda do meu irmão com bambinaia do filho dele.
– O seu irmão está traindo a esposa? – perguntou assustada.
– Não! Digamos que ele é uma espécie de pai solteiro.
– Sério? A minha irmã também tem um filho, que é um bebê lindo!
– Bella ragazza, vamos parar de falar de nossos irmãos? Que tal sairmos um pouco desse lugar e tomar um ar lá fora?
Skadi hesitou um pouco, olhou para a direção onde viu Vic pela última vez, olhou o relógio, olhou o sorriso do belo rapaz e decidiu aceitar com um aceno em positivo.
Eles foram andando pelas ruas conversando e rindo e em um momento Fillipo abraçou a sua cintura a sustentando, já que a garota estava um pouco alterada pelo álcool e quase caiu algumas vezes.
O rapaz estava convicto que terminaria a noite entre as pernas da estrangeira. E por isso, não estava com pressa de dar o seu bote.
Quando chegaram em um ponto qualquer, ele parou e se encostou em um carro que estava estacionado na rua. Puxou a garota pela cintura, fazendo seus corpos ficarem colados e a beijou.
Skadi estava alterada pela bebida e aceitou o beijo que foi ficando quente e envolvente.
– Você quer entrar? – perguntou Fillipo se referindo ao carro.
– Esse carro é seu? – perguntou Skadi, surpresa por ele ter uma Maserati azul, um modelo de luxo.
– É sim. Quer ver como é dentro? – disse o rapaz segurando sua cintura e cheio de segundas intenções.
– Nossa, você deve ser um playboyzinho mimado. – ele riu.
– Não exatamente, já que eu trabalho nos negócios da família para conseguir comprar minhas coisas. – ele sorriu e lhe deu um novo beijo sensual.
Ela aceitou o beijo e então ele concluiu que aceitou também entrar no carro. Abriu a porta do passageiro e a garota entrou e depois ele entrou pelo do motorista.
Ele ficou lhe mostrando os painéis, mas não demorou muito nisso e a beijou novamente. A Maserati de Fillipo era um modelo conversível, porém estava com a capota fechada, lhes dando toda a privacidade. Isso fez com que o rapaz começasse a avançar um pouco mais com as carícias.
Eles continuaram com um beijo quente e a mão boba de Fillipo começou a percorrer o corpo da garota até que quando ela percebeu ele estava com a mão dentro do seu short. Ela tirou sua mão e o empurrou, pois não queria chegar as vias de fato com ele.
– Espera! Eu não acho que devemos fazer isso agora. – disse Skadi.
– Você quer ir para um outro lugar para ficarmos mais à vontade? – respondeu tentando beijá-la novamente e ela o empurrou.
– Não eu… eu quero ir embora. Abra a porta por favor. – nesse momento ela ficou com um pouco de medo do rapaz.
– Você quer ir embora depois de me deixar de pau duro? Que tipo de jogo é esse? – e nesse ela começou a acha-lo um idiota.
– Jogo nenhum, ok?! Abra essa porta porque eu quero ir embora.
Ele bufou, abriu o porta-luvas, tirou um maço de dinheiro e jogou no colo da garota. Estava possesso achando que ela queria dinheiro para transar com ele.
A garota ficou sem reação olhando para o dinheiro em seu colo. Nunca imaginou que isso lhe aconteceria algum dia. A raiva foi subindo e de repente ela olhou para ele puta da vida.
– Babaca! – pegou o maço e jogou em seu rosto.
Fillipo arregalou os olhos, pois isso nunca tinha acontecido a ele. Foi totalmente inesperado.
– Abra essa porta, seu filho da puta! Anda! – ela gritou.
O rapaz ainda estava sem reação e então ela começou a estapeá-lo e xingá-lo.
– Seu merda! Está me chamando de prostituta?! Babaca! Abre a porra da porta!
Debaixo de vários tapas ele destrancou a porta. Ela saiu, bateu a porta com força, fechando-a, e ainda chutou o carro, fazendo um amassado. Só depois de satisfeita com o amassado foi embora, xingando-o mentalmente.
Skadi era doce, mas provavelmente poderia se tornar uma Vic, caso pressionada a isso.
Fillipo ainda estava sem reação vendo a garota sumindo pela rua afora. E para a sua surpresa, quando ela estava um pouco mais afastada, se virou para trás, olhando em sua direção e lhe mostrou o dedo do meio.
"Como uma noite que tinha tudo para dar certo se transformou nisso?"– se perguntou.
Ele ainda estava intrigado com aquela garota, será que ela era a tal que ele acreditava que existia, a tal que era genuinamente desinteressada no status ou no dinheiro?
Ele saiu do carro e olhou o amassado do chute dela. Foi estranho ele não ter ficado com raiva daquilo, na verdade ele não sabia ainda como reagir.
Depois de hesitar, decidiu ir em direção a onde viu a garota indo. Estava curioso para saber onde morava e também, aquelas ruas poderiam se tornar perigosas à noite, para uma garota bonita e jovem. Estranhamente se preocupou com a segurança dela.
Ele foi se escondendo e a seguindo, até vê-la entrando em uma casa. Segundos depois, um carro para em frente a casa e sai uma outra mulher, também com os cabelos cacheados. Ele só a vê de costas, mas deduz que deva ser a sua irmã.
Após isso, resolve voltar para a ilha Montanari, ainda impressionado com o que aconteceu. Um mafioso, com uma ficha extensa de assassinatos, acabou de ser rejeitado, estapeado, xingado e não soube como reagir.
Um pouco antes de Fillipo chegar na ilha Montanari, Pamela estava cuidando do bebê, enquanto Fabrizio a inspecionava girando um canivete na mão. Ele achou que deveria tomar uma medida brusca, para que ela cuidasse melhor da criança e nada como uma ameaça iminente de morte.
– Signore Fabrizio, eu tenho uma dúvida. Qual o nome do bambino? – perguntou Pamela, enquanto trocava as fraldas da criança.
– Nome? Ele não precisa de um nome.
– Ele precisa, não dá para ficar chamando ele de bambino o tempo todo. E quando precisar ir ao médico? Eles vão precisar identificar ele.
Fabrizio não tinha pensado nisso, para ele, chamar a criança de "bambino", já estava bom.
– Então vai ser Vicenzo, como mio padre.
– Signore Fabrizio, é um nome muito bonito!
– Stai Zitto, Puttana! Termine logo de trocar as fraldas e saia daqui!
Depois de sair do quarto de Fabrizio, Pamela vai para o quarto de Fillipo, passar a noite lá, como sempre fazia, porém ele não se encontrava no quarto. Ela achou estranho, porém resolveu esperá-lo vestindo apenas uma lingerie sensual.
Fillipo chegou em casa com a cabeça em outro lugar, não parava de pensar no que tinha acontecido naquela noite. Quando entrou no quarto e viu Pamela o esperando, só conseguia sentir nojo.
– Dê o fora, Pamela! – disse com uma expressão impaciente.
– Fillipo, mio amore, o que está acontecendo?
– Não quero mais uma putanna barata como você se deitando em minha cama!
– Você me deixa triste falando assim! – disse fazendo voz de choro.
– Eu não caio mais nas suas armadilhas e só não dou um fim em você agora, porque meu irmão vai perder a bambinaia! Eu vi você chupando o pau do meu irmão, porra! Acha que eu não iria descobrir a vadia que você é?
– Fillipo ele me obrigou… – nessa hora Fillipo apontou uma arma para a cabeça da prostituta. Suas feições eram de raiva, já que ele não gostava que ninguém falasse mal do seu irmão ou tentassem colocá-los um contra o outro.
Pamela ficou sem palavras e já sentia a morte chegando.
– Saia daqui agora, puttana! Ou eu não vou responder por mim! – ele gritou e ela saiu correndo, vestindo apenas uma lingerie.
…
Na noite seguinte, Fabrizio foi a "La Cicciolina" para consultar Demétrio. Ele queria saber sobre onde ele encontrou Pamela e se podia encontrar outra babá e de preferência, um homem que soubesse cuidar de crianças ou uma senhora de idade, pois ele já estava com a idéia fixa que deveria se livrar daquela mulher.
– Demétrio, onde encontrou aquela puttana? Se me disser que é uma de suas funcionárias, vou mandar jogarem você no mar.
Demétrio tremeu na hora, pois Pamela era uma de suas stripers.
– Nunca vi aquela donna antes, Signore Fabrizio! Foi a única que encontrei, pois ninguém queria trabalhar com mafiosos!
– Pois então volte a procurar! De preferência ache uma velha, ou um uomo! Não me arranje mais puttanas!
– Como quiser, Signore Fabrizio!
Fabrizio estava muito estressado com tudo que estava acontecendo. Após ter uma conversa "amigável" com Demétrio, ele resolveu ir para o lado de fora do bar, tomar um ar e fumar.
Estava distraído olhando a movimentação da rua quando ouviu a reclamação de uma mulher:
– Me solta!
Ele continuou fumando, ignorando o que ouvia.
– Me solta! Me deixa ir embora! – disse novamente a mulher.
– Por quê? Vamos nos divertir mais um pouco! Ontem você não estava tão difícil assim. – ouviu a voz do homem que estava com ela.
– Ontem foi outro dia, hoje eu quero ir embora, ok? É melhor para você me deixar ir embora ou as coisas não vão acabar bem.
Fabrizio jogou o cigarro no chão e resolveu fazer uma coisa que não costumava fazer: ajudar a mulher. Ele foi andando em direção ao casal que discutia e quando ele estava a alguns passos de distância, aconteceu o impensado que o fez ficar parado no lugar.
A mulher deu um soco no nariz do homem e o derrubou no chão e enquanto ele estava ao chão ela chutou o seu saco, o fazendo gritar de dor. Após lhe deu mais alguns chutes e depois cuspiu nele. Essa mulher, era a Vic.
Ela se virou para ir embora e deu de cara com Fabrizio, olhando a cena desacreditado.
– O que está olhando? – ela perguntou o encarando – Achou que ia dar uma de super herói hoje, machão? Sai da minha frente, pois não preciso da sua ajuda!
Ela o empurrou e foi embora, deixando o homem confuso e impressionado.
.........
O que acharam do encontro dos irmãos com as irmãs?
Vejo vocês no próximo capítulo e não se esqueçam de curtir o capítulo! ;)
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Atualizado até capítulo 80
Comments
Lucia Santos
nossa esses encontro prometem muita adrenalina e vai ser babado e confusão 😈 já estou até vendo esse vucovuco 🫣🥵💯💯
2024-04-22
5
Dione Cabral
A história está maravilhosa 😃
2024-05-17
0
Vanessa Costa
muito bom
2024-05-12
0