Ilha Montanari - Sul da Itália, 1:45 AM
Naquela noite, Fabrizio foi para casa desnorteado. Se perguntava se aquilo aconteceu de verdade. Quem era aquela mulher?
Ele sempre achou que mulheres eram fracas e falsas. Que mulheres só conseguiam se garantir, se tivessem um homem ao lado para protegê-las e por isso elas usavam o que tinham entre as pernas para prender um homem. Mas o que aconteceu ali, colocou em cheque todos os seus pensamentos.
Aquela mulher, simplesmente deu uma surra em alguém que a estava incomodando e ainda o empurrou para sair de seu caminho. Ela empurrou ele, Don Fabrizio Montanari, assassino sanguinário que já estripou muitos homens com as próprias mãos sem expressar nenhum tipo de emoção. O homem, quem as pessoas tremem só de ouvir o nome. Aquela mulher o encarou de igual para igual e não demonstrou nenhum tipo de medo. Quem é aquela mulher?
Ele foi para o seu quarto e o bebê estava acordado, brincando no chão com os seus sapatos de couro. Ele o pegou no colo e o inspecionou verificando se Pamela tinha feito o trabalho direito. Percebendo que estava tudo bem, ele o colocou de volta no chão e foi se banhar.
Entrou no chuveiro e não sabe quanto tempo ficou lá. A cena daquela mulher batendo no homem e o seu olhar para com ele, não saia de sua cabeça.
Após, se vestiu e pegou a criança para irem dormir. Nesse momento, olhou para o bebê e de repente ele achou que ele se parecia com aquela mulher. Ele ficou alguns minutos observando a criança que olhava para ele de volta.
Respirou fundo e tentou afastar esse pensamento. Pensou que por ele estar impressionado com aquela mulher, e pelo rosto dela não ter saído de sua mente, era plausível que ele visse o rosto dela em seu bebê. Isso tudo era só coisa da sua imaginação.
– Vamos dormir, hein pestinha?– disse olhando para a criança que parecia agitada. – Parece que quando crescer vai ser do tipo que gosta de passar as noites bebendo e cercado de puttane! – a criança riu para ele – Tô vendo que concorda.
Ele se deitou e deitou a criança ao lado, mas ela logo se levantou e ficou brincando com os seus cabelos.
– Você não vai dormir agora, não é? – disse respirando fundo – Olha, quando crescer, tome cuidado com as puttane, descobri que algumas são muito agressivas!
A criança começou a rir, bater palmas e depois começou a dizer:
– Mamã, mamã, mamã…
– Vaffanculo, tua madre! Ela não vai aparecer, bambino! Agora você só tem a mim, tuo papa! Tem que começar a falar papa! Papa, ouviu?
…
No dia seguinte, Fabrizio iria passar o dia na ilha, isto porque ele e Fillipo tinham estratégias a discutir. Nesta noite, Fillipo iria fazer uma entrega e iria sozinho, portanto tinham que deixar tudo muito bem planejado.
Fillipo era quem pilotava melhor na família, ele conseguia fazer fugas impressionantes em alta velocidade, garantindo assim o transporte de alguma carga ou pessoal, com agilidade e segurança.
Essa noite seria uma entrega de uma grande quantidade de dinheiro para uma família a qual estavam fazendo parceria, porém para chegar a região de domínio dessa família, teriam que passar por alguns bairros dominados pelos Ferretis. Por isso, era uma missão de grande risco e deveriam chamar o mínimo de atenção. Se Fillipo fosse com vários homens, com certeza chamaria muito atenção, portanto decidiu ir sozinho.
– Eu vou deixar compagni nas fronteiras dos domínios dos Ferretis. – disse Fabrizio enquanto discutiam.
– É muito arriscado, fratello. Eles podem desconfiar.
– Cazzo, Fillipo! Estamos em guerra! Colocar homens na fronteira é uma manobra comum.
– Ainda assim acho que não deveria. Olha, eu vou passar por lá em alta velocidade, é óbvio que isso já vai ser estranho. Se tiverem homens nas fronteiras eles vão metralhar o meu carro assim que eu passar.
– Por que os Bianchini, não vem até nós, hein? Se alguma coisa acontecer com você, eu vou acabar com essa aliança e sangrar Don Cornélio com as minhas próprias mãos.
– Não seja cabeça quente, fratello! A aliança com os Bianchini é muito importante para nós. E você não confia em mim? Eu não sou mais um garotinho. Vou passar tão rápido pelos Ferretis que eles não vão ter tempo de ver o que passou por eles.
– E na volta? Já pensou sobre isso? Quando passar de volta eles já vão estar preparados para te emboscarem.
– Duvido que vão conseguir me acertar. Além do mais, estou sempre com a minha Pipinella. – disse rindo, se referindo ao apelido que deu a sua metralhadora preferida.
– Ok, mas eu vou ficar próximo as fronteiras escondido, qualquer coisa nós vamos invadir!
– Eu não vou te convencer do contrário mesmo, não é? Só tome cuidado para não ferrar as coisas!
Fabrizio estava muito preocupado com o irmão, porém ele era o mais capaz para fazer a missão. É muito importante nesse momento, fortalecer as alianças já existentes e conquistar novas, e os Biachinis eram uma aliança muito importante.
Eles costumavam ser neutros nessa rivalidade dos Montanaris contra os Ferretis, porém já demonstraram interesse em estar ao lado dos Montanaris oferecendo a filha deles para se casar com Fabrizio. Porém, este se recusou terminantemente, cessando assim, a possível aliança. Porém, agora os Biachinis mostraram novamente interesse na aliança, caso os Montanaris lhes enviassem uma quantidade considerável de dinheiro.
...
Bem, na ida correu tudo bem. Fillipo conseguiu passar pela região controlada pelos Ferretis sem muitos problemas e conseguiu entregar o dinheiro, porém na volta, assim como Fabrizio desconfiara, ele foi atacado.
O irmão até conseguiria passar, mas eles colocaram uma malha com pregos na pista em que ele passou, que furou os pneus do carro e o fez rodopiar na pista, por estar em alta velocidade.
Logo começaram a atirar e Fillipo saiu do carro se arrastando e se escondeu atrás do carro. Percebeu que foi ferido na perna, durante o tiroteio. Ele estava abraçado a Pipinella, sua metralhadora e sabia que não teria chances de sobrevivência. Estava sozinho e tinham pelo menos uns dez homens atirando em sua direção. Então, fechou os olhos e decidiu encara-los, pensou que não iria morrer escondido e sim lutando, como um valente Montanari.
Quando estava se levantando, um carro em alta velocidade freou bruscamente ao seu lado. O motorista abriu a porta e gritou para que ele entrasse. No mesmo instante, Fillipo rolou e entrou no carro.
No Instante em que viu o carro, pensara que era algum companheiro Montanari, porém estando dentro, quando olhou, era alguém que ele não conhecia, que o salvara. Ele apontou a Pipinella para ele e perguntou.
– Quem é você, maledetto?!
– Calma, calma! Acabei de salvar sua vida, deveria apontar isso aí para os caras que continuam atirando.
Ele continuou apontando a sua Uzi para o motorista e de repente mudou a direção e apontou para a janela, metralhando os seus algozes.
Ao chegar na área dos Montanaris, o motorista ajudou Fillipo a sair e foi o ajudando a caminhar, apoiando o seu braço em seus ombros, até eles encontrarem Fabrizio e os outros.
– Quem é você? – perguntou Fabrizio apontando uma faca para o desconhecido – De que família é? Eu já te conheço, não?
– Meu nome é Massimo e eu não sou de nenhuma família, Don Fabrizio.
Fabrizio ficou desconfiado, tinha a impressão de que já tinha visto esse homem, porém, ele salvou a vida da pessoa mais importante para ele: Fillipo, seu irmão. Por esse motivo, aceitou a entrada de Massimo na família.
Depois que chegaram na ilha, Fabrizio começou a organizar um ataque aos Ferretis, ele não iria deixar em branco eles terem atirado em seu irmão.
.........
Vixe, vai ter uma briga das boas aí hein?
Esquisito esse Massimo, não acham?
Não se esqueçam de curtir o capítulo! ;)
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Atualizado até capítulo 80
Comments
Rosane Koppke
qual foi Fabrizio esse cara quer sequestrar o bambino quer vê 🤔
2024-05-10
2
Vanessa Costa
sim, infiltrado certamente
2024-05-12
0
Heloiza Carvalho
hummm
2024-05-09
0