14 - Trabalhando Juntos

Um depósito nos domínios dos Ferretis - Sul da Itália, 17:15 PM

Vic escolheu aquele dia em específico para fazer o seu ataque, pois acreditava que os guardas estariam tão ocupados em proteger o carregamento, que não perceberiam a invasora. Ela queria se infiltrar no local para conseguir informações sobre o esconderijo onde os cabeças da família ficavam, pensava que provavelmente era lá que o seu bebê se encontrava.

Portanto, furtivamente conseguiu adentrar ao local, se escondeu por trás de caixas e eliminou alguns que entraram em seu caminho e poderiam alarmar aos outros sobre sua presença. Ela sabia que não sairia daquele lugar de mãos limpas, sabia que teria mais mortes em suas costas.

Tudo estava correndo bem, ela estava conseguindo cada vez mais se aproximar do escritório do depósito, quando de repente, começou um tiroteio.

Vic tentou se esconder atrás de caixas, porém, cada vez mais vinham tiros em sua direção. Ela bufou e percebeu que seu plano de não ser percebida, estava dando errado, ela teria que interferir no conflito e eliminar o máximo de Ferretis possíveis, para conseguir chegar ao escritório do depósito.

Foi aí que ela acabou se metendo no meio da guerra das duas famílias. Os homens dos Ferretis acharam estranho quando viram aquela mulher, mas ela estava atirando contra eles, então logo foi considerada como inimiga.

No meio do confronto, Vic acaba encontrando Fabrízio. Assim que o viu, ela se lembrou que ele era o machão que tentou bancar o herói há pouco tempo atrás, quando Massimo tentou impedi-la de ir embora no bar "La Cicciolina".

Ela não tinha nenhuma impressão exatamente formada por ele, apenas achou que era um idiota como qualquer outro.

Porém, agora eles estavam juntos e teria mais chances de sair viva do local se se juntasse a ele.

Após eliminar os homens que estavam cercando Fabrizio ela olhou para ele que lhe olhava com os olhos arregalados e segurando firmemente a sua faca preferida na mão.

– O que está esperando? Vá na frente que eu te dou cobertura. – disse a ele e o homem não sabia nem o que responder, e ela ficou impaciente – Você sabe mesmo usar isso aí ou é só um brinquedinho? – disse se referindo a faca de Fabrízio e isso o fez acordar de seu entorpecimento, já que ela mexeu com o ego dele.

Ele foi na frente e se escondendo antes de entrar nos compartimentos até avistar dois homens. Esse era o momento certo para ele mostrar suas habilidades.

Os homens nem viram exatamente o que lhes aconteceu, Fabrizio avançou no primeiro e cortou sua garganta e logo em seguida, atirou a faca perfurando o olho do segundo que já caiu sem vida. Após, ele se abaixou e puxou de volta sua faca.

– Acha mesmo que não sei usar? – disse sem olhar para a Vic.

– Sorte de principiante. – ela respondeu o ignorando, mexendo ainda mais com o ego dele.

– Quem é você? É de alguma família conhecida? – diz Fabrizio se levantando.

– Eu não sou uma criminosa.

– Tem certeza? Porque não é isso que os corpos lá atrás estão dizendo.

Nesse momento Vic percebeu que sim, ela também era uma criminosa. Estava tão focada em seu objetivo que às vezes se esquece que já não é mais uma agente da lei, portanto, sim, ela era uma criminosa assim como aqueles homens.

– Eu trabalho sozinha. – respondeu tomando a frente.

– Uma mulher como você não deveria estar cozinhando ou cuidando da casa, ao invés de estar se metendo em briga de homens?

Nesse momento Vic se virou para ele e ela lhe olhou não com raiva, mas com um olhar debochado.

– Pelo jeito não deve ter uma namorada, homens como você só conseguem comer putas da rua. Mulheres de verdade fogem do seu tipo.

– Que tipo de homem acha que eu sou? – disse Fabrizio cruzando os braços.

– Um que deveria se concentrar, pois caso contrário eu te largo aqui sozinho para morrer.

Vic continuou andando na frente e achou o escritório. Lá ela começou a investigar os computadores em busca da localização dos Ferretis.

– O que tem contra os Ferretis? – perguntou Fabrizio, encostado no batente da porta.

– Eles me tiraram uma coisa muito importante e agora eu quero pegar de volta.

– Então estamos do mesmo lado, eles me tiraram a vida dos meus pais. Eu não posso pegar de volta, mas posso tirar a vida deles em troca.

Vic olhou para Fabrizio e percebeu que eles não eram tão diferentes assim, os dois estavam em uma busca de sangue e vingança por causa de pessoas que amam ou amavam.

– Me ajude! Procure nas gavetas, veja se encontra a localização dos chefes dessa família! – ordenou Vic e Fabrizio riu.

– Então é isso que está procurando? A localização da mansão principal dos Ferretis? Se é isso, não precisa mais procurar, eu sei onde se localiza.

Vic se virou para ele juntando as sobrancelhas.

– Se sabe, porque ainda não foi lá se vingar deles? Você tem medo por eles serem muito poderosos?

Fabrizio riu novamente. Vic não fazia idéia de quem estava na sua frente, não sabia do poder dos Montanaris. A família Montanari tinha mais poder e dinheiro do que os Ferretis, porém não se invade assim tão facilmente a mansão de uma família da máfia.

– Pelo jeito você ainda tem que aprender muitas coisas sobre a máfia. Não se invade uma casa principal assim, lá é muito bem guardado, precisa de planejamento e muitos homens corajosos para invadir.

De repente eles ouviram tiros e perceberam que chegaram mais homens. Vic pegou em sua mão e saiu o puxando.

– Vem comigo! Eu te protejo e você me diz onde estão esses malditos Ferretis. Não tenho medo de invadir aquele lugar sozinha.

.........

Vic nem faz idéia de quem está ao seu lado!

Curiosos para o que vai acontecer?

Vejo vocês nos próximos capítulos!

Não se esqueçam de curtir!

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