Lua cheia

— Escuto um barulho e quando olho observo o Kalel, quebrando o pescoço da minha tia. — Vocês vieram, agora fez algo de útil.

— Seria melhor arrancar o coração dela, mas a Catarina não deixou, queria deixar-te de presente.

— Olho fixamente para ele. — Você deixa-me com nojo, o melhor está por vir agora. — Quebro o pescoço de Kalel e de Luck com a minha magia.

— Vamos Catleia, antes que a sua tia acorde. Chegando em casa, descemos para o porão e prendemos ela na cela. — Temos que drenar o sangue, para quando acorda não fugir.

— Não entendi uma coisa Catarina, a minha tia poderia ter matado várias pessoas a caminho de casa e não fez, só queria o meu sangue.

— Suspiro fundo. — Existe uma lenda com outra espécie de vampiros, os que perseguem a sua presa até matá-la, enquanto não o fazem, continuam até a morte, eles tomam qualquer categoria de sangue.

— Você quer dizer, a minha tia vai parar só quando me matar. Estou fadada a ter que escolher...

— Isso mesmo, se você quiser viver, vai ter que matá-la e se deixar ela viver vai ser caçada, a escolha é sua, mas não se preocupe, no momento ela não sai daí.

— É uma difícil escolha, é minha tia, família, Catarina, como você se sentiu ao ver os seus pais mortos e depois envolveu-se com o assassino, conseguiu perdoar Kalel.

— Quando entrei no quarto e deparei-me com os meus pais mortos e Kalel sujo de sangue, foi um choque e em seguida ele transforma-me, não tem um momento em que eu fique sem pensar , e jamais vou o perdoar, o pior foi o sentimento que surgiu, acabei-me apaixonando por ele e também não me perdoo por isso.

— Penso que nunca vou perdoar o Luck, mesmo amando. — Começo a chorar.

— Entendo, sei o quanto é difícil, mas espero que um dia você consiga viver a sua vida e amenizar a dor, sinto muito por causa sofrimento a você.

— Vou a ir, preciso trabalhar, estou atrasada.

— Vou pedir para o Marcos levar-te.

Algumas horas depois...

Estou enfrente a lareira, tomando um vinho, com uma estaca na mão, esperando eles chegarem.

— E aí a minha bela Catarina, está com saudades do seu amado.

— Onde estavam, o que aprontaram dessa vez?

— Está nervosa, penso que ficou com ciúmes de você Kalel.

— Vou rápido na direção de Luck e enfio a estaca no seu peito. - Transformou mais alguém sem a minha permissão, de hoje em diante se transforma mais alguém, vou enfiar essa estaca no teu coração e não do lado, passou centímetros de distância, escuto eu transformei-te e posso acabar com a sua vida. Só mais uma coisa, vai pedir perdão para a Catleia, estou a mandar. — Saio deixando-o com a estaca no peito. — Encontro Jennifer enquanto subo as escadas.

— Está nervosa, Kalel não te pegou por trás? Vamos nos divertir Marcos, quer ir Luck e Kalel.

— Vocês não vão a lugar nenhum, volta para seu quarto Jennifer!

— Vamos, não escutem essa amarga.

— Já disse que não vai, você está em cil, afinal é uma cadela à não uma loba, fedida.

— Você não manda em mim.

— Saio correndo e fecho a porta que ela abre, transformo-me em híbrida e passo as minhas unhas no seu rosto. — Vou adorar abrir essa barriga ou arrancar esse pescoço, assim poupa-me o trabalho de acorrenta-la, a lua cheia entra amanhã e a partir de hoje o seu comportamento começa a mudar, leva na brincadeira, pois saiba que não é, você vai virar num monstro sem controle e com muita fome e sabe o que vai comer, tudo que passar o seu caminho. — Ela olha-me e vai para o quarto. — Marcos a sua obrigação é impedir ela de sair para balada, você está dominado ou apaixonado.

— Estou cansado de banca babá, enquanto você fica por aí.

— Estava a limpar as sujeiras de Luck, afinal vocês fazem e quem tem que limpar tudo.

No quarto de Jennifer...

— Entro no meu quarto e tem alguém parado em frente a janela, não consigo (constatar) o seu rosto, pois está de costas para mim. — Quem é você? O que faz aqui? — Quando se vira percebo ser Michel o ex de Catarina.

— Você é muito linda, não está cansada de ouvir bronca da Catarina, fazer o que ela manda, escutei tudo que ela te disse, se você quer ser livre venha comigo, vai ser líder dos lobisomens, junto comigo. E não terá que baixar a cabeça para a Catarina, pode até matá-la, lhe ajudarei.

— Não sei, você quer me usar para atingir Catarina, será que ainda tem sentimentos por ela.

— Eu odeio-a e quero que morra, e realmente você é um triunfo para mim, vou deixar você pensar e decidir, mas saiba que mesmo que não queira ficar ao meu lado por bem, ficara por mal, estão a bater na porta, vou ir, vejo-te em breve.

— Vou abrir a porta é Marcos. — O que faz aqui? O que quer?

— Preciso falar com você, escuta-me e depois responde, esse tempo que passamos juntos, foi divertido e gostei, mas não esperava brotar um sentimento por você, sei que a minha aparência é de um cara de 30 anos, mas com a imortalidade acabei a passar muito mais. Aceita ser minha namorada?

— Fico a olhar, sem reação, também tenho sentimentos por ele, mas estou confusa. — Marcos, gosto de você, mas ainda não sei que jeito, você é a categoria de cara que todas as mulheres gostariam de ter nas suas vidas, pensei que não gostava de mim, sempre reclamando de ficar do meu lado. — Ele vem se aproximando, chega perto e passa a mão no meu rosto.

— Sempre falei, porque sabia que precisava afastar você de mim, a tentação é muito grande, quero beijar-te, encher de carícias. — Não resisto e a beijo, junto o seu corpo no meu, ela corresponde, pondo os braços em volta do meu pescoço, deito ela sobre a cama, tiro a sua blusa e beijo o seu pescoço e desço, puxo a sua calça e em seguida sua calcinha, quando percebo estamos nus, deito sobre ela, abrindo as suas pernas e a penetro, fazendo movimentos e arrancando gemidos, quando terminamos, levanto e dou um selinho. — Durma bem, vou para meu quarto.

— Dorme aqui hoje!

— Tens certeza, a Catarina pode descobrir.

— E isso importa, ela não manda em nós.

No dia seguinte...

— Como foi a noite, dormiram juntos.

— Não é da sua conta, tem algum problema envolver-me com Marcos.

— Claro que não, mas cuidaram-se, vocês não são vampiros e sabem...

— A Meu Deus! Pior que não, e agora.

— Saberemos daqui alguns meses, hoje é lua cheia e nada de sair de casa.

— Bom dia!? Cheguei em mau momento.

— Não Catleia, pode entrar.

— Já decidi o que fazer com a minha tia.

— Fala.

— Escolhi permanecer viva, sofro com essa decisão, mas é preciso, você pode...

— Sim, não se preocupe ela não vai sofrer e faremos um enterro digno para ela e você dirá a quem perguntar, que ela teve um enfarto. Vou ir ao porão terminar com isso de uma vez. — Desço as escadas até o porão, vou até à cela e constato a senhora Ana sentada no canto, abro a porta e entro.

— Sei o que venho fazer aqui, é a melhor decisão que Catleia tomou, você dá um recado para ela.

— Sim, mas quem sabe a senhora mesma fala com ela.

— Não, a única coisa que consigo pensar quando a vejo é apenas em matá-la. Diz que a amo e muito, que me perdoe por não ter sido uma tia melhor, e que não odeie o Luck, não carregue ódio no seu coração, que continue a ser essa adorável garota e seja muito feliz.

— Está bem, você está preparada.

— Sim.

— Pego a estaca que tenho em mãos e vejo lágrimas rolarem no rosto de Ana, suspiro fundo e enfio a estaca no seu peito com força e a vejo morrer, a sua pele ficando apagada e lágrimas que ainda descem por seu rosto, até que ela morre. — Adeus Ana, pode ter certeza sua sobrinha ama-te. — Vou até à sala, comunicar Catleia, que entra em desespero por perder a sua tia.

— Me perdoa, não deveria ter a transformado, não imaginava que ela te perseguirá.

— Não é fácil, você tirou de mim a única coisa que me importava, sinto muito Luck, mas não é o momento, fica longe de mim.

— Fui um tolo. — Vou abraçá-la e ela afasta-me com as mãos.

— Preciso ir, tenho que organizar o enterro, já que nem velório vai ter.

— Deixa ela, Luck dá um tempo para Catleia se recuperar.

— Irei reconquistá-la, e dar todo o meu amor.

— Nós Vampiros não podemos, se envolver com humanos, sempre acabamos os machucando, ferindo, mesmo não querendo.

Algumas horas depois do enterro...

— Você agora vai para a cela, vou acorrentar-te, logo a lua cheia vai aparecer e não quero mais bagunça.

— A lua surge e posso vê-la pela janela, começo a transformar-me e a dor que sinto é muito grande, constato a minha pele se esticando, a dor nos dentes, o meu rosto começa a mudar. — Catarina não aguento mais tanta dor, quanto tempo vai demorar (grito)

— Vai demorar umas 2 horas, para ficar totalmente transformada.

— Ela não vai arrebentar as correntes.

— Espero que não, se isso acontecer o Marcos tem uma arma pronta com tranquilizante, que achei nas coisas do caçador.

— Deixa que eu arranco o coração dela.

— Você e as suas loucuras Kalel, não, ela é uma (Alfa), atira o tranquilizante.

— Mas, porque?

- O Alfa é o mais forte da alcateia, e com certeza vai arrebentar essa cela toda e começará a chamar os outros e isso não é bom, anda Marcos, atira de uma vez.

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