Meu Melhor Amigo

Meu Melhor Amigo

o show inesperado

Eu juro que se você der mais um passo eu vou jogar o tio Guinho pela janela. - o garoto de cabelos castanhos e olhos azuis correu pra janela do meu quarto, ameaçando jogar o meu ursinho favorito pela minha janela.

- Peter kavinsky se você jogar o meu urso pela janela eu te juro que você não vai ter filhos futuramente. - ele sabia que aquele bicho era importante para mim, então era óbvio que ele iria me chantagear até conseguir o que queria.

- Você sabe a condição Emy, ou vai nesse show comigo, ou o tio Guinho vai voar. - ele sorriu, e é claro acabou comigo, o que ele não me pedia sorrindo que eu não fazia chorando.

- Que saco Peter Você sabe que eu odeio esse tipo de coisa eu odeio ficar em multidões. - disse me sentando na cama fazendo birra.

- A Emy não é o fim do mundo, e nem vai tanta gente vai ser legal eu prometo. - ele se aproximou de mim se ajoelhando na minha frente me encarando com aquela cara de coelho terrorista que ele tem.

- Da última vez que você disse isso a gente foi parar na delegacia, porque você resolveu bater num cara que queria me beijar.

- Primeiro, ele mereceu, segundo ele mereceu, e terceiro, já disse que ele mereceu? - sorriu descaradamente.

- Você realmente não tem vergonha na fuça né garoto? - bati na sua testa o fazendo cair para trás, mas o mesmo me puxou e caímos juntos no chão, acabei ficando por cima dele.

- Por favor vamos, eu não tenho ninguém pra ir comigo Emy! - fez cara de criança pedindo doce antes do jantar.

- Ah não, e os 400 contatos de garotas no seu celular são de enfeite? - eu gargalhei junto com ele.

- Okay você tem um ponto, mas eu também tenho um.

- Diga. - o encarei séria quase morrendo de rir, ele nunca fala sério.

- Eu tenho 400 contatos? Tenho, mas quem precisa delas quando eu tenho uma melhor amiga que tem um urso fofo chamado tio Guinho? Isso é tipo a oitava MARAVILHA Do mundo.

- Vai a merda Peter - eu ri e bati na sua cabeça. - Tira o tio Guinho da história, ele não tem nada a ver com o seu joguinho sujo.

- Isso é um sim? - sorriu descaradamente e esperançoso.

- Tá eu vou, infeliz mas vou. - disse saindo de cima dele e o ajudando a se levantar.

- Okay, você tem 1h pra se arrumar, eu vou pra casa fazer o mesmo e te pego as 19:00 garotinha. - disse dando um beijo em minha testa e saindo do meu quarto.

Bom acho que já deu pra perceber o quanto nos damos bem, tirando as chantagens emocionais desse imenso filho da mãe.

Já ia me esquecendo, eu sou a Emy, Emy Russel tenho 16 anos, como Peter também tem, moro com minha mãe, solteira aliás se alguém tiver interesse (não pelo amor de Deus é brincadeira) eu e Peter moramos um do lado do outro meu vizinho de janela, meu melhor amigo desde quando ele jogou uma bola de basquete na minha cara e depois de duas horas rindo, me pediu desculpas, ele é uma peste.

Eu sou uma pessoa desprovida de beleza, diferente dele que é incrivelmente atraente e um belo galinha, as vezes eu me pergunto por que um cara desses anda com uma "coisa" como eu, mas acredite se ele me ouvisse dizendo isso arrancaria minhas vísceras.

Mas é claro que tenho meus pontos fortes, eu sou uma bela nerd que provavelmente vai desenvolver um jogo muito legal no futuro, então me aguardem, vocês irão ouvir falar sobre mim.

Okay talvez eu tenha viajado, mas nem tanto.

Sai do mundo da lua com barulho de uma mensagem vindo do meu celular.

Msg.

Chatice de kavinsky

- Da pra senhorita ir se arrumar? -_-

18:25

^^^- Tem como você parar de me espionar? -_-^^^

^^^18:26^^^

Chatice de kavinsky

- Mas é pra isso que eu tenho uma janela de frente pra sua. ;)

18:27

^^^- Te odeio -_-^^^

^^^18:28^^^

Chatice de kavinsky

- Tô nem aí pra você Emy ;)

18:29

Msg off.

Já que não tenho outra opção, joguei meu celular em cima da cama e fui tomar um banho de uns 5 minutos.

Saindo do banheiro fechei minha janela porque eu tenho um amigo muito imbecil, não duvido nada que me espiaria nesse momento.

Fui até meu guarda-roupa, e peguei um jeans escuro com uma camisa xadrez preta e branca, e meu AllStar branco de cano curto, mas cá entre nós, branco é uma palavra muito forte.

Sequei meu cabelo de bruxa e enrolei as pontas, sou feia mas pelo menos meu cabelo é apresentável, cabelo bonito autoestima nas alturas. Borrifei meu perfume doce que nem as formigas gostam, mas que amo muito. Passei um rímel e tá bom tá ótimo.

Quando estava prestes a abrir a porta alguém abriu primeiro.

- Cheguei garotinha como é que eu tô? - disse Peter invadindo meu quarto dando uma voltinha exibindo seu look bad boy (sim calça jeans e jaqueta de couro)

- Você está, digamos que lamentável. - disse pegando meu celular em cima da cama. - Vamos, antes que eu me arrependa, e acredite não falta pouco pra isso acontecer.

- Você é um ser desprezível Emy. - Me encarou indignado.

Descemos até o andar de baixo e minha mãe estava lendo um livro sentada na sua poltrona, ou enchendo a cara com uma taça de vinho na mão, mas entendam como quiserem.

- Mãe eu vou sair com o Peter, não volto tarde okay? - disse lhe dando um beijo na testa.

- Peter Parker? - ela sorriu.

- Kavinsky. - eu sorri olhando pra ele.

- A esse Peter. - ela olhou pra ele gargalhando junto comigo.

- Ei, eu sou muito melhor que ele tá. - disse ele passando a mão no cabelo.

- Da próxima eu saio com o Peter certo, por hora vou sair com esse errado aqui mesmo. - disse me despedindo dela mais uma vez e saindo com Peter para fora.

- Vocês não me respeitam mesmo né? - disse ele abrindo a porta do carro pra mim, e em seguida entrando.

- A gente faz essa piada a anos, você não se acostumou ainda? - eu disse rindo e o encarando.

- Lamentável Emy, lamentável. - disse ele balançando a cabeça negativamente e ligando o carro.

- Você nem me disse quem vai cantar nesse show.

- Surpresa baby. - ele deu uma piscadela e começou a dirigir.

- Okay Peter que não é Parker, faça seu mistério vou fingir que estou curiosa. - Eu segurei o riso.

- Emy Russel, você acaba de entrar pro meu Death note.

- O seu nome está no meu há muito tempo garotinho.

Alguns minutos depois chegamos no tal show, era em barzinho bem tranquilo, logo avistamos algumas pessoas do nosso convívio.

- E ai Men - Peter comprimentou uns caras que eu sei que são do colégio, mas que não são meus amigos.

- Oi gente. - eu disse envergonhada, eu odeio me comunicar com pessoas que me julgam apenas com o olhar.

E é claro que fui completamente ignorada!

- Oi Peter - uma loira com um vestido agarrado quase aparecendo o útero se jogou em cima do Peter.

Aquilo tava tão apertado que eu nem consigo entender como é que ela estava respirando.

Peter olhou pra mim e rapidamente viu o meu desconforto.

- Hey Emy, o Cameron e Nash também estão aqui vamos falar com eles. - ele me puxou pela mão.

*Aleluia Deus*

Fomos até a mesa onde estavam Cameron e Nash.

- Não acredito! Como você tirou a Emy de casa? Você tá doente Emy?. - Cameron botou a mão na minha testa na tentativa de me ver com febre.

- Aí para, eu fui completamente Obrigada a vir. - disse me juntando a eles na mesa.

- Ele ameaçou jogar o tio Guinho de novo né? - Nash me encarou.

- Ele sempre faz isso, eu tenho certeza de que esse cara não é meu amigo de verdade. - aproveitei o momento pra fazer meu drama.

- Eu também acho!

- Bom o show já vai começar, eu tenho que ir galera. - Peter saiu andando sem mais nem menos.

- Pra onde ele vai? - eu encarei os meninos que também estavam se fazendo a mesma pergunta.

Nesse momento as luzes do palco se apagaram tinha um microfone, e uma cadeira com um violão. Alguém chegou e se sentou na cadeira e nesse momento os holofotes estavam para Peter Kavinsky.

Ele olhou pra mim e piscou seu olho direito.

E alí eu entendi o porquê dele insistir tanto pra eu vir, ele queria meu apoio.

- Bom eu ainda estou compondo algumas músicas, mas como eu sou novato nisso que tal cantar algo que já conhecem, Love yourself.

E então ele começou a cantar, e era lindo como da primeira vez que o vi cantar. Estavam achando que eu não sabia não é? E como poderia? Peter passava noites em claro praticando no violão, e eu sempre ouvia a melodia que saía da casa ao lado. Tudo bem que tinham noites em que eu queria matá-lo porém, vendo hoje ele alí valeu a pena.

Peter cantou mais umas três músicas, e logo veio para nossa mesa, ou minha, porque Cameron e Nash me abandonaram pra ir atrás de umas garotas.

- E aí? Curtiu? - se sentou ao meu lado animado.

- Foi incrível Petinho - eu o abracei.

- Eu achei que você já tinha esquecido desse apelido. - ele sorriu.

- Seria a mesma coisa que esquecer de você. - eu o encarei.

- Eu odeio quando você fica fofa desse jeito Amy.

- E eu odeio que meu apelido fofo é apenas uma letra trocada. - lhe dei um leve soco no braço.

- Melhor que seu nome. - ele segurou o riso.

- Eeei - lhe dei outro soco no braço rindo junto com ele. - Mas que surpresa em, você deveria ter me contado sabia? E se eu não viesse?

- Não teria show sem você Amy. - me encarou sério e meu coração gelou.

- Como assim? Claro que teria, você é incrível demais pra não arrasar sem mim - tentei quebrar o clima.

- Foi o meu primeiro show, você sempre me apoiou nisso se não estivesse aqui, eu não teria coragem de enfrentar todas essas pessoas me encarando.

- Okay Boo, eu te prometo que estarei em todos os seus shows a partir de hoje. - lhe dei o mindinho e ele retribuiu.

- Olha lá em, promessa de dedinho é coisa séria. - me encarou.

- E quando foi que eu quebrei minhas promessas de dedinho Kavinsky? - o encarei de volta.

- É, você sempre cumpriu todas.

- Okay já podem me trazer o troféu da garota das promessas jamais quebradas. - fiz cara de modelo jogando meu cabelo pro lado.

- Amy, já deu de show vai. - ele sorriu junto comigo.

Depois disso ficamos algumas horas conversando com Nash e Cameron, quando no relógio deu meia-noite eu já estava deitada no ombro do Peter quase desmaiando de sono.

- Amy, vamos pra casa. - ele se levantou me ajudando a levantar.

- Tchau meninos vejo vocês na escola amanhã. - dei um tchau de longe pros dois enquanto Peter me levava pro carro.

Entramos no carro e fomos para casa.

- Está entregue Cinderela. - ele me abraçou na porta de casa.

- Você sabe que a Cinderela tem que ir embora antes da meia-noite né? - eu disse com meu rosto em seu peito.

- Droga, falhei miseravelmente a sua mãe vai me matar. - nós rimos.

- Ela gosta mais de você do que de mim, ela não vai matar você, não essa noite. - eu sorri.

- Bom, boa noite Amy! - disse beijando a minha testa. - Te pego às 07:00 amanhã, não se atrase.

- Boa noite Petinho - lhe dei um beijo na bochecha e entrei em casa.

Subi pro meu quarto tomei um banho coloquei meu pijama. Logo recebi uma mensagem.

Chatice de Kavinsky

- Boa noite Amy, Obrigada pelo apoio, e por ter trazido uma pequena parte da nossa amizade nessa noite, fazia um tempo que não me chamava daquele jeito. -_-

01:22

^^^- Petinho? Vai dizer que sentiu saudades?^^^

^^^01:22^^^

Chatice de kavinsky

- Na verdade achei que já tinha se esquecido, fiquei feliz quando ouvi. ;)

01:23

^^^- Isso não significa que eu te perdoei pelo tio Guinho okay?^^^

^^^01:24^^^

Chatice de kavinsky

- Tô começando a achar que terei que me livrar parar sempre daquele urso horroroso.

01:25

^^^- Se você quiser perder a vida, vá em frente. ;)^^^

^^^01:26^^^

Alguns minutos depois eu adormeci, com o celular jogado de lado, e naquela noite eu pude dormir muito bem.

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Comments

New Biana

New Biana

estou lendo o livro da minha amiga ebaaa🥰♥️🍾

2024-03-21

2

Jhe Camargo

Jhe Camargo

o primeiro capítulo já promete tudo /Heart/

2024-01-13

0

Isadora Araújo

Isadora Araújo

uau e muito incríveeeel mais por favoooorrr

2021-11-22

3

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