P.o.v. P.K.
Eu saí de lá dizendo que iria comprar um café, mas na verdade eu subi no terraço pra poder assimilar oque eu acabei de escutar.
Emy estava apaixonada, eu nunca achei que esse dia chegaria, é claro que ela pode gostar e ficar com quem ela quiser mas, ela é tão doce, tão inocente.. ela merece alguém a altura, e eu queria muito ser esse cara mas sinto que é tarde demais para mim.
Nesse momento senti lágrimas escorrendo pelo meu rosto, eu nunca achei que amor doía assim, até porquê não senti amor por mais ninguém, meu amor sempre foi dela, e acho que sempre vai ser..
P.o.v. E.R.
Na manhã seguinte eu acordei com Peter me dizendo que já estava indo para casa, e que não poderia voltar a noite.
Mas isso não é tão importante já que o médico me deu alta.
Eu arrumei tudo o que tinha pra arrumar dentre as minhas coisas enquanto minha mãe assinava os papéis da minha alta, logo em seguida entramos no carro e fomos para casa.
No caminho mandei uma mensagem no grupo dos garotos.
-Pra alegria de poucos e tristeza de muitos, a tia Emy aqui tá de volta. Recebi alta pessoal, até mais. U.u
Nash e Cameron responderam com emojis chorando, vou fingir que é de emoção!!!
Mas Peter só visualizou e não disse nada.
Assim que cheguei em casa fui direto tomar um banho, me troquei com uma roupa confortável e quente, ainda estava frio e chovendo.
Desci pra cozinha e fui fazer um chá, enquanto olhava a cada cinco minutos se havia algum sinal do Peter no celular.
Ele estava estranho mais cedo, não consegui falar com ele desde então..
Resolvi esquecer esse assunto, ele deve ter algum motivo, não vai me ignorar a vida inteira.
Joguei o celular no balcão da cozinha peguei meu chá e fui pro meu quarto tentar avançar na programação do meu jogo, me sentei de frente com a janela e me deparo com Peter deitado mexendo em seu celular.
Meu coração congelou, ele estava mesmo me ignorando, e eu nem sei o porquê..
Corri pra cozinha pegar meu celular e voltei rapidamente pra janela
E lhe mandei uma mensagem.
- Ei?
Eu o vi, jogando seu celular de lado, vestindo sua camisa e saindo de seu quarto.
- Okay, eu não vou ligar, nem mandar mensagem, não vou mais te incomodar kavinsk.
Eu disse com lágrimas nos olhos mas não as deixei caírem, voltei ao o que estava fazendo e passei a tarde toda ali.
(...)
Eu adormeci sem ao menos perceber em cima do computador, acordei de madrugada com o barulho do meu celular avisando que estava sem bateria, eu o peguei e coloquei no carregador, mas não havia nenhuma notificação, então ajeitei tudo pra poder dormir, eu iria a escola, já que estou bem melhor, então preciso dormir cedo.
No dia seguinte eu me levantei, não dormi nada a noite passada. Me arrumei e desci para tomar café, mas meu amigo não estava esmurrando a porta atrás de comida de graça, devo admitir que estou mais triste do que de costume.
Assim que terminei de tomar meu café saí pela porta da frente e Peter passou por mim em seu carro, é meio óbvio que ele me viu já que estou vestindo meu moletom laranja florescente!!! Só queria entender os motivos dele, qual é a dificuldade de ter uma conversa decente comigo?
Tomei a pouca coragem que eu tinha e fui caminhando até a escola.
(...)
Trinta minutos depois eu cheguei, e fui em direção aos meninos.
- Bom dia pirra. - Cameron me deu um abraço.
- Pirra? - eu o encarei.
- Pirralha Emy. - disse Nash me puxando pra um abraço.
- Qual foi? Vocês estão muito carinhosos pro meu gosto em.
- A gente sentiu sua falta, só isso. - disse Nash bagunçando meu cabelo.
- Pelo menos vocês sentiram.. - encarei Peter no meio dos amigos idiotas dele.
- Vem vamos pra sala. - Cameron me puxou pela mão.
Eu não faço idéia do que está acontecendo aqui, e isso está acabando comigo, Peter nunca me tratou mal na vida, por que isso agora?
Nós fomos pra sala e Cameron se sentou na minha frente, e Nash junto comigo.
- Vocês são meus seguranças agora?
- Emy você tá com um braço quebrado, não sei nem o que tá fazendo aqui. - disse Nash jogando seu caderno na mesa.
- Realmente, se fosse eu, ia usar isso como desculpa pra faltar. - Cameron disse me oferecendo um chiclete.
- Não obrigada, e relaxem é só um braço quebrado nada demais. - disse tentando abrir minha mochila. - Nash será que você pode me dar uma ajudinha aqui? - sorri fraco.
- Sim por apenas 12 parcelas de 500$.
- Eu sou pobre, faça caridade. - joguei minha bolsa em cima dele.
Nesse momento Peter entrou e cumprimentou os meninos de longe.
É claro que eles perceberam a minha cara de idiota, eu realmente achei que ele viria falar comigo..
(...)
A aula demorou tanto a passar mas quando finalmente chegou ao fim os meninos foram embora e Peter estava arrumando suas coisas.
Okay eu preciso resolver isso, fui até ele.
- Pode por favor me dizer o porquê de estar me evitando?
- Não estou Emy.
- Não? E eu sou a Shakira então né.
- Não estou, e eu preciso ir. - disse colocando sua mochila mas eu segurei seu braço.
- Qual é Peter? Vai mesmo agir assim sem me dar explicações?
- Eu não te devo nada Russel. - Fitou o chão.
- Okay, você não me deve nada. - eu o soltei. - Como quiser, eu vou te deixar em paz. - peguei minha mochila e saí o deixando para trás com lágrimas nos olhos.
Eu corri o máximo que pude pra casa, quando cheguei eu corri pro meu quarto e fechei minha janela, que vivia aberta, era um pacto meu e dele, a gente não podia fechar as janelas a menos que precisássemos.
- Por que está tão distante Peter? Por que está me tratando assim? - eu disse em meios aos soluços do meu choro desesperado.
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Atualizado até capítulo 37
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