capítulo 17

A aula acabou depois de algumas horas, arrumei minhas coisas e saí em direção a minha casa.

Assim que cheguei em casa tomei um banho, e me troquei. Fiz um lanche da tarde, pão com ovo e ketchup, é meu lanche favorito, fiz também um café e fui estudar um pouco de física pois teríamos prova essa semana.

(...)

Fiquei a tarde inteira tentando enfiar a matéria na cabeça, mas não estava conseguindo. Eu já estava enjoada daquilo tudo, então por hoje chega, fui até a cozinha e botei no micro-ondas meu jantar, mamãe estava para chegar,  em cinco minutos meu prato de macarrão estava pronto, peguei o mesmo e fui pra sala assistir meu dorama "amor entre fada e demônio"

Dois episódios depois eu já estava cochilando no sofá, mamãe me chamou para que eu fosse dormir no quarto e quando me deitei na cama, o sono sumiu.

“O que esse garoto tem na cabeça?”, fiquei pensando nisso a noite toda, “porque ele é está agindo assim?, e eu não parava, queria mais era me torturar, eu acho, até que cai no sono, e acordei com dor nas costas e o celular no chão, isso que dá pensar de mais Emy.

Me levanto, vou ao banheiro, tomo um banho, me ajeito e começo a descer as escadas totalmente exausta.

– Bom dia, Emy.

– Bom... – bocejo.

– Está cansada?

– Tá tão na cara assim?

– Parece que está morrendo – mamãe desliga o fogo.

– O que fez para a gente comer?

– Ovos e bacon, vai querer? – diz já colocando no prato.

– É claro que quero, mas se eu continuar comendo assim, certeza que eu engordo – falo de boca cheia.

– Eu duvido muito, parece que você come vento, não engorda nunca.

– É verdade – sorrio pra ela.

– Agora, vamos logo se não você se atrasa – passa a mão de leve no meu cabelo.

Acabo de comer, escovo meus dentes e vamos direto para meu destino, o colégio.

O dia acaba sendo normal, uma aula junto com o Matt me atormentando, ele fica fazendo piadinhas, jogando bolinhas de papel em mim, que garoto chato, uma junto com Peter, que continua me evitando, até de olhar para mim, corrigindo, só não olhava pra mim quando eu olhava de volta.

No final da aula Matt me chamou pra sair pra conhecer melhor a cidade e Eu aceitei, não tinha nada melhor pra fazer.

Conversa vai, conversa vem, o clima começa a esquentar sem que eu perceba e em um dado momento Matt tenta me beijar, e eu penso: “Porque ele está fazendo isso?”, que ingênua eu, não consigo nem perceber quando alguém está dando em cima de mim, me afastei com medo. Levei um susto, o que eu posso fazer?!

– É, por que se afastou? Não quer? – ele me olha.

– Não, acho que é melhor não – falo olhando pra baixo.

– Te deixei sem jeito? Quer ir pra casa?

– Acho que vou indo – me levanto.

– Eu te levo, vamos – ele se levanta também.

– Não precisa – ai meu Deus, que vergonha – eu vou sozinha, posso pedir um taxi.

– Olha, tá, ok – ele coça a cabeça, mas rapidamente me dá um abraço e um beijo na testa.

– Tá bom, é, tchau! – me despeço e vou embora olhando para baixo

Eu sou um desastre mesmo!!!

Chamei um táxi e fui pra casa, quando cheguei Peter estava batendo na minha porta.

- Por que tá aqui? - perguntei atrás dele que se virou no susto.

- Eu quero falar com você. - me encarou sério.

-Sinceramente não tenho nada pra falar com você. - disse passando por ele procurando minhas chaves.

- Olha, eu só quero te dizer que aquele cara não é do bem, eu lembro dele de algum lugar mas não estou me lembrando de onde, então por favor tome cuidado.

- Tá mesmo falando sério?

- Eu só não quero que ninguém te faça mal Emy.

- É? E eu só queria que..

- Que oque?

"Queria ser alguém que fosse importante pra você."

- Nada, não é importante, e você não precisa se preocupar mais comigo, já que você me tirou da sua vida. - disse abrindo a porta depois de ter encontrado minhas chaves.  - Tenha uma ótima vida Kavinsky. - fechei a porta atrás de mim e me segurei pra não abrir de novo e correr para abraçá-lo, seria incrivelmente patético.

Subi pro meu quarto, tomei um banho de 10 minutos, pois, eu estava imunda. Me troquei vestindo meu pijama de sempre e desci pra cozinha, foi quando a campainha tocou.

– Quem será? – fui até a porta e a abri – Você?

Do nada Matt surge na minha porta.

– Desculpa, eu sei que eu não deveria estar aqui, mas eu precisava vir.

– Como você descobriu meu endereço? Você me seguiu até aqui? – disse aumentando o tom de voz, eu estava realmente irritada com isso.

– Calma, eu vi na sua ficha da biblioteca, desculpa aparecer assim, meus pais estavam brigando em casa e eu não tinha nenhum lugar pra ficar enquanto as coisas não se resolvem por lá – abaixou a cabeça.

– Tá, e em milhões de pessoas que você poderia pedir ajuda, você pensou logo em mim?

– Desculpa, eu não conheço muita gente por aqui, eu não deveria ter te procurado, você tem razão – disse se virando para ir embora, mas eu o impedi, não podia deixar ele ir embora duas vezes no mesmo dia.

– Matt, espera! Entra, não tenho nada melhor pra fazer mesmo, acho que posso te aturar por algumas horas – dei passagem para que ele pudesse entrar.

Ele Sorriu igual uma criança.

– Valeu Emy – disse entrando.

Fechei a porta atrás de mim.

– Então, quer fazer o que pra passar o tempo?

– Qualquer coisa, eu só quero ficar longe de casa – sorriu fraco.

– Okay, então, vamos assistir um filme, você procura e eu faço a pipoca.

– Tudo bem, posso ir ao banheiro antes?

– Primeira porta a esquerda, lá em cima.

– Obrigado.

Ele subiu e eu fui até a cozinha, e como sempre, tropecei em algo.

– Merda!!

Eu havia tropeçado na bolsa de Matt que estava aberta, e, consequentemente, acabei derrubando algumas coisas.

Comecei a guardar suas coisas e, nessa bagunça, acabei vendo seu RG.

– Por que até na foto do RG ele saí bonito? – virei o documento do outro lado e vi sua data de nascimento – 10/06? Mas hoje é 10/06... É aniversário do Matt.

Logo escutei passos na escada, guardei tudo rapidamente antes que ele pudesse ver.

– Emy, eu não gosto muito de pipoca e se a gente pedisse uma pizza? – diz ele com o celular nas mãos.

– Okay, eu vou pegar minha carteira.

– Eu pago!

– Eu pago, fica tranquilo, escolhe o filme aí – subi pro meu quarto e pedi a pizza, peguei dinheiro suficiente para pagar por elas e desci pra sala novamente.

– Ei Emy, o que acha de “Curtindo A Vida Adoidado”?

É só o filme favorito do Peter..e ele me fez prometer que não assistisse sem ele..

– Pode ser – me sentei no chão ao seu lado – a pizza chega em 50 minutos.

Pra que vou dar importância a isso? Ele não liga, por que eu deveria?

– Okay.

Ficamos conversando sobre o filme e qualquer outro assunto que surgisse, até que a pizza chegou.

– Paga lá, eu vou pegar o refrigerante na geladeira – disse lhe dando o dinheiro.

Alguns minutos depois, já estávamos preparados para assistir ao filme.

– Posso dar o play? – disse de boca cheia.

– Tenha modos assassino do skate – gargalhei.

1h depois.

– Esse filme é incrível Emy.

– Eu sei, é meu favorito!!

– O que? Você já tinha assistido? – me encarou indignado.

– Sim, um amigo me apresentou, e se tornou meu favorito desde então. – sorri fraco.

– E por que não disse? Eu teria escolhido outro.

– Relaxa Matt, não foi um sacrifício para mim.

– Emy tá boazinha demais, tá com febre? – colocou a mão em minha testa, e nesse momento eu dou uma congelada rápida, não esperava que ele fosse fazer isso.

– Eu tô bem garoto! – retirei a mão dele da minha testa – e aí – tento não olhar para ele – vai querer ver outro filme?

– Na verdade, não!

– E então?

– Bora fugir daqui? – me olhou com um sorriso de lado.

– Pra onde?

– Vem comigo – estendeu a mão.

– Tá, okay.

Saímos da minha casa e fomos para um parque onde tinha um lago enorme, e do outro lado dava pra ver toda a cidade. Nos sentamos numa espécie de calçada e começamos a falar das fitas boas da vida.

– Que piada mais estúpida Matt – disse soluçando de rir.

– Ei, se eu não fosse skatista, seria comediante.

– Coitado ia morrer de fome, mas diz ai, se você tivesse uma lâmpada magica, quais seriam os seus três desejos?

– Pergunta difícil essa... Me deixa pensar... É, eu pediria pra poder ser um astro do rock.

– Essa eu queria ver em – o encarei sorrindo.

– Eu também – sorriu tímido desviando o olhar do meu.

Eu tenho que parar de encarar o Matt urgentemente.

– E o segundo?

– Hum, poder ser invisível! Seria legal.

– Ei, seu invejoso, esse era o meu primeiro pedido! – lhe dei um tapa no braço.

– Falei primeiro, e o terceiro,  seria poder conquistar a garota que eu tô afim.

– Ok, minha vez, eu queria ser a incrível mulher invisível – falo fazendo uma pose.

– Já sabia, sou adivinho nas horas vagas!

– Engraçadinho, bom, o meu segundo pedido seria poder voar em cima de uma Nimbus 2000.

– Bruxa! E o terceiro?

– Sabe que eu não sei? Um dia te conto.

– Okay então.

– Aqui é tão lindo né? – digo mirando a beleza do lugar.

– Sim – olhou a paisagem junto comigo.

– Ai, que sono – disse bocejando.

– Quer ir embora? – me encarou tipo "não vai".

– Não, eu tô bem – sorri.

Ficamos nos encarando, e o silêncio ensurdecedor graças a Deus foi interrompido pelo meu celular.

– Aí! Minha mãe.

  Aceito a ligação e vou logo respondendo.

– Oi mãmi

– Pra casa, agora!

– Tá bom!

Desligo o celular e me volto para o Matt

– Vai ter que ir né?

– Sim, minha mãe pediu pra eu voltar.

– Eu te acompanho.

– Está bem.

Ele me levou até em casa e na hora da despedida.

– Obrigado Emy.

– Obrigado pelo que?

– Por fazer deste aniversário, o melhor da minha vida – me deu um beijo no rosto e foi embora.

É estranho como as pessoas agem, em um momento, raiva, perturbação, no outro “Ain, obrigado pelo melhor aniversário da minha vida e blá, blá, blá”, as vezes eu me sinto estranha com esse garoto, ao mesmo tempo que me causa perturbação com suas chatices, me deixou super confortável hoje, isso é extremamente esquisito.

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Comments

loloh

loloh

MANOOOOO tá muito bom estou ansiosa pra saber mais coisas , agora o Matt e ela são meus ships preferidos 🤩🤩🤩😍😍😍❤️❤️❤️

2023-05-09

1

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