P.o.v. P.K.
- Emy espera.. - ela havia desligado.
Merda! Será que ela foi embora porque me viu beijando aquela garota? Não! Ela não liga pra quem eu beijo ou deixo de beijar. Mas que ela ficou chateada por eu não contar quem é a garota que tô apaixonado, ela ficou.
É incrível como eu só faço merda!
Me levantei e saí pra caminhar um pouco, mesmo com aquela chuva que não parava por nada.
Precisava me distrair com alguma coisa se não iria surtar!!
P.o.v. E. R.
Eu acordei com a minha mãe avisando que estava indo pro hospital, e que era pra eu ir ao mercado comprar café, aproveitei e fui tomar um banho, estava parecendo o próprio lixão da mãe Lucinda.
Peguei um moletom com capuz e uma calça jeans clara, coloquei meu All Star e saí de casa.
Coloquei meus fones de ouvido na música "friends Chase atlantic" e coloquei meu capuz, era por volta das 18:00 então já estava meio escuro, e a chuva não dava trégua de jeito nenhum.
Fui andando em direção ao mercado sem prestar muita atenção ao meu redor, era incrível como um coração partido era capaz de tirar sua disposição, fome vontade de fazer qualquer coisa e que droga, a gente nem chegou a ser alguma coisa.
Nesse momento eu atravessei a rua e senti uma pancada forte atingindo em cheio meu corpo, não sei bem dizer oq aconteceu eu só vi uma luz muito forte e apaguei.
(...)
P.o.v.P.K.
Eu saí correndo assim que a mãe da Emy me ligou, peguei um Uber de volta pra casa e assim que cheguei fui direto pro hospital.
Quando entrei na recepção a mãe dela estava sentada em uma das poltronas com a cabeça baixa chorando muito.
- Dona Lucy, o que aconteceu? Ela está bem? - eu disse segurando seus braços numa tentativa de confortar-la.
- Peter querido, - ela sorriu fraco - Eu não sei direito, me ligaram dizendo que ela tinha sido atropelada e eu não pude ficar lá dentro pra atender porque não estou em condições de auxíliar numa cirurgia.
- Mas ninguém sabe como ela está? - perguntei desesperado por uma resposta, eu só quero que ela esteja bem.
- Ela está na cirurgia a algumas horas, só isso que eu sei.
Eu me sentei ao seu lado e coloquei as mãos no rosto. Meu coração estava acelerado, a idéia de perder a Emy estava passando pela minha cabeça desde quando saí do acampamento, isso não podia acontecer, de jeito nenhum!
(...)
- Responsável pela senhorita Emy Russel? - um médico se aproximou de dona Lucy que se levantou rapidamente junto comigo.
- Como ela está doutor? - perguntamos juntos.
- Bem, o estado dela era um pouco delicado já que a pancada no lado direito foi muito forte, ela quebrou um braço e tivemos que reconstruir o osso antes de enfaixa-lo, ela também bateu a cabeça então fizemos um raio-x e percebemos um coágulo pequeno, achamos melhor retirarmos ele agora porque isso poderia afetar sua vida mais pra frente, não se preocupem agora ela está bem, e vai ficar em observação por alguns dias.
- Posso vê-la? - eu perguntei esperançoso.
- Ela está dormindo, então não a acorde. - o doutor assentiu e saiu.
- Pode ir primeiro dona Lucy, eu vou depois.
Ela entrou e ficou lá por uma hora do lado da Emy, ela estava tão cansada então fui comprar um café pra ela, fui até a área de alimentação do hospital e peguei um expresso, voltei pra ala onde elas estavam e fui até o quarto da Emy.
- Aqui toma. - entreguei o café pra dona Lucy que acordou assustada quando a chamei.
- obrigada querido. - ela pegou o café
- Volte pra casa, eu fico com ela.
- Não quero te incomodar Peter, eu posso ficar.
- Eu sei que pode, mas está cansada e é melhor se cuidar para que possa cuidar da Emy mais tarde, não é incômodo algum, eu fico com ela. - sorri segurando sua mão.
- Obrigada. - ela sorriu e deu um beijinho na testa de Emy, e então saiu indo embora pra casa.
Eu me sentei na poltrona e a olhei.
Ela estava com uma expressão tranquila, porém suas olheiras estavam mais marcadas que o normal, o curativo na sua testa do lado direito não tirava sua beleza nem um pouco, e eu estou com tanta vontade de abraça-la mas não posso correr o risco de machuca-la ainda mais.
Já que vou passar a noite aqui, que seja segurando sua mão. - empurrei a poltrona ainda mais perto de sua cama e me sentei pegando sua mão.
- Acorda logo Amy, eu preciso de você!
P.o.v. E.R.
Acordei com uma forte dor de cabeça, não faço ideia de que horas são.
Abri os olhos e tentei entender onde estava, senti um peso na minha mão e quando olhei pro lado Peter estava dormindo segurando minha mão todo torto na poltrona.
- Merda Peter você vai ficar com dores nas costas depois. - eu disse baixinho enquanto o olhava, eu queria acaricia-lo mas um braço estava quebrado e o outro preso em suas mãos, eu senti saudades dele e nem acredito que está aqui.
Ele se mexeu e acordou nesse instante, me pegou no flagra olhando pra ele.
- Amy.. - ele se levantou e me abraçou de vagar. - Que susto você me deu. - voltou a se sentar na poltrona.
- Aliás, o que aconteceu? - eu sorri. - Não lembro de muita coisa.
- Você só foi atropelada. - ele disse como se não fosse nada grave.
- A só?
- Só.
Nós dois rimos juntos.
- Por que tá aqui? - o encarei.
- Eu jamais te deixaria sozinha Amy, e se eu estivesse junto com você, teria evitado esse acidente, pois eu vivo te salvando de ser atropelada, nunca vai aprender a olhar pros dois lados antes de atravessar a rua? - ele disse num tom sério e engraçado ao mesmo tempo, e sim ele vivia me puxando pra calçada evitando que eu fosse atropelada, eu nunca presto atenção quando vou atravessar a rua.
- Desculpa. - sorri tentando fazer ele parar com aquele sermão. - Eu estava distraída e ouvindo música, não pensei direito antes de atravessar.
- Pois trate de pensar daqui pra frente, eu não quero minha melhor amiga a sete palmos abaixo da terra. - me encarou tentando não rir de sua piada de mal gosto.
- Que horas são?
- 03:00 em ponto. - disse olhando em seu celular.
- Vai pra casa, está tarde!
- Eu expulsei sua mãe a ponta pés daqui pra poder ficar do seu lado, não vou embora nem que me mate.
- Você fez o que?
- É brincadeira, eu disse educadamente que iria ficar pra cuidar de você, ela estava bem cansada.
- Ah - eu ri - Você é um idiota. - o encarei sorrindo.
- Não me olhe assim. - ele abaixou a cabeça.
- Por que?
- Não mereço tanto. - ele fez um carinho na minha bochecha, e se levantou rapidamente. - Vou pegar um café, já volto.
Eu não entendi nada do que acabou de acontecer aqui. Mas estou feliz que ele esteja aqui, eu não posso ter ele comigo do jeito que quero, mas não ter ele de jeito nenhum é demais pra mim, eu vou esquecer que gosto dele e ser realmente só sua melhor amiga.
Ele voltou depois de uns minutos se gabando do seu café.
- Esse café tá maravilhoso! - disse apontando pro mesmo enquanto se sentava na poltrona.
- Me dá um pouco. - tomei de sua mão e bebi um pouco do café. - hm tão bom.
- Você sabe que não pode tomar café né?
- E por que não? Eu quebrei um braço, nada demais.
- Esqueceu da cabeça! - ele pegou o café de volta.
- Enfim, um cafezinho não vai me matar.
- Se você não acordar amanhã de manhã a gente já sabe o porquê. - ele bebeu seu café segurando o riso.
- Você é inacreditável Peter! - eu ri, não podia nem agredir aquele imbecil, estava com dores pelo corpo todo.
- Desculpa. - ele riu junto comigo. - Eu te amo sabia?
Meu coração congelou..
- Você.. - ele me interrompeu.
- Eu te amo e você me deu um baita susto hoje. Por favor você pode tentar não se acidentar mais? Nem fugir no meio da noite me deixando completamente maluco?
É claro que me ama, como amiga..
- Vou ver se consigo, eu tenho uma imensa lista de acidentes que eu tô louca pra sofrer sabe. - eu sorri tentando disfarçar minha cara de decepção.
- Eu agradeço, eu sou cardíaco Emy. - disse colocando a mão no peito fazendo drama.
- AHAM. - disse me ajeitando na cama. - Eu acho que me deram algo que me dá sono. - sorri e ele fez um carinho na minha bochecha. - Não queria dormir, mas acho que não consigo mais ficar acordada.
- Dorme, quando você acordar eu prometo que vou estar bem aqui. - beijou minha testa e apagou o abajur ao lado da cama.
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Atualizado até capítulo 37
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