Capítulo 18

...Elliot...

Assim que saí da casa da Bea, eu respiro aliviado, eu odeio a ideia de pensar que o pai dela poderia ter encostado um dedo nela, apesar de ser minha culpa por ter ido até o quarto dela, eu fiquei preocupado, com medo do que ela poderia fazer e escutar ela chorando só aumentou o aperto que eu sentia em meu peito, assim como eu também odeio lembrar que tudo o que ele disse é verdade, eu jamais poderei ficar com ela. Eu odeio pais que não amam seus filhos, e Jackie não está nem aí para as filhas dele.

Sou tirado do meu momento de ódio quando sentamos no carro e olho para Bea, a pequena está triste olhando pela janela do carro, ela é linda, mas eu me sinto um covarde por não poder dizer isso para ela. Meu coração se parte com essa cena, eu confesso que eu nunca fui um santo e estou longe de ser perfeito ou um príncipe encantado que ela merece, mas eu daria tudo para ser o homem que essa princesa precisa. Eu ligo carro e seguro na mão dela, eu não tenho coragem de dizer nada, mas ela me olha e eu olho para ela essa conexão, esse sentimento, meu coração parece que vai sair do peito a qualquer momento de tão forte que está batendo com apenas um simples toque e assim sem soltar da mão dela vamos para casa da Amara.

Quando chegamos, ainda com um pouco de relutância eu solto a mão da Bea, eu vou até o banco de trás e pega a Gigi no colo, mas logo em seguida ela segura minha mão novamente e entramos, e como se eu estivesse dando forças a ela o que me faz sentir um pouco melhor, para minha alegria de não ter que ficar sozinho com a Bea encontramos Isa trabalhando com sua assistente pessoal Ammy, Emma, Emmy não me lembro direito, mas pelo jeito que ela me comeu com os olhos quando entrei sei ela se lembra bem de mim, ou pelo menos da parte que fica entre minhas pernas.

Bea que segurava minha mão soltou rapidamente quando viu como a moça me olhava, o que me causou um certo incômodo, não sei porque. A Gigi assim que vê a Isa, desce do meu colo e corre até ela.

-Tia Isaaa!!!! - A menininha fala correndo para abraça-lá. 

-Oi princesinha, cada vez que eu venho aqui ver esta maior e mais linda Giulia. - Isa fala abraçando Gigi. 

-Obrigada Tia, você também está muito linda. - A pequena fala em inglês fluente. Ela é muito esperta para uma criança de 6 anos.

-O Lucian está com o Zac, Sophia e Theo na sala de jogos, vá até lá brincar com eles, logo eu os chamarei para jantar. - A pequena olha para Bea, que assentiu concordando.

-Eu vou até lá tia. - Ela dá um beijo no rosto da Isa e sai da sala.

Ela vem até mim e Bea, que estamos parados um do lado do outro. Ela me abraça e depois abraça a Bea. E sussurra algo no ouvido dela, que faz a princesa sorrir. 

-Bea você está muito linda. - Isa fala.

-Nisso eu concordo, ela está maravilhosa. - Eu falo, passo a mão nos cabelos da Bea e me sento no sofá. 

-Obrigada Isa. - ela ignorou meu comentário, mas eu sei que ela gostou. - Vou deixar essas coisas no quarto de hóspedes.  - Bea fala e eu me levanto para acompanhá-la. 

-Ah, tudo bem vocês ficarem na casa de hóspedes? Eu estou sem o Lucas e não gosto de dormir lá sozinha. Então eu estou no quarto de hóspedes aqui da casa. - Isa fala voltando a se sentar para trabalhar. - E o outro eu deixei para Emma. 

-Tudo bem irei para lá. - Bea concorda mas ela está receosa e me olha e pergunta. - Você vai? 

-Como se eu tivesse escolha. - Eu tento falar com desdém, mas no fundo eu sei que isso vai acabar comigo. Dormir na mesma casa que a Bea, meu membro já dá sinal de vida só de lembrar dela de toalha. Eu fecho os olhos e seguro seguro respiração por alguns segundos, estou parecendo um adolescente. 

-Bea, deixe a bolsa da Gigi, deixe ela dormir aqui conosco hoje, quando a comida estiver pronta eu peço para alguém  levar para vocês. - Isa fala e pisca para mim. 

O rosto de Bea fica corado, ela entendeu que a loira está armando para ficarmos sozinhos. Mas ela concorda e deixa a mochila da Gigi. As casas dos hóspedes ficam atrás da casa do Alejandro São 4 casinhas menores, com 2 quartos, cozinha e banheiro. O Alejandro gosta de deixar seus convidados à vontade. Eu acompanho a Bea até a primeira casinha, que está mais próxima da mansão. 

-Ela não disfarça bem, sua operação Cupido. - Bea fala da atitude de Isa, quebrando o silêncio que se instalou entre a gente.

-A Rainha disse que ela se casou com o Lucas ela se tornou uma romântica incurável. - Eu falo rindo e ela também ri.

Quando nós  entramos estava tudo bem aconchegante e a lareira ligada, a Bea subiu para deixar as coisas dela no quarto e eu subi para deixar minhas coisas no meu.

Minha intenção era ficar bem longe dela nessa casa sozinhos, o que eu não posso fazer, não posso deixá-la sozinha nesse momentos tão difícil  para ela, mas eu também não posso cair na tentação. Mas quando ela sobe as escadas na minha frente eu reparo sua bun’da bem torneada rebolando, e meu amigão já dá sinais de vida. Eu ajeito a calça. Vai ser uma noite longa, tenho certeza. 

Depois de deixar as coisas no meu quarto, eu desço e a Bea está sentada no sofá com os olhos fechados. Eu imagino como tudo isso deve estar sendo duro e difícil para ela. Eu sento ao seu lado.

-O que acha de um filme, até o nosso jantar chegar? - Eu  pergunto e ela me encara, ela passa a língua pelos lábios que repercute diretamente no meu membro duro.

-Quem diria que em uma casa sozinhos Elliot Hoffman não tentaria sequer me levar para cama, estou surpresa. - Ela fala e sorri, eu já disse que ela tem um sorriso lindo?

-Se você não fosse a queridinha da chefe, eu não teria nenhum problema em quebrar seu coração. - eu falo em tom de brincadeira, mas há um pouco de verdade.

Ela fica em silêncio por alguns minutos e encara o teto.

-Elliot, posso te fazer uma pergunta? - Ela fala ainda encarando o teto.

-Tecnicamente você já fez uma, mas pode fazer outra se quiser. - Eu falo já sabendo que bem mer'da. 

-Porque você quebraria meu coração? - Ela é direta, e eu gosto disso.

-Eu não sou o homem certo para relacionamentos Bea. Mulheres são apenas um modo de extravasar minha energia acumulada. - Eu falo uma mentira canalha, e isso não é  surpresa para ninguém. 

-Então você nunca sentiu nada pelas mulheres que você se envolve? Tudo é apenas se'xo? - Ela pergunta e eu sei onde ela quer chegar.

-De verdade? Eu nunca senti nada a mais por ninguém, apenas por uma garota do ensino médio, mas ela me mostrou como as mulheres são manipuladoras e egoístas. - Eu falo e dessa vez ela me encara.

-Nem todas são assim. - ela fala e eu vejo que a última resposta a deixou triste, e me sinto um mer'da por magoá-la dessa maneira, mas é melhor assim.

-Eu sei, mas é melhor acreditar que elas são, fica mais fácil deixá-las quando não tem sentimento. - A única resposta sincera dessa noite, parabéns covarde! 

-Eu entendo, eu tenho medo de me relacionar e terminar como a minha mãe e meu pai. Não é assim que uma família deveria ser.- Ela fala encarando as próprias mãos.

-Porque diz isso? Porque você acabaria morta por se envolver com alguém? Não é sempre que dar à Luz a uma criança leva a morte Bea.- Fiquei em dúvida sobre essa pergunta, talvez não devesse me meter tanto na vida da pequena, mas confesso que realmente não entendi onde ela queria chegar.

Ela me olha como ponderando se deveria responder minha pergunta ou não, o que me deixa mais curioso. Então depois de alguns minutos em silêncio ela  me encara novamente. Mas quando ela vai falar a nossa comida chega.

\=\=\=\=\=\=\=\=

Os dois sozinhos, o que será que essa noite nós reserva? 

O que a Bea tem para falar? 

Oi pessoas lindas, já lancei mais um livro que está no meu perfil.  Acompanhem "O babá" uma história bem divertida.

Beijos.

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***