...Amara Barletta ...
Eu saio do escritório, um pouco nervosa e chateada pela falta de confiança do meu marido em mim e em minhas habilidades, eu tenho treinado árduo, desde que cheguei aqui, e mesmo assim ele acha que eu não sou capaz. Eu entendo o medo dele, eu estaria tirando a vida de alguém, nem eu mesma sei como eu vou ficar depois disso, caso venha a acontecer. Mas se ele confiasse em mim, ficaria mais fácil, enfrentar o que vem pela frente. O motorista abre a porta do carro para mim. Ele é um senhor de boa aparência, apesar de estar na casa dos 50 anos.
-Bom dia Sra. Aonde deseja ir hoje? - Ele fala com um enorme sorriso. Ele sempre me recebe animado e sorrindo.
-Para a empresa do centro. - Eu falo e ele acena, ligando o carro.
Uma hora depois nós chegamos na empresa, ela é bem longe de onde moramos, nossa casa é perto da casa do tio Giovanni, que atualmente está morando com a meus sogros, e em volta tem os terrenos para a futura cada dos meus filhos, apesar de ser longe, isso não é um problema já que tudo eu consigo resolver remotamente eu só venho quando tem reuniões importantes ou para assinar algum documento, como hoje.
Um dos seguranças abre a porta do carro para mim, e eu desço, eu me sinto uma verdadeira rainha com tanta gente me servindo, eu tenho motorista, empregados e dois seguranças, eu acho exagero mas o Alejandro acha necessário.
Eu passo e cumprimento a todos como sempre faço quando eu venho a essa ou qualquer uma das quatro empresas que temos aqui, em seguida entro no elevador exclusivo que vai direto para a sala da presidência. Eu passo pela secretária Helena, que entra atrás de mim com as pastas na mão.
-Boa Tarde Sra. Barletta, eu queria te dizer que eu aproveitei que você viria hoje para colocar a reunião com os Russell para hoje. - Ela fala me encarando. Ela não gosta muito de mim, sinto isso.
-Você poderia ter me avisado antes Srta Helena. Mas tudo bem, deixe tudo pronto para a reunião. - Eu falo e pego as pastas que ela está na mão.
Os Russell são nossos concorrentes direto aqui,eles também trabalham com transporte, mas não fazem parte da Famiglia, eles querem de alguma maneira fazer um acordo que seja bom para ambos os lados, mas em todas as reuniões eles querem sair com a maior parte dos lucros se o trabalho pesado a maior parte é feita pela nossa empresa, já tivemos três reuniões com o CEO deles e ainda não concluímos nada. Na última eles saíram daqui bem bravos, não esperava por eles tão cedo. Já que eles demoram cerca de um mês para montar um novo plano de negócio.
Eu começo a leitura dos documentos, e sinto minha cabeça doer, então vou até a pequena cozinha fazer um café. Eu saio e a secretária não está na mesa dela. Apesar de ter várias máquinas eu ainda prefiro o café tradicional, então eu coloco a água para ferver, enquanto preparo as outras coisas, resolvi fazer uma boa quantidade já que tem bastante coisa para eu ler ainda, e eu adoro café. Enquanto fico aguardando a água ferver, eu procuro pelo meu telefone e lembro que o deixei na minha sala, então vou até lá, e eu vejo a porta aberta, mas me lembro que eu tinha fechado a mesma. Eu caminho lentamente fazendo o mínimo de barulho possível, escuto uma movimentação dentro da sala, me encosto na porta, e vejo dois homens dentro do escritório, revirando tudo.
-A secretária falou que ela estaria aqui. - um deles fala.
-Vamos olhar no resto do andar. - o outro fala, e eu saio depressa para a cozinha, antes que eles notem minha presença.
Eu lembro que a minha arma está na bolsa no meu escritório, e solto um palavrão baixo, por sorte eu sempre ando com a minha adaga, que está num suporte para perna, eu pego a adaga e fico atrás da porta, eu escuto os passos cada vez mais próximo de onde eu estou, meu coração está acelerado, eu começo a me lembrar do meu treinando, e penso nos meus filhos, no meu marido, eu acabo conseguindo controlar meu nervosismo aos poucos e meu coração vai começando a bater em ritmo normal.
O primeiro homem entra, já que eu deixei a porta aberta e percebo pelos passos o segundo segue em frente, ele passa direto não percebendo minha presença e quando ele se vira eu passo a adaga pela garganta dele sem dar a ele tempo de reação, e ele cai no chão fazendo barulho chamando a atenção do outro e eu pego a arma que estava na mão dele, e vou para atrás do sofá que tem na pequena cozinha, eu confiro se tem balas, e o cartucho está completo.
Minha respiração volta a ficar desregulada, eu tenho que me controlar novamente e me concentrar nos passos, calma Amara, eu digo para mim mesma, o outro homem chega rápido mas eu não escuto os seus passos. Ele xinga algo que eu não consigo entender direito.
-Então rainha, somos eu e você. Se esconder não vai adiantar. - Ele fala e eu tento perceber de onde vem a voz.
Eu continuo em silêncio para ele não descobrir onde estou e me arrasto para a ponta do sofá próximo a porta. Eu olho em volta e não o vejo, mer'da. Quando eu vou sair para correr para a porta eu sinto que ele me levanta pelos cabelos, posicionando a arma no meu rosto.
-Nem um barulho ou eu te mato aqui mesmo, solta a arma. - Ele fala com um sorriso maléfico no rosto, e eu deixo a arma no sofá lentamente.
Ele termina de me levantar e se posiciona atrás de mim com a arma apontada para minha cabeça, damos a volta no pequeno sofá, e antes de andar mais, eu piso com o salto no pé esquerdo dele ele se curva um pouco sem me soltar e dou uma cotovelada em sua barriga e ele se curva completo, eu seguro a mão que está com a arma, mas com a mão livre ele dá um soco na minha barriga, me fazendo ge'mer baixo de dor e ele curvar um pouco. Mas ainda estou segurando firme na mão com que ele segura a arma.
Ele se levanta para dar um soco no meu rosto, mas eu consigo desviar e soco a barriga dele duas vezes em dois pontos, que causam dor e subo dando uma cotovelada em seu queixo, e ele grita de dor.
-Vagabun'da, se eu não tivesse que te levar viva, eu te matava agora. - Ele fala. Eu dou um sorriso de lado, estamos frente a frente.
-Você fala demais. - Eu falo e chuto o saco dele, fazendo com que ele se ajoelhe na minha frente, soltando a arma.
Eu chuto a arma para frente e coloco minha adaga no pescoço dele.
-Quem mandou você aqui? - Eu pergunto.
-Me mata logo, se você não fizer ele vai fazer. - Ele fala com um olhar superior.
-Seria fácil demais. - Eu falo e dou um soco no rosto dele.
Eu escuto passos rápidos vindo até onde estamos, ele não está sozinho. Eu olho para ele e o mesmo sorri.
-Figlio di puttana. - Eu falo e dou uma coronhada no pescoço dele e o mesmo cai no chão desmaiado.
Os passos ficam mais próximos e são muitos, no mínimo três, quando o primeiro chega na porta eu atiro, mas a pessoa desvia.
-Amor, sou eu. - É a voz do meu marido.
-Mer'da quase que eu te dou um tiro. - Eu falo correndo para os braços dele.
-O que aconteceu aqui? - Albert pergunta, enquanto o meu marido me dá um beijo longo nos lábios, e depois me leva para nossa sala.
Nesse momento a minha adrenalina passa e eu começo a tremer, e meu coração fica acelerado, como um ataque cardíaco. Ele me senta e se senta ao meu lado, e acaricia meus braços na intenção de me acalmar, alguns segundos depois o Elliot entra com um copo de água na mão. Foi quando eu percebi que ele está com uma tala no braço e a roupa do hospital.
-Está fantasiado para o dia das bruxas Elliot. - Eu falo zoando ele.
-Estou procurando uma enfermeira, viu alguma perdida por aí. - Ele fala vindo até mim e me abraça. - Que bom que você está bem. - O Alejandro olha para ele com a cara fechada.
-Chega, estou vendo sua bunda branca Elliot vai colocar uma roupa. - Alejandro fala afastando ele de mim, fazendo nós dois rir.
O Albert entra com o telefone na mão, e me abraça.
-Já cuidei do nosso convidado, está a caminho do nosso hotel 5 estrelas. - Ele fala e desliga o aparelho e coloca no bolso.
-Vamos para casa primeiro, depois cuidamos dele. - Alejandro fala, pegando minha bolsa.
Eu não sei o que eu realmente deveria sentir, mas não mudou nada, era eu ou eles. Eu pego as pastas em cima da mesa, pego na mão do meu marido, entramos no elevador, vamos para o carro dele e depois a caminho de casa. Aquela secretária ordinária me paga, por ter armado para mim, se não fosse meu treinamento eu nem sei se ainda estaria viva.
Nós chegamos em casa e já na sala está a Elle e a Bea, nos esperando. As duas correm para me abraçar.
-Você me deu um baita susto. - A Elle fala.
-Eu vim assim que soube. - A Bea fala.
-Calma meninas, está tudo bem agora. - Eu falo. - E tudo graças a você Bea. - Eu abraço ela novamente.
Nós ficamos um pouco conversando e olhando nossos filhos no jardim pela janela, até que os meninos entraram na sala. O Alejandro senta ao meu lado, o Albert dá um beijo na esposa e se senta ao lado dela e o Elliot olha para Bea.
-Eu não vou sentar perto de você e nem te beijar. - Ele fala e ela revira os olhos.
-Não mesmo, nem se você quisesse. Como está esse braço aí? Doendo muito princesinha? - Ela fala rindo.
-Logo vai ficar novo, de novo, não sei porque eu tenho que usar isto, foi um tiro de nada. - Ele fala rindo.
-Porque o médico mandou, seu inconsequente, você fugiu do hospital. - Eu falo o repreendendo.
-Eu fala preocupado com a Rainha. - Ele fala me zoando.
-Bea ele foi atrás de mim com a bunda de fora, você acredita. - Eu falo e todos riem.
-Pois é Bea, você perdeu a chance de ver minha bundinha. - Ele fala e acaricia o rosto dela e ela fica toda corada.
-Essa sua bunda branca, passo. - Ela fala rindo e tirando a mão dele de seu rosto.
-Vamos olhar o Pen-drive? - Albert fala.
-Vamos. - Respondemos juntos.
E vamos todos a caminho do escritório, onde o Giovanni já estava nos esperando.
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A Amara já não é mais tão indefesa, ela sabe se defender agora.
E a Bea e o Elliot, sei não hein.
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Atualizado até capítulo 63
Comments
Maria Helena Macedo e Silva
tudo estar em tuas mãos autora☺😉
2024-05-17
0
Adriane Alvarenga
Já vejo um casal aí...Elliot e Bee....❤❤❤❤ e você Amara faz jus ao seu título...RAINHA DA MÁFIA ...😍😍😍😍😍
2023-08-07
4
Celma Rodrigues
Amara arrasou se defendeu direitinho. Essa secretária merece ser torturada. O Elliot e a Bea... muita implicação... esconde paixão.
2023-02-04
0